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Sunday, April 21, 2013

Acácio de Paiva, Acácio de Paiva. ...

Caros amigos bloguistas que comigo têm "privado", com muito gosto da minha parte, claro está!

Desculpem lá a minha ausência... entrecortada com alguns registos esporádicos em que falo praticamente só de Acácio de Paiva!...

- Os ovos dos pintassilgos estão quase a eclodir. Espero deixar aqui uma reportagem a preceito!...

Obrigado pela vossa paciência!...


Acácio de Paiva e amigos, aí pelos anos 30?!
@as-nunes

Friday, September 28, 2012

Livros, escritoras, editoras ...

 Maria Manuel Viana e Patrícia Reis
 Elsa Ligeiro no uso da palavra

No âmbito do 13º aniversário da editora "alma azul", a que fiz referência no registo anterior:

1 - As duas escritoras convidadas, Maria Manuel Viana e Patrícia Reis, no decorrer das apresentações dos seus livros;
2- As escritoras e a editora, Elsa Ligeiro, enquanto esta, no meio de lágrimas de comoção e alegria, ia dizendo sobre a editora e os seus projetos para o futuro, ao mesmo tempo que tecia rasgados elogios ao trabalho das duas amigas e escritoras presentes;
3- Os livros, ao fim e ao cabo os temas de animação deste convívio literário:
-
Por Este Mundo Acima
Patrícia Reis
ed. D. Quixote - 2011
Patrícia Reis nasceu em 1970, começou a sua carreira jornalística em 1988 no semanário O Independente, passou pela revista Sábado e realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. De volta a Portugal, é convidada para o semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades , trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do diário Público. Editora da revista Egoísta, é sócia do atelier de design e texto 004, participando em projectos de natureza muito variada. Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográficoBeija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas(2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração(2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008) e Antes de Ser Feliz (2009).
ouvir entrevista RTP
-
O verão de todos os silêncios
Maria Manuel Viana
Ed. Planeta - 2011

Na contra capa do livro de Maria Manuel Viana, escreve Inês Pedrosa:

"Num tempo em que a pirotecnia da citação passa por literatura, a voz de Maria Manuel Viana impõe-se pela singularidade de um universo povoado por personagens inesquecíveis, sobreviventes da memória, do esquecimento e da luz crua da paixão. A sua escrita envolvente obriga-nos a redesenhar os territórios da dor, do sonho, da inteligência e da cumplicidade. A viagem das três mulheres deste romance torna-se uma viagem aos lugares mais secretos de cada um de nós."

O convívio foi muito interessante e as escritoras prestaram-se a um animado colóquio sobre a arte de escrever livros, da influência muito subjetiva da crítica literária publicada em jornais e revistas e da necessidade de se escrever com tempo para investigar e aprofundar os temas que se tratam, de forma a se apresentarem à estampa duma forma original e instigadora à leitura.
(entrada na az-biblioteca)
@as-nunes

Monday, June 25, 2012

"Setembro Vermelho", novo romance de Cândido Ferreira; na "arquivo" em Leiria, 28/6/2012


1989 talvez, seria tudo uma questão de ir consultar os meus apontamentos, mas tenho quase a certeza que terá sido por esses tempos, militava eu ativamente no PS de Leiria. O Cândido Ferreira era um dos militantes mais interventivos e com grande capacidade intelectual e comunicativa. Candidatou-se à Câmara Municipal de Leiria pelo PS e eu era um dos elementos que faziam parte do seu grupo de trabalho (como hoje tanto se gosta de dizer).

Saímos derrotados pelo Engº Lemos Proença, lembram-se dele? Foi Presidente da Câmara de Leiria pelo PSD e depois pelo CDS. Uma data de anos à frente da Câmara. Após o que, literalmente, desapareceu de circulação. Ainda vou à procura dum calendário de bolso dessa candidatura, que devo ter por aqui, para arrumar, depois dumas mudanças a que fui obrigado cá em casa.

Há muito que não tenho ocasião de falar com Cândido Ferreira, que seguiu uma carreira brilhantíssima como médico nefrologista, especializando-se em clínica de diálise. No ano passado demitiu-se(*), finalmente, do PS, depois de ter afrontado o todo poderoso de então, José Sócrates, nas primeiras diretas para o Partido.

