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Wednesday, January 04, 2012

Zambujo - Leiria em fotografia

 A vista panorâmica de baixo tratada digitalmente pelo "PICASA" da Google, em formato Poster.
Da minha varanda virada para Nascente tenho o privilégio de registar momentos como este. A tarde a cair num destes primeiros dias de 2012...
@asnunes 

Tuesday, September 27, 2011

Leiria numa encruzilhada...

Do Alto dos Capuchos podem fazer-se observações impressionantes. As transformações radicais que toda esta zona tem sofrido nos últimos anos! Uma boa parte deste monte e dos vales dos rios Lis e Lena deviam ter sido mais protegidos, do ponto de vista ambiental e paisagístico. O próprio património histórico desta área está em risco iminente. Inclusive, o antigo Convento dos Capuchos e a respectiva capela, que também já foi Hospital Militar, uma relíquia que devia ter sido preservada, tem os seus dias contados. Infelizmente, já não tenho qualquer dúvida.

O que se pode ver nesta foto: O IC2, que já não é IC2 visto que o transformaram numa Auto-estrada, a A19, num percurso limitado (com certeza para nos porem a pagar mais uma portagem, não tarda nada), uma ponte/rotunda aérea, ligações para a Marinha Grande, para a  A19 ou IC2 como se lhe queira chamar (por enquanto), mais acima (ao lado esquerdo, já fora da área da foto), mais rotundas aéreas, umas quantas, seguidas, para encarreirar as pessoas/automóveis para o Shopping, IC36, A8, A17, A1, mais acima ainda, tudo numa extensão de 1 km, outra rotunda aérea por causa do IC9 (Nazaré-Tomar, passando por Fátima, está claro, diz-se também que para ajudar a desviar o trânsito do IC2 que passa ao lado do Mosteiro da Batalha), enfim uma encruzilhada de vias rodoviárias, mais parecendo uma teia de aranha.
O que se passa? Havia necessidade de tantas vias rodoviárias? Com este índice de concentração? Impressionante! 
Existe algum plano revolucionário para o desenvolvimento rápido e sustentado de toda esta zona de Leiria? 
Tiveram-se na devida consideração todas as condicionantes ambientais imprescindíveis ao equilíbrio ecológico e à biodiversidade de toda esta zona? Desflorestações, movimentações impressionantes de terras, viadutos a ocuparem o Vale do rio Lis e do Lena (por aqui também anda o IC36, que vai ser a via de circulação externa de Leiria e que vai levar as pessoas/automóveis de e para a A1 e a A8 e a A19/IC2) é o que se vê por todo o lado!
Por este caminho, nós, os habitantes de Leiria, vamos passar a viver como se estivéssemos numa urbe betonizada e alcatroada por tudo quanto é sítio. 
Será que a nossa vida vai melhorar significativamente?!  
O conjunto arquitectónico, duas rotundas e uma ponte sobre o IC2/A19, que liga o centro de Leiria (ali na zona do célebre Estádio de Futebol que foi a leilão há dias, ainda não sei em que é que deu tal iniciativa) ao IC2/A19, que vai entroncar no IC36, que vai ligar a A8/A17 à A1 e que também vai passar por cima do IC9, que passa a 300 metros do IC36, do IC2 que vai passar a ser a A19 (é aquela que se vê na foto com um camion/camião de frente vermelha), que também vai direitinha ao Shopping, que desencaminha a população de Leiria, que deixa a cidade de Leiria às moscas, que também tem andado em muitas obras de requalificação para atrair as pessoas, que vão mas é para o Shopping, porque lá até têm onde estacionar o pópó de borla, o tempo que quiserem, de modo a poderem lá sentir-se como se estivessem na cidade, porque lá se vende de tudo e até se come e bebe e vai-se ao cinema e dá para marcar encontros que é mais prático e, às vezes, há lá espectáculos e muitas coisas mais, uff...
Uma maravilha!...


Ao descer do alto mais alto do Alto dos Capuchos (onde até houve em tempos não muito recuados, uma capelinha que deixaram destruir), ainda se consegue ver a silhueta do Castelo de Leiria.
Aleluia!...
-
Se calhar sou eu, 
Produto da Natureza,
Que já não suporto 
Tanto betão 
E tanto alcatrão
E tanta desflorestação!...


