Para quem não está a reconhecer... Campos do Lis, vista da A17, quem vai de Sul para Norte. O carro estava a dar sinais de avaria, tive de parar com os quatro piscas ligados...
VIZINHO DE DEUS
Saio de casa para olhar o mundo. Olhá-lo, sem mais. Debaixo
do outono, amealhava pinhões, tecia colares de caruma, cruzava
um regato, o cheiro da terra molhada. Anotava o geométrico
um regato, o cheiro da terra molhada. Anotava o geométrico
voo dos estorninhos e pensava crer como um corpo
adolescente.
Face a face com o mundo. Ou quase. Talvez seja isto que
Balthus refere: «pintar o que se tem diante dos olhos é um
modo de se tornar vizinho de Deus».
Mário Rui Oliveira
Ed. Assírio & Alvim – 2002
Prefácio de Eugénio de Andrade
ver tb aqui
-Também dedico este apontamento ao meu amigo, pintor de excelência (diz que anda a aprender mas acho que não está a convencer ninguém, que já nasceu com o dom para a pintura, Rui Pascoal). Blogger atento e muito perspicaz.
@as-nunes
ver tb aqui
* Se Deus não é isto, tal como o poeta proclama, então o que é Deus?
@as-nunes
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