Na próxima quinta feira vai lançar em Leiria, na "Livraria Arquivo" o seu novo romance "Setembro Vermelho".

Concorde-se ou não com as suas desassombradas opiniões, e na tradição de uma plêiade de médicos escritores, não será difícil reconhecer que Cândido Ferreira é dotado de uma rara cultura e sensibilidade, e de um forte humanismo, que se derrama profusamente, página a página.
A Minerva Coimbra acredita que Setembro Vermelho é uma das raras obras que certamente vai ficar como um referencial daqueles que nestes tempos em que a esperança fenece, não desistem de ir à procura de um mundo melhor.

Depois da crítica ter unanimemente realçado o valor literário dos seus dois primeiros romances, “A Paixão do Padre Hilário” e “O Senhor Comendador – Retratos de um Portugal de Abril”, em boa hora Cândido Ferreira resolveu emergir da sua Gândara natal e brindar-nos com um longo texto, em que se manifesta com a pujança de um autor já maduro, que “perdeu” milhares de horas para produzir uma obra que marcará certamente o leitor e que, segundo o autor, "abala Coimbra".

Tantos anos passados, porque não deixar aqui e nesta oportunidade, esta minha saudação ao homem de cultura e militância cívica, que é Cândido Ferreira, à mistura com um sentimento nostálgico dos velhos tempos em que eu ainda acreditava que valia a pena militar pelos ideais propagandeados por um partido como o PS Português 
(quem se lembra de a primeira sigla ser precisamente "PSP", durante pouquíssimo tempo, mas foi usada, logo nos primeiros tempos do pós 25 de Abril)?

Thursday, May 31, 2012

ACÁCIO de PAIVA - Uma evocação em Leiria


Aspeto do interior do Mercado de Santana, Centro Cultural, gestão da Câmara Municipal de Leiria,
A mesa da tertúlia  no Mercado de Santana
 Fernando Quiné, Rui Quiaios e Zaida Paiva Nunes
António Nunes e Paulo Moreiras(*)
António Nunes (até me fizeram uma entrevista e tudo...penso que aos outros intervenientes da mesa, também...) e Zaida Paiva Nunes
Superiormente coordenada por Rui Quiaios, teve lugar, no Mercado de Santana, uma conversa informal acerca de Acácio de Paiva, a sua vida e a sua obra.
A assistência não se pode dizer que tenha sido muita, talvez algumas pessoas tenham optado por ter ido ao Teatro José Lúcio da Silva ouvir o concerto de David Fonseca.
De qualquer modo saímos todos satisfeitos , nomeadamente o carteiro, Fernando Quiné, que, com muita classe se desembaraçou do seu papel de carteiro que anda a pôr a entrega de correspondência em dia, mesmo que tivesse sido uma carta de Júlio Dantas para Afonso Lopes Vieira a apelar a este para que pudesse sensibilizar Acácio de Paiva a animar-se face à sua desilusão por os Leirienses não terem correspondido ao lançamento do seu único livre "Fábulas e Historietas".

E neste ambiente de amena cavaqueira lá se passou o serão em tertúlia evocando-se o ilustre poeta, prosador, crítico literário, cronista de «costumes e acontecimentos», já anteriormente evocado o quanto baste para aqui ficar registado, de seu nome "ACÁCO de PAIVA
Um dos Leirienses que mais projetou Leiria e as suas gentes e que, pode-se dizê-lo, tem sido um "Ilustre desconhecido" na sua terra natal, que tão bem cantou e tanto amou!...

Abordaram-se temas interessantes da vida e obra de Acácio Paiva e disse-se muita poesia. 

Honra à sua memória!...

Pela minha parte prometo tudo fazer para que uma Antologia o mais completa possível de Acácio de Paiva possa vir a lume nos próximos tempos.
-
(*) Autor do recente Romance histórico "O Ouro dos Corcundas", a saga de um herói anónimo que, por amor, mudou a História de Portugal. Ed. casadasletras - 2011
http://az-bibliotca.blogspot.pt/2012/06/1763-o-ouro-das-corcundas-de-paulo.html
- Fotografia de Inês Paiva Nunes
@as-nunes

Monday, April 23, 2012

Todos os dias são dias mundiais do Livro!...

