O Snr. Inocêncio. Há cinquenta anos (número arredondado por mim, que ele fez as contas e falou-me em 49 anos e tal) a consertar sapatos. Sempre neste sítio da cidade de Leiria.
Há 41 anos que vivo nesta cidade e nunca tinha reparado no pormenor da oficina artesanal do Snr. Inocêncio.
Há dias, descia eu a Rua de Alcobaça, vinha da "Caixa de Previdência" lá em cima, no Largo da República (também lhe chamamos a "Praça do Município") eis senão quando, olho para o cimo dum telhado (ele próprio velho e carcomido pelo tempo, que já terá coberto uma casa, ela própria também a ameaçar ruir por todos os lados) e o que é que lá vejo: um triciclo (ele próprio igualmente de modelo antigo, todo ferrugento). Espantei-me com tal descoberta. Fiquei a saber que já lá está há imenso tempo! Como é que um triciclo vai estacionar em cima dum telhado decadente duma casa em ruínas, que até parece que não tem proprietário?! Então, e os serviços da Câmara Municipal não dão por nada?
6 comments:
Devem estar de férias!..Parece que nesta altura tudo fecha ou fazem que não vêem para não ter trabalho.Quanto ao Sr. Inocêncio é mesmo muito ano e já deve ser referência dessa zona.Um abraço
Então 49 e tal, hem? Conheço outros "sapateiros" que de vez em quando tiram também assim umas da cartola. Ou do sapato.
Tambem gostei do 49 e tal!
Quaqnto ao triciclo em cima da casa degradada, so tenho um comentario; "O que o meu amigo nao descobre"!
Entao e as ferias ja comecaram?
Um abraco amigo do d'Algodres.
Bom dia!
...o meu pai era sapateiro, tal como o pai dele, e o pai daquele também. A arte era passada de geração em geração. Agora acabou-se...
Bjicos
Querida amiga rosário
Há muito que não tenho oportunidade de passar pela uk
Lembro-me, como se fosse hoje, o meu pai a pôr umas meias solas nuns sapatos meus, eu a ajudar(?!). Aprendi, julgo eu, o segredo de dar o ponto de sapateiro. Há quantos anos!
Espero que esteja tudo bem por essas bandas.
bjinho
Aqui por estas bandas também não se dão conta dessas coisas, os órgãos da Câmara Municipal. Meus vizinhos ao lado, os mesmos do celular, jogam de tudo em cima do telhado, livros, peças que não usam mais de algo que se quebrou, e pasmem: calcinhas!
Meu marido que às vezes sobe no nosso para algum reparo na casa, sempre comenta de algo no mínimo "estranho " que se encontra por la por cima do telhado...
Aqui tb temos alguns sapateiros artesanais, mas estão a rarear, pois o consumismo é mais fácil, compra-se novos sapatos ao invés de se consertar os antigos.
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