Está-se mesmo a ver quem era o aniversariante. O meu pai, 85 Primaveras. E se o dia estava bonito! Já estava toda a família a acomodar-se, onde está o António, eu a tirar umas fotos ao ECOmuseu de Vila Chã de Sá, tinha-o descoberto naquele momento... Claro, quando cheguei à mesa, tive que me sujeitar a um dos lugares vagos.
Mas se não houvesse tipos como eu, sempre à coca de novidades, como é que os registos destas passagens eram feitos? Sem vida? Só porque alguém nos mostra uma foto ou nos dá uma dica?
Mesmo assim não ia ficar mal acompanhado. Por sinal até fiquei mesmo ao lado do meu irmão Vitor (Prof. em Tondela), ainda que a Zaida tenha acabado por ficar num lugar distante.
O convívio foi excelente, daqueles que só se conseguem com pretextos como o dum aniversário dos mais idosos da família. Três irmãs, o irmão, os respectivos cônjuges, filhos, netos, sobrinhos, cunhados, uma festa. Como os laços de família são fortes!...
-
Também tenho que deixar aqui os meus parabéns às gentes da freguesia de Vila Chã de Sá. Têm ali uma obra de grande gabarito. As alfaias agrícolas e outras da nossa zona de Viseu, ali estão, bem à vista: O engenho ou a picota ou a cegonha, os carros de bois, as pipas de vinho, as grades (quantos hectares de terra elas não terão arado?), os jarros de bronze e de zinco. Mas a lareira!...aquele tipo de lareira!... Quantas recordações, já muito antigas é certo, eu pequenito, a minha avó Neves, as minhas tias, a Nevitas, o calor reconfortante ali mesmo aos nossos pés, a comida a fumegar, o fumo a passar pela telha vã, as vimes das podas, bem secas, as pinhas...o cheiro a cavacas de pinheiro... A nossa casa, no fundo do Povo, do Casal de Ribafeita, assim se chama, uma das fontes comunitárias ali mesmo à mão! E os bailaricos, ao som da gaita de beiços e dum tocador de viola? E as sessões de violino do meu tio Alberto, ali mesmo ao pé da venda de tudo e mais alguma coisa? E as cantigas por altura da Páscoa? A voz da minha mãe a sobressair-se, pelo timbre forte, vibrante, notas certinhas e compassadas?
-
Não me podia também esquecer do Agostinho, de Parada de Gonta. Aqui fica a camisola do clube da tua terra. O dono do restaurante lá me informou que "Pinheirão" tem a ver com pinheiro e carvão. Ou seja, tudo o que se come é feito no lume do pinho e do carvão.
Um serviço de qualidade.
-
Mais um brinde ao meu pai Daniel. Ergo-lhe a taça, meu pai!
Obrigado por toda uma vida que tem vindo a dedicar aos seus 5 filhos...e netos...e bisnetos.
- NB: os links a azul, no texto, são PIRATAS.
Mas se não houvesse tipos como eu, sempre à coca de novidades, como é que os registos destas passagens eram feitos? Sem vida? Só porque alguém nos mostra uma foto ou nos dá uma dica?
Mesmo assim não ia ficar mal acompanhado. Por sinal até fiquei mesmo ao lado do meu irmão Vitor (Prof. em Tondela), ainda que a Zaida tenha acabado por ficar num lugar distante.
O convívio foi excelente, daqueles que só se conseguem com pretextos como o dum aniversário dos mais idosos da família. Três irmãs, o irmão, os respectivos cônjuges, filhos, netos, sobrinhos, cunhados, uma festa. Como os laços de família são fortes!...
-
Também tenho que deixar aqui os meus parabéns às gentes da freguesia de Vila Chã de Sá. Têm ali uma obra de grande gabarito. As alfaias agrícolas e outras da nossa zona de Viseu, ali estão, bem à vista: O engenho ou a picota ou a cegonha, os carros de bois, as pipas de vinho, as grades (quantos hectares de terra elas não terão arado?), os jarros de bronze e de zinco. Mas a lareira!...aquele tipo de lareira!... Quantas recordações, já muito antigas é certo, eu pequenito, a minha avó Neves, as minhas tias, a Nevitas, o calor reconfortante ali mesmo aos nossos pés, a comida a fumegar, o fumo a passar pela telha vã, as vimes das podas, bem secas, as pinhas...o cheiro a cavacas de pinheiro... A nossa casa, no fundo do Povo, do Casal de Ribafeita, assim se chama, uma das fontes comunitárias ali mesmo à mão! E os bailaricos, ao som da gaita de beiços e dum tocador de viola? E as sessões de violino do meu tio Alberto, ali mesmo ao pé da venda de tudo e mais alguma coisa? E as cantigas por altura da Páscoa? A voz da minha mãe a sobressair-se, pelo timbre forte, vibrante, notas certinhas e compassadas?
-
Não me podia também esquecer do Agostinho, de Parada de Gonta. Aqui fica a camisola do clube da tua terra. O dono do restaurante lá me informou que "Pinheirão" tem a ver com pinheiro e carvão. Ou seja, tudo o que se come é feito no lume do pinho e do carvão.
Um serviço de qualidade.
-
Mais um brinde ao meu pai Daniel. Ergo-lhe a taça, meu pai!
Obrigado por toda uma vida que tem vindo a dedicar aos seus 5 filhos...e netos...e bisnetos.
- NB: os links a azul, no texto, são PIRATAS.
No comments:
Post a Comment