descobri esta obra-prima no conversa avinagrada
- Não matemos o doente com a cura...
- Não basta a austeridade e cortar...
- Nós precisamos de valorizar cada vez mais a palavra...
- O IVA não é para subir...
- Eu não quero ser Primeiro-ministro para dar empregos ao PSD...
- bla bla bla...bla bla bla...
Pacheco Pereira que me perdõe esta replicação, mas nem todos vamos ao "abrupto":
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"temporário",
"restituição intensa",
"ajustamento estrutural excepcional"
Todos os dias novas palavras e expressões revelam como Orwell foi um verdadeiro precursor em perceber como o poder usa as palavras para mandar. Entre as novas aquisições da “novilíngua” encontra-se o “temporário” que passou a significar definitivo e o “ajustamento estrutural excepcional”, signé Vitor Gaspar, uma contradição nos seus termos porque se é “estrutural” não pode ser “excepcional”. Outra é a “restituição intensa” dos subsídios de Natal e férias, expressão utilizada pelo Primeiro-ministro. “Intensa” é o quê? Metade, três quartos, nada? Presume-se que signifique que em vez de ser “gradual”, passe a ser pouco “intensa”. Iluda-se quem pense que isto são jogos florais. Bem pelo contrário, são jogos do poder, destinados a não dizer nada, dizendo, ou a dizer tudo, não dizendo.
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