A tempo:
Devo ressalvar a informação de que se trata de uma olaia; de facto, a Av. N. Sra. de Fátima, em Leiria, tem muitas olaias, mas esta é uma cerejeira do Japão e não uma Olaia. (11Abr2012)
Na Av. N. Sra. de Fátima, em Leiria, no dia 24 de Março de 2012.Estas serão as flores de olaias, as mais lindas que eu já vi em dias da minha vida...
Horas Rubras
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos rubros e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Feitas de beijos rubros e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Oiço olaias em flor às gargalhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p’las estradas…
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p’las estradas…
Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Sou chama e neve e branca e mist’riosa…
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
(Soneto “Horas Rubras”, Florbela Espanca.
In: Livro de Sóror Saudade.
Edição da autora, 1923, p. 196.
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