Ao descer esta rua, vindo da zona da Igreja Matriz dos Pousos, em direcção ao Vale do Sirol, a Ribeira revolta com muita água.
Seguindo, rua abaixo, vai-se paralelamente à variante do Hospital de Sto. André para o nó rodoviário, que brevemente receberá o IC36, que vem do Alto Vieiro, para ligar a A8 à A1. Nessa rua, ainda vemos nas bermas, giestas, tojos, os restos de pinhais, sobreiros, choupos, até uma cerca com porcos pretos criados ao ar livre. Do outro lado, a Auto-Estrada (a variante) que se vê na foto.
Tanto alcatrão! Tanto kilómetro de automóvel a devorar!...
Quem irá usar no futuro tanta Auto-Estrada? que, imagino, vai ser paga km a km, litro após litro de combustível, o petróleo a preços incomportáveis!...
Já me sinto perdido a fazer contas e mais contas à vida!...
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GIESTAS
Recordo o tempo da giesta em flor
A dar uma outra cor à nossa estrada;
Caminhos que seguíamos, de amor
Ele a florir também, na alvorada.
O branco e amarelo, o bicolor
Mostravam cada encosta matizada;
O brilho à luz do sol, no seu esplendor!
De mim saía um poema, uma balada...
Depois, as auto-estradas do progresso.
Às vezes vou nas outras, que não esqueço,
Embora fique aquém das horas lestas;
É nelas que à minha alma sempre assoma
Lembrança de algum beijo... no aroma
Que vinha então selá-lo, das giestas.
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(Copyright ©as-nunes)
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