Cheguei ao "post" 100.
Não tenho um Balanço com resultados extraordinários a apresentar, ao fim destes 4 meses em que tenho vindo praticamente todos os dias a este mundo extraordiário dos blogues e dos bloguistas, blogueiros ou bloggers. (Temos que decidir se vale a pena utilizar algum neologismo que se coadune com a Língua Portuguesa...).
Muito sinceramente, este mundo dos Blogues é muito próprio, existem muitas rodinhas a rodar à volta de rodas maiores, algumas dentadas. Felizmente, quantas vezes por mero acaso, encontram-se algumas pessoas muito simpáticas, pressente-se que verdadeiras até.
Gostaria de estar com tempo disponível para elaborar um Relatório do que tem sido esta experiência para mim e, também, para outras pessoas, nomeadamente as que comigo privam de mais perto.
Provavelmente irei fazê-lo, mas hoje não. A minha actividade profissional é muito absorvente, muito complicada, sinto-me extremamente descompensado e cansado desta vida (As empresas também não estão nas melhores condições, ainda que haja por aí, muita gente que não consegue perceber, na sua plenitude, qual a forma mais correcta de gerir uma empresa. Esquecem-se com demasiada ligeireza da necessidade básica que é conseguir motivar as pessoas que lhes proporcionam um factor de produção indispensável: o trabalho consciente e com todo o nosso talento à disposição).
E estamos em tempo de dar os últimos retoques nas contas do ano de 2005. E o Fisco à espera que as moedinhas caiam...tenho a impressão que vão sofrer uma desilusão!...Andam a mandar-nos recadinhos que as empresas têm que apresentar lucros, caso contrário...e mostram-nos o papão duma fiscalização! Mas que mau feitio!...
Simultaneamente, as condições em que nós, TOC, desenvolvemos a nossa actividade, estão a ficar cada dia que passa mais e mais difíciceis, temos permanentemente, várias frentes em que nos empenhar, técnica contabilística, gestão em geral, legislação fiscal (uma teia quase indecifrável mesmo para nós), legislação comercial, pressão insuportável do Fisco, "polícias" em que não se conhece quem é o chefe da esquadra, uf!...
Bem, vou-me pôr a andar. Tenho que ir à reunião das quartas-feiras... para saber das últimas congeminações para baralhar este jogo incrível em que todos participamos, uns ganham, outros perdem, outros nem sabem a quantas andam...Um mundo incrível!..
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(continuará...com outro estado de espírito, espero!...)
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Afinal não houve a supra-dita reunião. É para a semana próxima.
Assim, ainda tive tempo de tirar esta foto a umas rosas brancas. Paz, preciso de paz, tenho-me sentido em guerra com o que nos tem vindo a acontecer nestes últims tempos, cá no nosso Portugal. Revoltadíssimo com a falta de coragem e idoneidade que os políticos que têm governado o país, digamos que, pelo menos nos últimos 25 anos, denotaram, tendo em conta que todas ou quase todas as medidas gravosas que estão a ser tomadas e que me apanharam algo de surpresa, pela sua brutalidade face às minhas expectativas e as de muitos outros portugueses (quantas ilusões!...), podiam ter sido aplicadas gradualmente dando-nos tempo a reorientar essas mesmas expectativas. Não é nada fácil tolerar sem revolta o que nos está a acontecer, particularmente à mnha geração, a já chamada "geração sandwich":
Nascemos no imdiatamete pós-II Guerra Mundial, crescemos às sopas do "Plano Marshall" dos Americanos, combatemos ingloriamete em defesa do então chamado "Ultramar", vivemos, no auge da nossa juventude, todas as vicissitudes do pós 25 de Abril (Nacionalizações, desemprego, PREC, (des)governos uns após outros, o desbaratar dos milhões da Europa que nos mantiveram durante uma década ou pouco mais na ilusão duma prosperidade redentora) e agora que estamos a entrar nos sessenta e tal, depois de termos contribuído para a Segurança Social durante 40 e mais anos, feitas as contas conclui-se que o dinheiro do Estado Social só chega para alguns?
Estado Social e Solidário? Tretas!
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asn
2 comments:
Olá asn
Achei uma certa piada à comemoração do centésimo post do seu blog porque penso fazer o mesmo quando lá chegar: ao 100.º post ou ao 100.º dia, depois veremos. Entristeceu-me foi o teor do mesmo. Quando se esperaria algo de leve e alegre brindou-nos com uma prosa pesada e triste. Concordo que não haverá grandes motivos para alegrias, mas que diabo, sempre era um centenário...
Barafuste, proteste, reclame, mas, de vez em quande, comemore!
Um abraço desde Viana
Carlos Ponte
Caro Amigo
Então não é que lhe dou toda a razão? Atravesso uma fase da minha vida (será uma questão etária?...não pode ser. Não quero que seja!) em que ando muito revoltado, zangado e, por vezs, até me ultrapasso a mim próprio, penso eu, mais tarde...Mas como tento ser o mais espontâneo possível, não vou, numa revisão, reescrever o texto que saiu naquele dado momento.
É assim mesmo, a vida é feita de momentos. Como os há bons tmbém os há maus (menos bons).
Obrigado, caro Carlos Ponte, não o conheço mas cairam-me bem as suas palavras.
Queira receber um grande abraço.
António Nunes
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