Tuesday, January 16, 2007

MIGUEL TORGA - CENTENÁRIO do NASCIMENTO

Estava-me a passar em claro que 2007 é o ano do Centenário do Nascimento de Miguel Torga(*).
A RTP1, no seu Telejornal da hora do almoço, lembrou-mo, assim como a muitos mais de nós, decerto. Aliás, Miguel Torga nasceu em 12.8.1907.
Pelo que apurei, a Escola Secundária Miguel Torga, de Bragança, decidiu homenagear o seu patrono com um ciclo de conferências, exposições e espectáculos que começam dia 17 (é já amanhã tendo em conta a data da edição deste post) e se prolongam por todo o ano. (
mais)
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Em Junho de 2006 escrevi um post neste blogue, inspirado na fotografia abaixo duma porta envidraçada na Rua da Vitória, em Leiria. Aquela que vai do Largo da Sé para o Largo Paio Guterres (vulgo "largo do gato preto" porque alguém, no decorrer das primeiras décadas do século passado, se lembrou de ornamentar a parede dum prédio que lá serve de pensão, a pensão "gato preto", com um painel de azulejos com a respectiva figura alusiva a este animal). De tal modo ficou arreigada esta referência, que, ainda recentemente, aquando da requalificação daquela área, lá se utilizou aquela figura característica em destaque no chão do largo em calçada portuguesa.

Se se observar a foto com alguma atenção detecta-se o reflexo do autor deste blogue, em pose de fotógrafo. Podia-lhe dar para pior, não acham?...

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Mais pormenores deste post podem ser consultados em:

http://dispersamente.blogspot.com/2006/06/miguel-torga-na-minha-rua.html

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(*)De seu nome completo Adolfo Correia da Rocha, adoptou o pseudónimo de Miguel Torga porque "eu sou quem sou. Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raizes em rochas duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico, característico da nossa península"...

6 comments:

Arte por um Canudo 2 said...

Não se pode esquecer este centenário do homem que figura entre os mais de Portugal. Agora em relação ao António, a pose de fotógrafo está lá falta-lhe é o chapéu.Abraço

Zé Lérias said...

Conheci o Dr. Adolfo Rocha quando tinha o seu consultório médico no Largo da Portagem, em Coimbra.
Homem austero e de poucas falas, mas afável quanto bastava.
Sei que a primeira obra dele (Miguel Torga) que li (Diário VII), me deu novos rumos às minhas leituras, era eu ainda jovem.
Apetece-me dizer que homens da sua fibra e rectidão deverão existir hoje muitos poucos.
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Gostaria que não parecesse publicidade (mas se parecer paciência!) ao sugerir que dê um salto ao "terapias-inocentes" para conhecer o meu ponto de vista em relação ao seu post e ao dos outros, deixado em "Professoras de pêlo na venta".
Um abraço

asn said...

Olá Zé Lérias
É claro que já vou a caminho...o assunto merece toda a nossa melhor atenção. Até a mim que já sou avô e ajudante de Encarregado de Educação, já fui pai e encarregado de educação, professor do ensino secundário (antes da tropa; em Nampula com os nativos que me deram muitas dores de cabeça em termos de comunicação em português; e, nos anos 80, na Marinha Grande e em Leiria).
Deixei lá mais umas reflexões (talvez mais históricas que actuais/actualizadas!...).
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Quanto ao grande escritor Adolfo Rocha, o nosso estimado Miguel Torga (vou inserir uma foto com uma urze silvestre neste post, em complemento) seria muito bom que os jovens voltassem a ler e a reflectir no que estes homens nos legaram como forma de cultivar o pensamento e melhorar o nosso relacionamento com as coisas simples da vida (que, a muito curto prazo, voltarão a ser das mais importantes que poderemos voltar a viver).
Um grande abraço.
António

Tozé Franco said...

Ora aqui está um escritor/médico que conheci, e que muito admiro, pois ia frequentemente almoçar ao restaurante que o meu pai tinha em Coimbra, ali por trás do Hotel Astória.
Um abraço.

asn said...

Como as coisas são, "tozé". E porque não aproveitar e contar-nos algum pormenor de relevo acerca dste nosso grande escritor?

Menina_marota said...

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
"Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova..."

(Miguel Torga in Confiança)

A minha humilde homenagem a Torga.

Deixo um abraço ;)