Friday, August 06, 2010

NESTA NOSSA DOCE LÍNGUA DE CAMÕES E DE AQUILINO




Prof. Dr. José Augusto Cardoso Bernardes
Prof. Dr. Fernando Paulo do Carmo Baptista (Autor)

Teve lugar, ontem, dia 5 de Agosto, no Casino da Figueira da Foz, uma sessão de apresentação do extraordinário livro "Nesta nossa doce língua de Camões e de Aquilino". Na mesa perfilaram-se o autor e diversas outras personalidades ligadas ao mundo das Artes e das Letras e, particularmente, ao mundo Académico na área da Língua Portuguesa.
Libânia Madureira coordenou a sessão.


Do texto de apresentação (da autoria de Libânia Madureira) da obra e do seu autor, Dr. Fernando Paulo Baptista, permito-me retirar o seguinte excerto:


A apresentação mais «académica» e mais «protocolar» do livro — «Nesta Nossa Doce Língua de Camões e de Aquilino» —, será feita pelo Senhor Professor Doutor José Augusto Cardoso Bernardes, Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que fez os seus estudos básicos e secundários nas escolas da Figueira da Foz e é natural da vizinha e simpática freguesia da Brenha. Trata-se de um Académico dos mais brilhantes da Universidade Portuguesa, detentor de um vasto e invulgar curriculum como investigador e como docente da área dos Estudos Literários.

Para nos falar ainda do Autor, teremos os testemunhos da Professora e Escritora, Dra. Maria Isabel Loureiro, com inúmeras publicações didácticas e histórias infanto-juvenis, do Senhor Presidente da CM de Sernancelhe, Dr. José Mário de Almeida Cardoso, e do Dr. Arménio Vasconcelos, Advogado, Presidente da ACLAL (Academia de Letras e Artes Lusófonas), Museólogo e incansável Promotor do Espírito Lusíada e Universalista e da Causa da «Lusofonia», com uma vasta obra poético-literária e cultural já publicada.
  
“Um livro é um mudo que fala,
um surdo que responde,
um cego que guia,
um morto que vive”

Padre António Vieira

Breve apontamento sobre o Livro «Nesta Nossa Doce Língua de Camões e de Aquilino»

“Para falar ao vento bastam palavras.
Para falar ao coração, é preciso obras”

Padre António Vieira

«Trata-se de uma obra dedicada à causa maior da nossa Língua Materna, da Língua que é partilhada pela Comunidade de Países e de Povos que se exprimem em Português — a CPLP — e por todas as comunidades migrantes da «diáspora» lusíada, multicultural e multiétnica, espalhadas pelas sete partidas do mundo.
E é a esta língua (que aprendemos desde o berço, ao colo de nossa Mãe) que, segundo o autor (ver o seu prefácio, pág. 18), «devemos a mediação das aprendizagens de efectivo potencial (in)formativo, cognitivo, significante e expressional que estruturam e modelam, a nível cultural, sapiencial, hermenêutico e comunicacional, o nosso modo de ser e estar, de pensar e agir, de sonhar e realizar, de par com a construção da nossa «visão do mundo», dos nossos «mapas mentais» (mind maps), das nossas «matrizes» gnosiológicas e metodológicas, dos nossos «arquivos memoriais», da nossa «enciclopédia» interior e do nosso «capital simbólico» e, de um modo muito especial, dos «campos» gerativos e alimentadores das nossas práticas de oralidade e de escrita, em todas as suas configurações modais».

Pela minha parte não posso perder esta ocasião para declarar a minha mais profunda admiração pelo extraordinário brilhantismo com que o Prof. Dr. Fernando Paulo tem presenteado as audiências em que me integrei já por duas vezes, ao expor com o entusiasmo que se pode observar na foto cimeira, ao centro, os mais variados e complexos aspectos relacionados com o culto científico da Língua Lusíada. 

Mais não vou, aqui e por esta via, acrescentar, o que, de qualquer modo, só o poderia ser a título de nota de reportagem, que a mais não me atreveria.
A não ser referir, por ser de justiça, que o pintor dos quadros expostos em fundo, na Mesa desta sessão, é Viseense e chama-se Alcídio Marques.
Finalmente:
Porque o actual Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Dr. José Mário Cardoso defende o princípio, aparentemente tão basilar, mas que o actual contexto sócio-político essencialmente alicerçado nas doutrinas mercantilistas e neo-liberais tem vindo a secundarizar, de que "a Ignorância fica mais cara que a Cultura", assim a Câmara daquele concelho de Coimbra, acabou por inscrever no seu Orçamento uma verba destinada ao patrocínio da edição duma obra literária do gabarito desta que acabámos de presenciar.


Muitos parabéns, ao Autor, pela sua pertinácia na defesa dos princípios fundamentais e divulgação da Língua Lusíada, e à Câmara Municipal de Sernancelhe por ter editado esta obra de excelência e que tão bem promove Aquilino Ribeiro e a sua superior participação na edificação deste mundo ímpar que é o Mundo Lusófono. 
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