Pois...
Como conciliar a crise económica, financeira e social que assola e amedronta os povos de Portugal, da Europa e do mundo (o terreno, uma partícula ínfima no Cosmos, apesar de tudo!...) com a necessidade imperiosa da preservação ambiental deste Planeta Azul, cada vez menos azul e mais negro?
@as-nunes
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Monday, April 11, 2011

O FMI e as nossas Estevas

(vale a pena ampliar)
Na Rua do Barreiro, Pousos, descendo à Rua da Lapa, logo a seguir a Ribeira do Sirol, ao lado a variante Olhalvas, Pousos/A1
-
O FMI anda por aí 


As estevas estão aqui, 
à nossa beirinha, 
como sempre, 
todos os anos. 


Prazerosas, 
vistosas; 
são nossas, 
estão viçosas. 


Assim estivessem as nossas Finanças!...


@as-nunes

Monday, March 28, 2011

ALCANENA: uma senhora Poetisa


(clic para melhor ler)

No passado sábado realizou-se mais um encontro mensal de  poetas de Alcanena, na Biblioteca Municipal. A senhora que se vê na fotografia é uma das poetisas que não falha um encontro, sempre bem disposta e amável com toda a gente. Escreve poesia ao ritmo da sua vida, das suas emoções, assim transparece. Sem qualquer pretensão de demonstrar o que quer que seja. Escreve e diz, com toda a simplicidade e suavidade deste mundo. 

De facto, até parece que nem necessitaria de escrever o seus poemas. Mesmo que os tenha idealizado num momento, diz a sua poesia de memória. Não precisa de ler. 
Parece, inclusive, que, apesar de já usar computador, sente muito prazer em registar a sua poesia utilizando uma máquina de escrever. 
Bem a andamos a tentar convencer a publicar um livro com os seus poemas. A torná-los públicos, impressos. 

Que não, que os vai deixar para que lhes possam dar o destino que melhor entenderem. 

Consegui que me cedesse o poema que disse naquela tarde...na hora de cada um dizer dos poemas que vai escrevendo... Parece que consegui um feito, deu-me autorização para o publicar neste meu blogue. 

Aqui lhe deixo os preitos da minha melhor homenagem, Sra. D. Alzira
Espero que gostem tanto como nós - todos os participantes do Encontro de Poetas de Alcanena - nos temos vindo a deleitar.
@as-nunes

Wednesday, January 19, 2011

Leiria: Solar dos Ataídes - 1929 e 2010


in "União Nacional" de 1 de Maio de 1929


Um extraordinário tratado sobre as origens históricas das principais famílias de Leiria, com base nas famílias ligadas à "Casa do Terreiro" ou "Solar dos Ataídes".

Ler mais em http://dispersamente.blogspot.com/2011/01/leiria-casa-do-terreiro.html
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Thursday, December 30, 2010

Presidente de quê?!...

(Hoje, de manhã, em Leiria, no Largo 5 de Outubro de 1910)

Ontem, os dois candidatos à Presidência da República Portuguesa, Cavaco Silva e Manuel Alegre, apresentaram-se em debate televisivo.
Quem ganhou? Ouvi esta pergunta hoje de manhã, na Antena Um. Parece que era tema para fórum naquela estação de rádio.
Será que vale a pena estarmos a distrair as nossas atenções do essencial da nossa vida do dia a dia, que para mais já não estamos dotados financeiramente? Estamos a lutar pela sobrevivência, senhores!...

Não nos compliquem mais a vida! Precisamos de facto dum Presidente da República, porque assim determina a Constituição. Mas para que é que queremos um Presidente que, num dia manda recados para o Governo e para a Assembleia da República, a dizer que não pode concordar com o que aprovaram, ou em Conselho de Ministros ou no Parlamento, e no dia seguinte promulga Decretos e Leis que vão contra o seu modo de ver os problemas que afligem a Nação? E o Povo quase que nem se apercebe do que se passa, pois que a legislação é imediatamente publicada em Diário da República, para entrar em vigor logo a seguir ou até com efeitos retroactivos.

