Sunday, March 31, 2013

Ponte das Mestras- Leiria. O problema de sempre quando o rio Lis bazofia um pouco mais


Em pleno dia de Páscoa.
Os habitantes da zona da Ponte das Mestras, alí à travessia para a Barosa, preocupados com o evoluir do caudal do rio Lis, em dia de muita chuva, caudal acumulado, a limpeza do rio descuidada...

As obras lá estão anunciadas. Que obras?!...

@as-nunes

É dia de Páscoa... e chove e chove e chove...


Do lado de lá, as Cortes...



CHUVA

Chove uma grossa chuva inesperada,
Que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
Duma vida que é chuva e não parece.

Chove, grossa e constante,
Uma paz que há-de ser
Uma gota invisível e distante
Na janela, a escorrer...

Miguel Torga, Diário II, 1943

-

chove muito e há muitos dias
os rios e barragens já estão 
a transbordar
talvez porque nós próprios
já andamos a meter água
há demasiado tempo...

Wednesday, March 27, 2013

Janela (in)discreta ou nem por isso

Ao estilo do meu vizinho de cima...

Por vezes assalta-me esta indecisão: continuar a publicar verbetes no meu blogue, duma forma dispersa e dispersiva, como tem sido meu hábito desde 2006, ou dar prevalência à crítica política e social, dado o momento conturbadíssimo que estamos a viver.

Acontece até que, não raramente, me sinto algo desconfortável por me “entreter” e entreter os meus leitores com assuntos que não abordam especificamente temas sérios, quer dizer, as questões de interesse cívico/político. É que, cada vez mais, temos todos de ser políticos, no sentido em que se não formos nós a participar na formação duma opinião pública bem fundamentada, estaremos eternamente nas mãos de uns quantos “iluminados” que tiveram a ideia e/ou padrinhos que lhe permitiram seguir uma carreira política nos partidos e, dessa forma, virem a ser quem define e executa a estratégia tendente a nortear a nossa vida enquanto cidadãos duma comunidade, o nosso país em instância média.

No entanto, temos de admitir que já há por aí comentadores e analistas políticos  em abundância. Se calhar até já os haverá em excesso. E com a entrada em cena de José Sócrates, na RTP, a coisa promete…

De modo que a minha tentação, até por uma questão de auto-defesa mental, é manter esta minha linha de rumo, abordar duma forma mais ou menos espontânea, os temas que me forem ocorrendo, sem pretensões de poder constituir-me numa referência obrigatória como guia de quem quer que seja.

Com Sócrates de volta ou sem Sócrates, caia o Carmo ou a Trindade, vou tentar manter este rumo que tracei para o “DISPERSAMENTE…”.

Ocorreu-me escrever isto, hoje… 

em tempo:
Como ficar calado? Lá terei que dar o dito por não dito! 

@as-nunes

Quinta do Cónego - Cortes (fotografia partilhada por Carlos Fernandes no Facebook)


"Copiado" do Facebook de Carlos Fernandes 
O único edifício da lavra do arquitecto Korrodi existente em Cortes (Leiria), edifício do princípio do século XX, mandado construir pelo industrioso Ricardo e localizado na que é conhecida por Quinta do Cónego, mas que é realmente a Quinta da Botarra.
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Friday, March 22, 2013

Salve-se a alma da cidade de Leiria



Carlos do Carmo - Sou o ferro velho

O Largo da Sé, em Leiria, é um dos icons da zona histórica de Leiria. Uma cidade só se conseguirá impor no contexto turístico e económico se os seus administradores não permitirem que ela perca a sua alma. E isso só será possível com um forte impulso na recuperação da sua zona histórica, a área da cidade que a distingue de todas as outras. Já vai sendo tempo de todos os que querem voltar a ter uma cidade bem definida, com as suas caraterísticas próprias, pugnem pela recuperação dos edifícios, ruas, praças, jardins, árvores e comércio tradicional, única forma de manter a identidade Leiriense.

Leiria transferiu-se, de armas e bagagens, para um campo de concentração a que chamamos "Leiria Shopping".
Vamos aceitar, sem contestação, a degradação a que Leiria, como cidade histórica, está a chegar?

É que, entretanto, começamos a ver sinais preocupantes de que não há interesse em preservar a identidade de Leiria. 
Em vez de uma Praça na zona histórica, constrói-se um "equipamento" com linhas modernaças mas completamente fora da traça original da alma da cidade. Árvores que ainda se podiam e deviam manter em pé, abatem-se às dezenas, decapitando pontos de referência e de vida.

O ferro velho.
É isto que queremos para o Centro Histórico de Leiria?!

Wednesday, March 20, 2013

Tuesday, March 19, 2013

Obrigado Pai

 E quando éramos todos pequenitos?! ... Claro, a Isabelita veio 17 ou 18 anos depois (depois faço melhor as contas...)

Ainda ontem a minha mãe me voltou a "segredar" aquela incrível história de quando eu me esqueci de entregar a prova de exame final (2ª ÉPOCA), eu preparadíssimo, ainda hoje estou para perceber como é que o meu pai, induzido pela fé inquebrantável da minha mãe, conseguiu convencer o diretor do Instituto a repetir o meu exame (só para mim?!... naquele tempo, no tempo de Salazar e da Pide, o meu pai era pobre, com cinco filhos, todos a estudar... como, pai? como é que conseguiram fazer isso?!... obrigado PAI)...