O Largo 5 de Outubro de 1910, em Leiria, hoje.
Livros e mais livros, uma pequena amostra dos livros cá de casa, juntos ao longo de várias décadas...

Neste dia, oficialmente consagrado ao Livro, chegou-me, pelo correio, uma embalagem com um livro que eu comprei num alfarrabista, por sinal até se chama Nunes, o Luís Nunes, já lhe comprei vários, via internet, normalmente de poesia ou da autoria de escritores de quem já é muito difícil obter edições comerciais de livraria.
Há dias celebrou-se o 170º aniversário da morte de Antero, daí a razão de eu me decidir a procurar algo mais sobre Antero de Quental. Estou à espera de mais dois, um só com sonetos. São livros relativamente baratos, tudo é relativo, mas andam - colocados em casa, via CTT - entre os 5€ e os 7 e tal euros, às vezes um pouquito mais, quando me entusiasmo por alguma edição em particular e consigo que o acréscimo de despesa tenha cabimento de verba no meu orçamento.

Este livro, cuja capa está reproduzida na composição acima, é uma edição da Secretaria Regional de Educação e Cultura (Açores), Angra do Heroísmo, 1987. Por coincidência, o tema da capa é uma colagem com pintura de Álamo Oliveira, um grande escritor Terceirense, que ainda há três ou quatro meses esteve no Encontro de Poetas do Grupo de Alcanena, de que muito me honra fazer parte 
(como aprendiz, eu sei, mas que me têm proporcionado ótimos motivos de inspiração para uma tardia renovação do meu amor pela Poesia). 

A pp 196 do citado livro, pode ler-se este fragmento do Discurso de 7 de Março da Liga Patriótica do Norte:
(...)
" A vida actual, para ser autónoma e independente, tem de ser remodelada. A nação tem de emendar erros profundos e numerosos, acumulados durante muitos anos de imprevidência, de egoísmo, de maus governos e de corrompidos costumes públicos. Esta situação é tanto mais grave, quanto gradualmente se foi estabelecendo entre a nação e os governantes um verdadeiro divórcio, divórcio há muito latente e que a crise actual veio apenas patentear em toda a sua cruel realidade. Os governos, em Portugal, deixaram há muito de representar genuinamente os interesses e o sentir da nação. "
(...)
Estávamos na segunda metade do século XIX.

Parece impossível que hoje, 150 anos depois, ainda se possa considerar este discurso atual!...

@as-nunes

Sunday, January 15, 2012

Mário Soares em Leiria, ponto alto da sua biografia.


Dia 14 de Janeiro de 2012, Leiria, auditório da livraria Arquivo.
Às 18 horas começaria uma sessão de apresentação do livro de Mário Soares, “… um político assume-se”. Fiz questão em estar presente,  só que devia ter ocupado um lugar com mais antecedência, talvez meia hora antes. Quando cheguei,  todo o auditório estava tomado, as escadas de acesso constituiam o único sítio possível para tentar seguir a sessão.

Fui (talvez ainda seja) militante ativo do PS desde os primeiros tempos da sua ação pós 25 de Abril de 1974. Participei na organização dos trabalhadores através das comissões de trabalhadores e dos sindicatos,  nas grandes batalhas políticas e ideológicas de então, integrando órgãos institucionais da Concelhia e da Federação de Leiria,  listas de candidatura do PS às Legislativas, Câmara Municipal de Leiria, Juntas de Freguesia, militando nas Presidenciais (as de Ramalho Eanes e de Mário Soares), até uma derradeira tentativa como Independente fiz, acabei por me cansar de tanto remar contra ventos e marés, já nos anos 90…
Quantas horas despendi de microfone na mão (cheguei a guiar uma carrinha com uma mão e com a outra a empunhar um microfone), reuniões e mais reuniões, folhetos, auto-colantes, cartazes, escritos, na convicção de que estava a defender um ideal de sociedade em que acreditava e ainda sonho!
O tempo passa, a vida traz-nos muitas desilusões…

De qualquer modo, Mário Soares foi e será para a História, um pilar muito forte na defesa da Democracia e da Liberdade.
Quanto a Socialismos, acabei por constatar que esta utopia é linda mas inatingível. Que socialismo? Que organização política duma Nação como Portugal, integrada numa Europa inexoravelmente retalhada, resistirá à implementação de princípios ideológicos fundamentados no Socialismo, ainda que encarados nas suas linhas mestras mais básicas?
Está à vista que bem podemos pregar aos sete ventos que a “luta continua”, o Homem jamais se conseguirá organizar numa sociedade Socialista, seja qual for a capa com que se vista.
O próprio Mário Soares é desta constatação uma prova irrefutável. Não foi ele que “meteu o Socialismo na gaveta”? E o que é que ele poderia ter feito, em alternativa, nas circunstâncias em que a sociedade global tem vindo a evoluir, a não ser apregoar os princípios em que se fundamenta uma sociedade mais justa, mais igualitária, a tender para o Socialismo?