Veja-se o caso recentíssimo do financiamento do Ensino Privado e Cooperativo. O Presidente a "barafustar" nas televisões e na rádio contra as decisões do Governo, o Parlamento a aprovar legislação em contra-ciclo com o Governo, o Presidente da República ultrapassado pela publicação da Portaria que vai lançar mais instabilidade no Ensino e mais desemprego.
Afinal o Estado não gasta mais com o financiamento do Ensino Privado do que com o Público, contas já feitas e refeitas. E quando estamos a falar em Ensino Privado até nos referimos a muitos estabelecimentos que se têm substituído completamente ao Estado há muitas décadas. E que estão localizados em zonas onde não há oferta pública; nem tal se justifica, a partir do momento em que as infraestruturas já estão implantadas no terreno e a funcionar com bons resultados. E sem selecção dos alunos, como é óbvio, dado o interesse público do Ensino Ministrado nesses estabelecimentos.

Permito-me abrir um parêntesis para criticar a actuação da FENPROF que, defendendo os professores, não tem defendido os do Ensino Particular e Cooperativo. Não são Professores como os outros?

Resumindo, por ora: 
Temos que admitir que o Regime constitucional vigente deve ser alterado. A questão de mais Presidencialismo ou mais Parlamentarismo deve ser esclarecida duma vez por todas. 
-
Talvez não seja má ideia passarmos a ter mais atenção ao que vai sendo publicado no Diário da República electrónico.

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Sunday, November 28, 2010

Olá... aqui Barreira - Leiria

Salva Microphylla (1b) , (1), (1a)
Olá, olá, pequeninas mas irrequietas e invasoras alegres!


 Camélia «Winter SnowDown» ou «Polar Star» (2) 
Saudações amigas a todos os navegantes que por aqui aportarem, mesmo que só de passagem...
-
(1) e (1a) Ver (1b)
(1b) Inicialmente, de facto, confundi esta flor com a chamada boca-de-lobo,se bem que a minha mulher já me tivesse alertado que eu estava enganado.  Com a ajuda da Rosa, que muito agradeço, fui consultar uma enciclopédia, a partir da dica da famíia e penso que cheguei ao nome correcto desta planta e flor: Salvia microphylla, nome comum SALVA MICROPHYLLA.
Planta vivaz, semi-rústica sempre verde. Atinge 1 a 2 metros de altura e 60 cm de amplitude. Flores atractivas, cor de framboesa com um lábio inferior característico surgem do fim do Verão ao início do Outono. (quer dizer, já estamos no fim do Outono e elas ainda aqui estão bonitas de se ver). 
As folhas ovais de coloração verde cheiram a amoras quando esmagadas ou apertadas na mão.
in "O poder das ervas aromáticas" Civilização editores"

(2) http://www.usna.usda.gov/Newintro/camelli1.html talvez aqui se consiga perceber melhor a actual classificação das camélias híbridas, aqui na zona Norte Atlântica. Pelos vistos, as camélias japónicas, as originais, se não se "põem a pau" ainda desaparecem do mapa!
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Sunday, November 14, 2010

Leiria: mirar o Outono de 2010 no Jardim Luís de Camões




(penso que vale a pena ampliar, 
para melhor observar)
Diz-se que uma fotografia vale por mil palavras!
Tantas palavras que estas imagens nos podem transmitir!
Mais palavras para quê?


Pois se nem Camões com todos os cantos dos Lusíadas?
Nem o primeiro Rei de Portugal na conquista e reconstrução do Castelo de Leiria?
Nem a Rainha Santa Isabel com o seu Milagre das Rosas, a mediar a partir deste mesmo castelo?


Foram suficientemente convincentes de modo a contribuírem para a melhoria da nossa auto-estima?


Que Outono este, o do ano da graça de 2010!


Para ultrapassar rapidamente, mas com atitudes reflectidas, a actual situação política e económica de Portugal, temos que nos sentar a dialogar, pensar no que queremos para todos, com seriedade, serenidade, sem precipitações, e, acima de tudo, sem egoísmos exacerbados e corporativos.
Sejam políticos, sociais, económicos ou religiosos!


Afinal, os políticos de todo o Mundo não apregoam aos sete ventos que a sociedade actual deve rumar à Justiça e Fraternidade entre os Homens?


Tanto egoísmo!
Tanta ganância!
Tanta injustiça!


Já viram como este Outono parece uma Primavera?
Esperemos que seja de bom augúrio!
.
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Thursday, November 04, 2010

Somos um Povo que quer VIVER!...



