Vale de Lobos e Telheiro; floresta e monte esventrados, habitações em equilíbrio instável
O IC36, obras imponentes, em pleno predomínio sobre a paisagem, ali era uma floresta de carvalhos, sobreiros e pinhal. Paciência? Alcatrão e betão antes de tudo? A qualquer preço? Em nome do desenvolvimento, do futuro? Futuro sem floresta? Ali podia ter-se feito um túnel, evitava-se a destruição do meio ambiente à superfície, respirava-se outro ar.
Não é só casmurrice da minha parte, ou será? Já nem sei que dizer, os jovens é que deviam ser chamados a dar a sua opinião acerca do que querem para o futuro do planeta.
Vale do Lis visto do Vidigal, via externa, as folhas outonais dos plátanos da quinta de S. Venâncio a acenarem-nos, de longe, como que a dizerem-nos adeus.
Inicio a subida da rua dos Lourais. Olá, anima-te, mostram-se-me estas rosas de todos os anos, dum meu vizinho.
O IC36 aqui mesmo ao pé, vai passar a ser um instante para se ir para a A1, A8, A17, A19. Viva, viva, tantas vias para andarmos de automóvel por aí fora, que importam as árvores, o Vale do Lis, o vale do Lena, os Pousos cortado ao meio?
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18nov - 10h30 - últimas notícias do IC36:
Já se circula no IC36. Uma obra monumental, esperemos que não venha a ser mais uma obra faraónica. O impacte ambiental é tremendo. Ver-se o vale do Lis e as encostas dos dois lados - Nascente com o Vidigal, S. Romão , Pousos e Poente, Vale de Lobos e Telheiro -, de cima daquele viaduto de quase um quilómetro, como que a sobrevoar com os pés assentes nas suas sapatas gigantescas, toda aquela zona mítica, parece que muitas e românticas referências de Leiria, se esfumaram em menos de um fósforo.
O Castelo de Leiria e o Santuário de N. Sra. da Encarnação a recortarem-se no horizonte, uma nova silhueta que ficou ao nosso alcance...
Que venha a ser para o bem das novas gerações...
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