Há muitos anos que ouço falar dos Açores, sempre com sentimentos de nostalgia.
Em Agosto do ano que corre rapidamente para o seu términus, tive ocasião de ficar a conhecer razoavelmente a Terceira. Durante essa estadia tirei a fotografia que agora coloco, em jeito de logotipo, na ombreira desta porta que se abre para o mundo e que tem por nome "dispersamente". As razões que justificam esta escolha serão muitas e dispersas...tão dispersas!
Ocorreu-me sem qualquer pretensão, simplesmente ao ritmo do voo incerto, disperso, dos pássaros, do tempo, da terra/mar/céu/nuvens, ligar este símbolo a Fernando Pessoa.
Fernando Pessoa tinha origens açorianas. A sua mãe era filha de uma ilustre família da Terceira.
A frase que legenda a foto, reparei nela, muito recentemente, agora que me estou a dar ao privilégio de tentar perceber melhor a vida e a obra fantástica de Fernando Pessoa. Porquê só agora, quase seis décadas de vida são passadas?
Os tempos estão em permanente mudança, rumam para a inevitável globalização?...mas não podemos dispersarmo-nos a ponto de perdermos de vista os sítios das âncoras da nossa cultura!
Em Agosto do ano que corre rapidamente para o seu términus, tive ocasião de ficar a conhecer razoavelmente a Terceira. Durante essa estadia tirei a fotografia que agora coloco, em jeito de logotipo, na ombreira desta porta que se abre para o mundo e que tem por nome "dispersamente". As razões que justificam esta escolha serão muitas e dispersas...tão dispersas!
Ocorreu-me sem qualquer pretensão, simplesmente ao ritmo do voo incerto, disperso, dos pássaros, do tempo, da terra/mar/céu/nuvens, ligar este símbolo a Fernando Pessoa.
Fernando Pessoa tinha origens açorianas. A sua mãe era filha de uma ilustre família da Terceira.
A frase que legenda a foto, reparei nela, muito recentemente, agora que me estou a dar ao privilégio de tentar perceber melhor a vida e a obra fantástica de Fernando Pessoa. Porquê só agora, quase seis décadas de vida são passadas?
Os tempos estão em permanente mudança, rumam para a inevitável globalização?...mas não podemos dispersarmo-nos a ponto de perdermos de vista os sítios das âncoras da nossa cultura!
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(Aos 13 anos)
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Quando eu me sento à janela
P´los vidros que a neve embaça
Vejo a doce imagem dela
Quando passa...passa...passa...
.
Lançou-me a mágoa seu véu: -
Menos um ser neste mundo
E mais um anjo no céu.
.
Quando eu me sento à janela,
P´los vidros que a neve embaça
Julgo ver a imagem dela
Que já não passa...não passa...
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5-5-1902
(Escrito na Ilha Terceira, em memória duma sua meia-irmã, que um ano antes tinha morrido ainda antes de ter completado 3 anos. Terá sido o seu primeiro poema em português.)
6 comments:
Poema que revela a tristeza do seu autor. Quanto ao António dir-se-ia que as raízes estão lá.Parece-me que já vi por aqui neste blog que a familia tem raízes nos Açores.Por isso, não é de admirar todo esse fascinio mesmo sem intenção em tudo que pertença aos Açores.Se assim não for peço desculpa.Um grande abraço.
Ja nessa altura o grande "Pessoa" comecava a mostrar quem seria um dia.
Bem haja por divulgar esse poema, e de referir-se a terras da "nossa terra".
Um abraco fornense.
Excelente escolha fotográfica e Pessoa no seu melhor.
Um abraço.
Fernando Pessoa sempre no seu melhor.
Amigo, gostas de felinos? de miaus? ora bem, tenho lá pelo kalynka uma invasão deles, nem imaginas!!! Vem ver o que me fizeram no domingo passado...
Beijos e abraços.
A poesia nasce com o Poeta. Ele prova-o bem...
;)
Vim aqui devido à ordenação alfabética e quando li "Angra do Heroísmo"... entrei e gostei. É muito bom saber que Angra é nossa e vossa.
Bom fim de semana
Abraço
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