Realizou-se recentemente em Leiria uma conferência subordinada ao tema: “Educação na era digital”.
Não tive oportunidade de estar presente, como gostaria, mas suscitou-me muito interesse e alguma preocupação o alerta lançado pelo psicólogo Leiriense, João Lázaro, ao concluir que apesar de mais informação, as famílias falam cada vez menos. Até podem comunicar regularmente utilizando a tecnologia, cada vez mais sofisticada, que temos à nossa disposição, mas a verdade é que usam as palavras de viva voz, face a face, cada vez menos.
No âmbito deste tema fundamental, João Lázaro apelou a que não se confunda o acesso à inteligência artificial com o saber trabalhar com a informação daí retirada. E esta constatação está bem à vista, particularmente no meio juvenil e nos adolescentes que, no seu vocabulário estão a utilizar cada vez menos palavras, quantas vezes meras abreviaturas em código que os mais velhos nem conseguem entender. A língua portuguesa tem cerca de 65.000 palavras e o que se constata no dia a dia? Os canais de televisão não usam senão 2.000 palavras e as pessoas comuns, no relacionamento entre si, utilizam um vocabulário que não excede as 700 palavras.
“Uma pessoa só consegue pensar se tiver palavras e se, face a um sentimento mau, não conseguir verbalizar, o mais certo é o pensamento passar a um mau acto”.
Há que regressarmos urgentemente ao humanismo, a começar no relacionamento familiar.
Estamos a correr o risco sério de perdermos a noção de território familiar, o que não vai contribuir em nada para uma vida mais social e feliz, com toda a certeza. Os exemplos negativos resultantes desta perda da noção de comunidade (originada em muito pela deslocação de pessoas para as periferias das cidades) são bem visíveis. Veja-se o que se está a passar com as chamadas urbanizações que nascem como cogumelos nos meios rurais adjacentes às cidades. Os resultados da falta de integração numa comunidade com afinidades criadas por laços familiares e de vivência comum são assustadores.
O papel dos avós na boa harmonia duma família, particularmente na fase em que há filhos de tenra idade, não pode ser relegado para um terceiro plano, como está a acontecer, apesar de já se estar a provar a necessidade da sua participação activa.
Se não arrepiarmos caminho rapidamente as novas tecnologias podem agravar as já, demasiadas vezes, tensas relações na base da pirâmide social: as famílias.
Não podemos olvidar que o “Homem é um ser eminentemente social”…
Não tive oportunidade de estar presente, como gostaria, mas suscitou-me muito interesse e alguma preocupação o alerta lançado pelo psicólogo Leiriense, João Lázaro, ao concluir que apesar de mais informação, as famílias falam cada vez menos. Até podem comunicar regularmente utilizando a tecnologia, cada vez mais sofisticada, que temos à nossa disposição, mas a verdade é que usam as palavras de viva voz, face a face, cada vez menos.
No âmbito deste tema fundamental, João Lázaro apelou a que não se confunda o acesso à inteligência artificial com o saber trabalhar com a informação daí retirada. E esta constatação está bem à vista, particularmente no meio juvenil e nos adolescentes que, no seu vocabulário estão a utilizar cada vez menos palavras, quantas vezes meras abreviaturas em código que os mais velhos nem conseguem entender. A língua portuguesa tem cerca de 65.000 palavras e o que se constata no dia a dia? Os canais de televisão não usam senão 2.000 palavras e as pessoas comuns, no relacionamento entre si, utilizam um vocabulário que não excede as 700 palavras.
“Uma pessoa só consegue pensar se tiver palavras e se, face a um sentimento mau, não conseguir verbalizar, o mais certo é o pensamento passar a um mau acto”.
Há que regressarmos urgentemente ao humanismo, a começar no relacionamento familiar.
Estamos a correr o risco sério de perdermos a noção de território familiar, o que não vai contribuir em nada para uma vida mais social e feliz, com toda a certeza. Os exemplos negativos resultantes desta perda da noção de comunidade (originada em muito pela deslocação de pessoas para as periferias das cidades) são bem visíveis. Veja-se o que se está a passar com as chamadas urbanizações que nascem como cogumelos nos meios rurais adjacentes às cidades. Os resultados da falta de integração numa comunidade com afinidades criadas por laços familiares e de vivência comum são assustadores.
O papel dos avós na boa harmonia duma família, particularmente na fase em que há filhos de tenra idade, não pode ser relegado para um terceiro plano, como está a acontecer, apesar de já se estar a provar a necessidade da sua participação activa.
Se não arrepiarmos caminho rapidamente as novas tecnologias podem agravar as já, demasiadas vezes, tensas relações na base da pirâmide social: as famílias.
Não podemos olvidar que o “Homem é um ser eminentemente social”…
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