Na sequência da entrada anterior repare-se nos pormenores de placas e paineis colocados na Rua Poetisa Natália Correia, em Leiria.
A apresentação do painel alusivo à Quinta do Africano tem a ver com o facto de na mesma parede da quinta estarem colocadas duas placas toponímicas: uma da Junta de Freguesia de Leiria, a outra em painel de azulejos, dos proprietários da Quinta.
Parece que a estou a ver, com a sua cigarrilha ou em acesos debates no Parlamento ou a recitar com garra um poema. (leia-se o comentário de Jofre de Lima Monteiro Alves nesta entrada/post).
A apresentação do painel alusivo à Quinta do Africano tem a ver com o facto de na mesma parede da quinta estarem colocadas duas placas toponímicas: uma da Junta de Freguesia de Leiria, a outra em painel de azulejos, dos proprietários da Quinta.
Parece que a estou a ver, com a sua cigarrilha ou em acesos debates no Parlamento ou a recitar com garra um poema. (leia-se o comentário de Jofre de Lima Monteiro Alves nesta entrada/post).
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Auto-retrato
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Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea.
Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
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Natália Correia
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