Este ano, nas minhas mini-férias de Agosto, fui ao Casal de Ribafeita. Ao conversar com os meus pais tive conhecimento de que a Igreja da paróquia estava a ser restaurada por dentro. Claro, tinha que ver que tipo de restauro estava a ser feito.
Um aspecto da parte lateral traseira da Igreja de N. Sra. das Neves - Igreja Matriz da freguesia de Ribafeita - Viseu. Do lado esquerdo pode ver-se uma pequena parte do cemitério local. Como se sabe é muito frequente colocarem-se nas lajes tumulares fotografias das pessoas sepultadas. Foi desta maneira que eu consegui algumas fotografias de meus familiares, mais ou menos chegados, como a minha avó materna da qual guardo algumas recordações antigas. A mais comovente resume-se assim: quando em 1969, fui mobilizado para Moçambique, no cumprimento do serviço militar obrigatório, já era casado. A minha avó Queiriga, já muito velhinha, dizia com frequência: só quero ver a filha do Tonito. Depois, posso morrer. Esperou para ver a minha filha Inês, quase 2 anos. A verdade é que pouco tempo depois morreu, dizem-me, duma forma serena... Paz à sua alma, avó!
Um aspecto da parte lateral traseira da Igreja de N. Sra. das Neves - Igreja Matriz da freguesia de Ribafeita - Viseu. Do lado esquerdo pode ver-se uma pequena parte do cemitério local. Como se sabe é muito frequente colocarem-se nas lajes tumulares fotografias das pessoas sepultadas. Foi desta maneira que eu consegui algumas fotografias de meus familiares, mais ou menos chegados, como a minha avó materna da qual guardo algumas recordações antigas. A mais comovente resume-se assim: quando em 1969, fui mobilizado para Moçambique, no cumprimento do serviço militar obrigatório, já era casado. A minha avó Queiriga, já muito velhinha, dizia com frequência: só quero ver a filha do Tonito. Depois, posso morrer. Esperou para ver a minha filha Inês, quase 2 anos. A verdade é que pouco tempo depois morreu, dizem-me, duma forma serena... Paz à sua alma, avó!
No interior, os altares estão numa fase avançada de recuperação. Os suportes e apoios em madeira já se encontravam em adiantado estado de degradação. Graças à actuação conjunta duma Comissão Fabriqueira e da Diocese de Viseu, o Altar-Mor e os dois laterais, estão a ser restaurados de forma a poderem suportar a acção corrosiva do tempo (quem sabe mais algumas centenas de anos). Este trabalho está a ser conduzido por uma empresa da especialidade e por pessoas qualificadas na matéria, técnica e cientificamente.
(clic para ampliar e melhor se apreciar os frisos)
- foi o melhor que consegui. Cheguei in extremis. Os trabalhos de restauro da talha dourada dos altares já se encontrava na parte final. Pura sorte a minha. De qualquer modo, segundo me informaram, na altura devida, será elaborado um relatório que conterá fotografias de toda a zona restaurada. Espero bem que sim.
Fui informado no local que, ao se proceder ao desmantelamento cuidadoso dos altares laterais, foram encontrados frisos lindíssimos e de alto valor artístico/histórico. Fiquei com a informação de que, com muitas probabilidades, esses frisos terão sido pintados/trabalhados por alturas do séc. XVII. A sua recuperação de forma a ficarem à vista dos visitantes foi posta de parte dada a necessidade de se ter de investir muito dinheiro, que não se sabia da forma de o conseguir. De qualquer modo, a partir de agora, passa a ser do conhecimento público a existência destes frisos e a possibilidade de os estudar mais em pormenor e, eventualmente, de os tornar visíveis.
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