Logo de manhãzinha, como é habitual, chego ao Largo da Sé, em Leiria, para começar o dia de trabalho, a partir desta base de operações. Há que tempos que ando curioso em saber que árvore era aquela, lá em cima, na encosta do Castelo, junto às instalações do comando da PSP. Muito sinceramente ainda não tinha conseguido distingui-la àquela distância, mesmo com a teleobjectiva com que hoje tirei esta foto.
Tirei-me de cuidados e fui, armado em repórter, à PSP, pedir autorização para entrar dentro das instalações, cujas, correspondem ao antigo Paço Episcopal. Desde já posso adiantar que fiquei a saber que se trata de um Abacateiro. Quem sobe a "Ladeira do Castelo de Leiria" depara-se, logo a seguir à Torre Sineira da Sé, com esta vista fabulosa do Largo de S. Pedro. Do lado direito, pode ver-se a fachada de entrada do antigo Paço Episcopal, que depois serviu para nele se alojar o Regimento de Artilharia 4. No pós Revolução de 25 de Abril de 1974 serviu para instalar centenas de desalojados do ex-Ultramar Português (As colónias...). Hoje serve de Comando da PSP de Leiria.
A árvore de grandes dimensões que ocupa grande parte da fotografia é uma Tília tormentosa.
Este fragmento das paredes de azulejos ao longo de corredores e claustros do antigo Paço Episcopal de Leiria, no Largo de S. Pedro, são muito antigos e têm uma particularidade interessante: os azulejos têm alusões variadíssimas e foram colocados, aparentemente, duma forma aleatória.
Após uma pequena espera um chefe da PSP, pessoa muito simpática e sabedora dos segredos daquelas instalações (que bem sabia estavam carregadas de história), acompanhou-me numa visita, começando pela zona dos claustros do antigo Paço, com as paredes recheadas de painéis de azulejos e de brasões e placas comemorativas, cujas fotografias terei que apresentar em próximo post, pois que já não se conseguem alinhar neste.
Posso dizer que esta visita foi muito interessada e extremamente elucidativa. Assim eu tenha engenho para - resumidamente embora - vos transmitir o entusiasmo que senti em relação àquilo que tive ocasião de observar e às explicações que me foram apresentadas.
Muito interessante. Tão perto e tão longe das nossas coisas, bonitas e históricas, que nós andamos!
...(continua)
4 comments:
Vivi dez anos em terra de quem tenho muita saudade, em que havia abacateiros em quantidade.
Muitas vezes mesmo ao nosso lado existem coisas muito interessantes e que muitas vezes nos passam despercebidas.
Ca fico a espera da continuacao das fotos e dos posts a seguir.
Um abraco do d'Algodres.
Caríssimo amigo
Fico muito sensibilizado com a forma como vem acompanhando as "descobertas" que vou fazendo. Nem imagina o quanto isso me apraz.
E digo-lhe uma coisa que a mim muito me entristece.
NÃO HÁ LEIRIENSES, aliás, HÁ POUCOS LEIRIENSES, parece-me a mim.
Só lhe digo isto. Tenho este blogue há coisa de 2 anos. Tenho escrito essencialmente sobre Leiria e arredores. Pois o que constato é que o feedback daquilo que vou escrevendo, comentando, narrando, enfim cronicando, ao meu estilo simples e despretencioso, é certo, é praticamente nulo, da parte das pessoas que eu identifico como Leirienses. Aparecem muitos amigos que, por este ou aquele motivo, estão ligados a Leiria mas estão fora, mas pessoas daqui é muito raro.
Também é verdade que me falam ao vivo algumas vezes. Só que tenho que o dizer: a ignorância sobre a própria cidade onde nasceram e vivem é tanta que até mete dó. É uma lástima a falta de interesse pelas nossas coisas.
Também lastimo e muito que as autoridades administrativas desta cidade não sejam mais intervenientes neste tipo de iniciativas. Talvez que até pudessem esclarecer alguns assuntos que nós levantamos nos blogues e que são de interesse geral o seu perfeito entendimento.
Enfim, é este o Mundo em vivemos!
Cá vamos andando...
Um abraço
António
Sexta-feira, 07 Setembro, 2007
Sobre o abacateiro. Tenho um no quintal da minha mae em Miramar, Gaia com cerca de 4 anos e 4 metros de altura mas ainda nao da frutos. Conheco um abacateiro que da muitas centenas de frutos raramente com menos de 250 gr cada também em Gaia na zona de Sto. Ovidio e que pertence a um funcionario da Livraria Bertrand. Gostava de saber se esse de Leiria dá fruto. Jose Carlos. jcmat@aeiou.pt
Caro amigo:
Obrigado pelo comentário no meu blogue.
Segundo os próprios polícias de serviço na altura, dá frutos e bons.
A zona de Sto Ovídio é-me muito famiiar dos meus tempos de estudante no antigo ICP, na Rua de Entreparedes, anos de 1963 a 1966. Ia estudar com frequência para o Monte da Virgem. No Verão gostava de estudar ao ar livre.
BOM NATAL e Felicidades.
António Nunes
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