Aqui é Portugal, Leiria.
E em Portugal vive um povo
que tem direito
a uma vida digna.
Um povo com muitos séculos.
Um povo com história, muita!


Vale a pena lutar
para que estas imagens
que nos alegram o olhar
continuem a ser nossas.
Não podemos defraudar
os nossos avós.
Foram eles que nos deixaram
este legado, de vida, de liberdade.
Que lutaram até à exaustão,
até à morte
para que estes olhares
fossem nossos.


Temos que ganhar coragem
para enfrentar esta crise
medonha, peçonhenta,
que num repente nos entrou
alma dentro, qual ferrete em brasa
como se estivéssemos a sair
duma anestesia total
a que temos estado sujeitos
ao longo de anos e anos
sem conta, sem medida.


Quem nos andou a enganar?
Sócrates?! E os outros Governos?!
Foram todos os Deputados
Ministros das Finanças
Presidentes da República
que durante todos estes anos
de deixa-andar, o Estado paga
não se assumiram com a coragem
que era necessária
para pôr ordem nas Contas Públicas!


Os senhores da UE também
nós próprios, em roda-livre,
que nos deixámos convencer
que o Futuro seria luminoso
um mar de Euros
para consumir até mais não!


Aí está à vista de todos nós!
Orçamento do Estado finalmente
a reflectir a desgraça em que este País
de nome Portugal está a cair,
a culpa é de todos nós,
também da conjuntura internacional,
da máquina implacável da agiotagem global,
sempre à espreita dos mais débeis,
quais abutres nos seus voos sinistramente circulares,
a lamberem as beiçolas
na antevisão de poderem degolar mais uma vítima
(que representa 10.000.000 de seres humanos).


Nós que somos parte integrante dum sistema monetário
que era suposto ser capaz de afastar os especuladores financeiros
que nos querem sugar
o sangue, suor e lágrimas
com que este País
foi edificado
ao longo de séculos!...


...
Pode ser que AMANHÃ seja OUTRO DIA!...
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Monday, November 01, 2010

A úlima morada


Cemitério de Sto. António do Carrascal - Leiria, hoje
Ainda que só amanhã é que seja o Dia («oficial») dos Fiéis Defuntos
In extremis, ao findar do dia de hoje, 1 de Novembro de 2010

A última morada



Chamam-lhe a última morada...


Lugar mórbido,
Lugar sinistro...


Flores e velas, para quê?
Para quem?
Por uma recordação?
Por pó?
Por nada?


Porquê a última morada?


O que é eterno,
Subiu à Eternidade.


O que é da terra,
Morreu, já não existe.


De quem a última morada?
De quem?
Se aqui já não há nada!

1/11/2007
Zaida Paiva Nunes
in "Talvez" - ed. Folheto 2008

-
Mesmo assim, lá fomos, eu e a Zaida, cumprir o ritual de deixar flores na campa do meu sogro, que morreu e foi enterrado em 1994...
Em tempo, nós, também, fizémos questão de lhe prestar uma homenagem que julgamos merecida, escrevendo o livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade", Ed. Folheto - Leiria.
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Tuesday, October 19, 2010

POUSOS - Leiria: Que o Senhor dos Aflitos nos ajude!...


Ainda bem que há quem se esteja a preparar para a Festa com tanta antecedência e entusiasmo!

Pousos é uma povoação limítrofe da cidade de Leiria.
Pelo que se vê, os festeiros que preparam as festas de 2011 em honra do padroeiro da terra, nasceram em 1961. Terão, portanto, 50 anos, quando chegarem os festejos populares e religiosos do próximo ano.

Apesar de todas as desgraças anunciadas para o nosso País parece que a campanha de angariação de fundos não está a correr mal de todo.
Quem sabe se o Ministro das Finanças e o Primeiro Ministro Sócrates não estarão a fazer mal as contas e afinal não estamos assim tão nas lonas como isso?!...

Que o Senhor dos Aflitos nos valha!...

         Actualizações noutros blogues ou FaceBook                                                                                   

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Thursday, September 30, 2010

Uma vindima ali em frente...

(clic para ampliar)

Duma janela (indiscreta) de minha casa...
Uma vindima na antiga, conhecida pelo nome de "Quinta do Cabreiro", assim me ensinaram quando era membro da Junta.
A ocupar uma parte da Carvalhinha e outra nos Lourais, uma tira a poente da Rua dos Lourais.
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Saturday, September 04, 2010

Fontes de vida!...