Obrigado PAI...

(deixei este apontamento por aí, num blogue amigo, num repente, emocionado!...)

@as-nunes

Sunday, March 17, 2013

Portugal, que futuro?

Nos Marinheiros, da rua da Escola, da Igreja para o horizonte crepuscular

Entre o sono e o sonho
é mudo
o diálogo.

Albano Martins
Estão agora floridas as magnólias

@as-nunes

Se serra a serra


A serra dos Candeeiros vista da serra de Sto. António (Minde). Há dias.
(...)
(17-03-2013-08h00)
A caminho de Viseu, com vistas para as Serras da Estrela e do Caramulo... 
(depois admiro-me que que me digam que não preciso de contar mais nada, que já leram o que aqui vou deixando bem esparramado, quais fragmentos do meu Diário!...)

@as-nunes

Thursday, March 14, 2013

Flores de ameixieira na rua de sto António, em Minde



(texto adaptado dum comentário que deixei num blogue amigo)

«E eu que ando, no olhar, com as flores imaculadas daquela ameixieira ali em frente, na quinta do snr. Duarte, que todos os anos me captam a atenção. É uma ameixieira de pequeno porte, idosa mas sempre viçosa.

As várias fotos que já lhe tirei não me deixam apreciar a sua beleza, não me deixam tocar-lhe. Está lá, na extrema da quinta, do lado mais afastado, não consigo tocar-lhe nem com a teleobjetiva de 300 mm. Mas aquele vulto branco, é dos primeiros sinais de Primavera que observo da janela do meu quarto!

Ontem estive em Minde. Manhã gélida mas clara.
Lá estava, na rua de Sto. António, uma bela e majestosa ameixieira de flores brancas. Toquei-lhe com a objetiva e com as minhas próprias mãos.

E guardei-a, ciosamente, no meu bloco das ocorrências do quotidiano.
Tal como prometi, aqui venho partilhar as fotos que captaram esse instante.

Há momentos, que serão irrelevantes para outros, mas que nos transmitem sensações indeléveis de felicidade! Há que fruir esses momentos mágicos!

Hoje tem estado um dia tão belo!...»

Obrigado, Isabel.

O meu pai e o meu avô paterno...


O meu avô paterno, António Santos, morreu no Casal - Ribafeita, com 45 anos, segundo tenho ouvido dizer...


Em dias do meu pai Daniel dos Santos Nunes comemorar 89 anos de idade. Parabéns, pai, no próximo domingo lá nos encontraremos, naquele restaurante habitual em Oliveira de Baixo (Viseu), não é assim que se chama a terra? 
Já estou em Leiria há... ora deixa cá ver (2013-1966=47 anos)! 
Como o tempo passa!...
O Gui, a Mafalda e a Inês não vão poder ir por causa do jogo que o Gui vai fazer pela União Desportiva de Leiria (*), nos iniciados A (futebol)... Mas lá vão estar em espírito!

Deu-me para fazer uma busca no Google, em "nunes leiria viseu" e, entre outras referências, deixo aqui este link http://utilizadores.leirianet.pt/~anunes/casal.html

A minha maluqueira de andar a registar memórias já vem de longe!...

(*) Até abri um blogue para ir acompanhando a carreira futebolística do Guilherme. Entretanto, temo-lo aconselhado vivamente a não descurar os estudos!...
@as-nunes

Tuesday, March 12, 2013

Viva a freguesia da Barreira! Vem aí a UNIÃO!...

 
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10 de Março de 2013. Comemorou-se o 275º aniversário da fundação da Freguesia da Barreira – Leiria. Precisamente no ano em que, por força da reestruturação administrativa do território português se decidiu eliminar ou juntar (agregar, unir, sei lá…) muitas autarquias, por esse país fora. Mas só se olhou para o poder local das freguesias, aquele que mais facilmente se consegue domar. Mais facilmente, talvez porque se usou do sofisma e da tática do facto consumado. As pessoas andam anestesiadas pelas dificuldades da vida, vão aceitando as medidas de austeridade que nos estão a ser impostas. O medo de sermos pobres torna-nos dóceis e o poder central/global sabe disso muito bem. Até já nos ameaçam com uma guerra a sério na Europa!...
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De modo que a freguesia da Barreira lá participou numa sessão, no Salão Paroquial, meia dúzia de gatos pingados, na mesa, as “autoridades” administrativas, civis e militares e religiosas…
Nas próximas eleições autárquicas já não vai haver freguesia da Barreira.
Em seu lugar teremos a “União das freguesias de Leiria, Pousos, Cortes e Barreira”.
Os candidatos a este novo poleiro começam a perfilar-se…
@as-nunes

Thursday, March 07, 2013

Mulher, sempre mulher...



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 Maria Bethânia
O que tinha de ser
música de Vinicius de Morais
(comprei o CD original...ed. EMI - 2004)

Wednesday, March 06, 2013

Portugal não é uma jangada de pedra

Os portugueses de Quinhentos lançaram-se destemidamente em viagens transatlânticas rumo ao desconhecido, usando caravelas, quais meras cascas de noz, afrontando tormentas e mitos de toda a natureza. E venceram, dando ao mundo novos mundos, contribuindo decisivamente para a globalização que agora vivemos...

Afinal, pensando um pouco, somos "A Primeira Aldeia Global "...

Monday, March 04, 2013

Portugal...


MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa
@as-nunes