O problema crucial, na atualidade, é que o Homem continua a viver como um ser iminentemente egoísta.
Como lutar contra o egoísmo inerente à própria genes do Homem?...
Não sei… nem consegui aprender ao longo de todos estes anos a tentar.
Alguém sabe?!… 
-
nota:
Dada a sua atualidade, apesar de editado em 1977, penso ser esclarecedor e perfeitamente adaptável ao presente, se se relerem os textos de Mário Soares no livro:
Crise e Clarificação
Ed. Artes Gráficas . Lisboa
@asnunes

Sunday, December 04, 2011

Alves Redol: Uma Fenda na Muralha; reedição apresentada na Nazaré

Miniaturas dos barcos de pesca Nazarenos. O do lado direiro, "Mar Santo ", foi o barco onde Alves Redol viveu uma extraordinária aventura de Medo e de Coragem, na companhia de pescadores da Nazaré.
Talvez que dessa quase-tragédia, tenha resultado o nome do livro "Uma Fenda na Muralha". Segundo algumas interpretações, a do próprio filho que esteve presente na sessão da Biblioteca (ver vídeo abaixo), o título do livro significa precisamente o milagre que foi, o barco em que seguiam, ter conseguido, in extremis,   furar a muralha que eram os enormes vagalhões que assaltavam, nos mares da Nazaré, aquele barco, o "Mar Santo".
O filho do mestre desse barco, o Snr. Diamantino Peixe, contou-nos essa história, que foi o que inspirou a escrita daquele livro durante pouco tempo após o sucedido em alto-mar, quando já toda a Nazaré, se preparava para enfrentar a grande desgraça, que teria sido mais um naufrágio, para cúmulo, com um barco em que Alves Redol se tinha prontificado a viajar para viver na companhia dos próprios pescadores, as suas ansiedades e expectativas da pesca.

Alves Redol, ao seu lado direito, o filho António Mota Redol, que apresentou a reedição do livro, "Uma Fenda na Muralha", na Biblioteca Municipal da Nazaré.


No vídeo que a seguir será aqui colocado poderão ouvir-se outros pormenores da vida de Alves Redol, da ambiência política e social em Portugal, nos anos 60 e dos escritores famosos e de referência da época, particularmente do neorealismo literário, Manuel da Fonseca, Piteira Santos; Cardoso PiresFernando Namora e outros.
 
nota: 
O snr. Diamantino Peixe acima referido, vê-se, neste vídeo, na mesa, ao lado direito de António Mota Redol, enquanto este falava sobre o seu pai, Alves Redol.
@asnunes

Friday, December 02, 2011

Nazaré e o Centenário do Nascimento de Alves Redol



Estivemos, no passado último feriado do 1 de Dezembro, na Nazaré. Um grupo de amigos, de boa idade, mas sempre alerta. Depois de almoçarmos uma boa caldeirada no "Sete Saias" lá seguimos a pé até à casa do casal Soares Duarte. Pelo caminho, ali na marginal, de braço dado com o mar, as suas inseparáveis gaivotas e o belo areal daquela que é, por muitos, considerada a mais bonita praia de Portugal. 

Claro, dispersei-me do grupo e lá andei, uns momentos, nas asas duma daquelas gaivotas que por ali espreitavam pela sua oportunidade de ver o peixe a saltar...
---
Reedição do Livro “Uma Fenda na Muralha” de Alves Redol apresentada na Nazaré



    A Biblioteca Municipal da Nazaré realiza, no próximo sábado, 3 de Dezembro, às 16h00, uma sessão de apresentação do Livro “Uma Fenda na Muralha”, de Alves Redol, reeditado, que contará com a presença de vários convidados. 
    António Mota Redol, filho do escritor,  pescadores que privaram com Alves Redol e a Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal da Nazaré (que arrancou as suas actividades com a leitura e discussão desta obra), entre outros convidados, são as presenças confirmadas nesta sessão, marcada para o próximo sábado.