Fontes...


Nascentes
do Liz
reluzentes
frescura de petiz


Natureza estival
mantém-te assim
tão belo milheiral
esperança sem fim


Mais abaixo
ambiente desfigurado
haja que seja um só seixo
De novo será mudado


Assim seja!...

-
(repare-se no contraste, post a seguir, 5 km abaixo, no mesmo rio?!...)
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Wednesday, August 18, 2010

LEIRIA E AS MURALHAS DO SEU CASTELO


Não concordo que se use a parte exterior do Castelo de Leiria, o ex-libris por excelência da cidade de Leiria, para se fazer publicidade de um espectáculo de música, ao nível dos Festivais costumeiros, nos últimos anos, por esse país fora.
A dignidade deste Monumento Nacional e a sensibilidade dos Leirienses e dos turistas que nos visitam deviam ser mais preservadas.

Sim senhor, façam-se lá os festivais que se entenderem, mas não se contribua para mais poluição ambiental e cultural do que aquela a que poderemos ser obrigados pelas contingências de desastres imprevisíveis. 
Penso que é indecorosa e indigna a forma visível na primeira foto, como um Monumento Nacional e de relevante interesse turístico/histórico, como é o Castelo de Leiria, está a ser utilizado para publicitar um evento festivaleiro como o visado.

Apoio a iniciativa mas não esta forma usada para a sua promoção!...
Em qualquer dos casos sempre vos digo que será de se comparecer até pela originalidade deste evento na região!...Ao fim e ao cabo, no Centro-Oeste de Portugal, poderemos dizer, um dos principais pólos irradiadores da nossa Portugalidade.
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Friday, July 30, 2010

Leiria: Quinta do Amparo e o Visconde do Amparo



Uma vista panorâmica desde uma das casas da Quinta do Amparo (junto ao Jardim interior) sobre a cidade de Leiria, em destaque o seu Castelo.
Alguns aspectos da actualidade, que correspondem ao que, na Rua do Amparo, aos Marrazes - Leiria, é conhecido por Quinta do Amparo. Hoje, o local está ocupado pela Escola Superior de Acção Social e pelo Restaurante o "Cardápio do Visconde".
Acerca desta Quinta e dos seus senhores, tenho vindo a colher alguma informação sobre a sua história mas a tarefa tem-se-me mostrado um tanto indefinida.
Na entrada que aqui publiquei em 2008 mostrei fotos da capela dedicada a Nª Sra. do Amparo e que se encontra edificada no conjunto das edificações desta quinta. Por e-mail recebi a informação de que a fonte que se vê perto do jardim desta antiga quinta foi construída em devoção ao local onde terá aparecido a Sra. do Amparo. Nessa fonte está um painel de azulejos azuis com a imagem de Sto. António com um púcaro na mão.
A ligação dum Visconde a esta quinta ainda me traz alguma perplexidade, na medida em que já li referências a um Visconde de Fonte Arcada e noutro trecho fala-se no Visconde do Amparo.
Pode ler-se nos Anais do Município de Leiria, de João Cabral, vol. II, pp 276, o seguinte:
"NOTAS SOLTAS. Na reunião de 31.5.1838 foram indicados para senadores o Visconde de Fonte Arcada, Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, da Quinta do Amparo e José de Faria Gomes de Oliveira, de Leiria."
Consultadas as árvores genealógicas dos Viscondes de Fonte Arcada e do Amparo, não consegui concluir se efectivamente João Cabral queria falar do Visconde de Fonte Arcada como estando ligado a esta quinta.





   Rodrigo Barba Alardo de Lencastre e Barros,
  1º visconde do Amparo
* Lisboa, São Mamede 16.09.1810 + 24.04.1865

Era filho de Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, por conseguinte, muito dificilmente, este poderia ser Visconde do Amparo. Terá sido ele o Visconde de Fonte Arcada a que João Cabral se refere nos Anais de Leiria? Também me parece um tanto inverosímil esta dedução, que, aliás, também não é partilhada pelo actual Presidente da Junta de Freguesia de Fonte Arcada, segundo informação que me prestou por e-mail.






