Não me canso de acompanhar este recanto do Jardim Luís de Camões - Leiria: acer falso plátano; faia púrpura; liquidâmbar; melia azedarach.
Pormenor das folhas do liquidâmbar no Outono. Esta é uma das árvores que mais me emocionam com as cambiantes com que nos brinda durante as várias estações do ano.
Pormenor da copa da faia que faz parte deste conjunto encantado. Muito perto, o Largo Alexandre Herculano (leia-se uma carta que escreveu do seu retiro na Quinta de Vale Lobos, em que se refere às suas três amadas faias, cuja sombra protectora dizia ser preferível a visitar museus e viajar. Já desiludido da vida mundana e da política)
Entretanto, as rádios, televisões, jornais, só nos mostram o símbolo do Euro (furado), falam-nos de Orçamento do Estado, Déficit, Dívida Pública (Talvez que a China nos ajude... com contrapartidas, claro está), Cavaco Silva a falar de mudanças de sistema económico (que mudanças? Porquê agora? precisamente nesta altura? porque não quando foi 1º Ministro?).
Apetece ficar pasmado a olhar para a beleza e sossego encantado deste recanto, junto ao rio Lis, murmurar versos dos poetas que o têm cantado ao longo dos tempos, que aqui encontraram as suas musas inspiradoras!...
E esquecer a vida atribulada que levamos. E o Futuro incerto, carregado com cores de drama, que aí se avizinha!?...
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