Saturday, July 03, 2010

Nós, Deus e o Universo


A noite correu lenta
dorida, impertinente
desmazelada, cinzenta
ela, comigo, doente

Ao amanhecer pardacento
o galo ouvi cantar
a vida num momento
com outras cores ficar

Bom dia, Vida
És tão Bela
Tão sentida
Acabei a sentinela...

Graças a Deus...
(…)

Há momentos na vida em que nos pomos a pensar de forma diferente de outros em que nos julgamos indestrutíveis, sem males de maior que nos possam apoquentar.
Sabemos como é difícil viver. Como a luta por uma vida útil e digna é árdua. Constante. Mas a nossa racionalidade impele-nos a pensar que somos capazes de vencer todos os obstáculos. Quando muito com alguns arranhões.

Mas também há outros momentos na vida em que somos levados a reflectir sobre a natureza da Força Suprema que orienta O Universo. Nessas alturas, quantas vezes – quais náufragos - tentamos agarrarmo-nos a tudo e a nada de forma a nos mantermos à tona da água. Momentos em que a nossa perspectiva do que representa a existência, o ser/estar ou não ser/não estar, o nosso próprio mundo tecido à volta de imperceptíveis nadas, nos questionam a nós próprios e nos examinam como se nem a mais pequena parte do átomo fôssemos!...

E assim há-de continuar a ser, eternamente!...
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