---- POST SCRIPTUM
(NOTA 1)
Sou amigo de Adélio Amaro, editor e estudioso das coisas de Leiria e dos Açores.
Eis senão quando me lembro duma conversa que tivemos há uns tempos atrás em que tomei conhecimento dum estudo que ele fez precisamente sobre o brasão do Visconde do Amparo. (dá-se o caso de que até tirei uma foto dum brasão que foi improvisado para colocar na parede exterior do supra-dito restaurante. É nítida, nesta resenha, a intenção meramente promocional do Restaurante. O 3º quarto do brasão, o prato e o talher, não têm nada a ver com o brasão da família dos Alardos ou até mesmo desta depois das ligações posteriores aos Barros).
Já passava das 3 da madrugada quando, antes de adormecer, me lembrei de vir consultar,  com mais cuidado, os meus apontamentos. E lá está. O Adélio Amaro editou, recentemente um livro.
Teremos, assim, esta questão do Visconde do Amparo resolvido. Penso eu que sim.
Aqui vos deixo o link onde é feita a apresentação daquele livro.
Repare-se na barbaridade cometida com o aproveitamento comercial (na foto da esquerda) do brasão dos Alardos (à direita, em conformidade com o que vem transcrito a pp 215 do livro referido na nota 2).





Adélio Amaro - Brasão do Visconde do Amparo :: ParaVenda.net

Adélio Amaro - Brasão do Visconde do Amparo :: ParaVenda.net

Um abraço, Adélio!
-
(NOTA 2)
Em 1997, Joaquim de Oliveira da Silva Bernardes escreveu "A Freguesia de Santiago dos Marrazes - Apontamentos, notas e documentos para a sua história", Edição da Junta de Freguesia de Marrazes. Neste livro, pp 212 e seguintes, pode-se aprender quase tudo o que de relevante se sabe acerca das famílias ligadas ao Visconde do Amparo e aos proprietários da Quinta acima referida.

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Sunday, June 13, 2010

LEIRIA em dia de Sto António de Lisboa


Hoje comemora-se:
O Dia de Santo António de Lisboa
que o é, também, dos mais variados sítios e lugares


O Dia da Freguesia de Leiria.


Leia-se o seguinte excerto do parecer efectuado pelo Professor Doutor Saul António Gomes, emitido em 20 de Agosto de 2002, a pedido do Executivo da Junta de Freguesia de Leiria:
"...
Permanece em aberto, efectivamente, o facto histórico de grande relevância que é a elevação oficial de Leiria ao estatudo de cidade, pelo rei D. João III, como se referiu, em 13 de Junho de 1545. Curiosamente, um dia festivo na vida religiosa, cultural e histórica portuguesa por ser, muito justamente, o dia de Santo António de Lisboa. Santo que tinha na Leiria dos nossos avós grande apreço e era popularmente comemorado na cidade e arredores.
..."

Na imagem acima pode ler-se um poema dedicado a S. António escrito por Miguel Torga, intimamente ligado a esta cidade, pelo facto de aqui ter instalado o seu primeiro consultório como médico e aqui ter vivido nos anos 40. Aqui foi preso pela PIDE.
-
Nestes tempos, ditos modernos, em que andamos todos à nora com problemas de variada índole, nomeadamente as grandes dificuldades de ordem económica e financeira que o país atravessa, ocorreu-me transcrever um soneto de Acácio de Paiva, um dos maiores poetas leirienses de todos os tempos
(eu a recordar, também, aquele outro belo soneto, em que o poeta evocava as Noras que se faziam ouvir no meio do choupal ao longo do Rio Lena, agora a transformar-se rapidamente em área de infraestruturas a que a modernidade parece querer obrigar a todo o custo!...):


LEIRIA
I


A minha terra... Basta ser a tua
Para que mais nenhuma assim me agrade,
Na parte velha, a nossa mocidade
(A cegueira dos anos...) continua.


Ora me demorei vendo uma rua;
Talvez a mais antiga da cidade...
Conserva-te menina: ingenuidade,
Comedimento, a não ver Sol nem Lua.


Há bairros novos, casas de cimento,
Reparos brancos em ruínas, feira
mudada, restaurantes, movimento,


Outras línguas - política, suponho.
Recolhamos, afável companheira,
À capelinha rósea do meu sonho!


- Ler ensaio sobre o brasão da freguesia de Leiria 
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