    Esta iniciativa surge na sequência do Programa Nacional de Comemoração do Centenário do Nascimento de Alves Redol (1911 – 2011), que tem desenvolvido, ao longo deste ano, inúmeras actividades pelo país, e que já trouxe à Nazaré, ao Centro Cultural, em Setembro, a  Mostra Bibliográfica sobre o escritor, organizada pelo Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira.

    A Nazaré acolhe agora mais uma iniciativa dedicada ao escritor com a realização da sessão de apresentação de “Uma Fenda na Muralha”, livro (original lançado em 1959) que retrata o quotidiano nazareno dessa época. 
    in
    http://www.cm-nazare.pt

    Lá estaremos!...
    @as-nunes

    Saturday, November 19, 2011

    João Negreiros: um artista a conhecer

    No próximo dia 26 de novembro às 15 Horas, terá lugar na Biblioteca Municipal de Alcanena mais um encontro de poetas que desta vez abordará a obra de João Negreiros.
    Lá estarei. A participar, a tentar aprender mais sobre poesia, sobre os poetas e demais escritores de língua portuguesa, primordialmente.


    Claro, como não podia deixar de ser, também na minha função/missão de fotógrafo de reportagem, a que mais me tem seduzido ao longo da minha vida, digamos que desde os meus 18 anos, altura em que tive oportunidade de comprar a minha primeira máquina fotográfica.


    Para mim, a fotografia é a musa inspiradora para a maior parte dos meus ensaios e estudos sobre as mais variadas áreas de investigação, da reportagem, da opinião, da crítica, do conhecimento, enfim.
    Que melhor prova do que estou a afirmar que este meu blogue, sempre na linha de vista das ocorrências que me vão impressionando, ainda que, por vezes (demasiadas, talvez) possam correr o risco de não se sintonizarem o suficiente com os gostos de quem por aqui passa.
    -
    João Negreiros nasceu em Matosinhos a 23 de Novembro de 1976. O escritor português foi o primeiro classificado no Prémio Internacional OFF FLIP de Literatura (Brasil,2009). Em Portugal, entre outros prémios, João Negreiros venceu o Prémio Nuno Júdice. Na área do teatro, a sua obra foi crescendo, tendo hoje quatro peças editadas, “Silêncio” e “Os Vendilhões do Templo” (2007), “O segundo do fim” e “Os de sempre” (2008). No âmbito da poesia, publicou três livros: “o cheiro da sombra das flores” (2007, Papiro Editora), seleccionado de entre as melhores obras de poesia ibérica publicadas entre 2007 e 2008 pelo Prémio Correntes d' Escritas de 2009, “luto lento” (2008, Papiro Editora) e “a verdade dói e pode estar errada” (2010, Camões & Companhia). Em 2010, é editado também o primeiro livro de prosa do autor “O mar que a gente faz”. Para além de escritor, João Negreiros é actor e tem divulgado a poesia nacional através de espectáculos e vídeos de spoken word
    Em 2011, o artista foi o representante da Literatura Portuguesa na 7ª edição do conceituado Festival Internacional das Artes de Castela e Leão.
    ...


    A tristeza

    A tristeza é uma irmã mais velha
    que vive no quarto dos fundos           dos bolsos
    sempre que não tenho trocos para lhe comprar uma cama de hotel
    para poder vê-la feliz

    as calças estão para lavar
    as moedas tocam tambor
    ou o leito de um rio que fica entre as almofadas do sofá

    mana
    vai-te embora que tenho saudades do meu quarto
    quero dormir na minha cama

    sabes
    o sofá da sala tem um vale que me afunda as costas

    mana
    vá lá
    pinta-te            sai à rua e arranja namorado

    e tristeza partiu mesmo antes da morte chegar
    o meu quarto está vazio              para sempre´

    Um dos poemas de João Negreiros,  mais divulgados, consta do seu livro "o  cheiro da sombra das flores". 

    Comprei, recentemente, e estou a ler, o seu primeiro livro de prosa: 
    Livros editados - Prosa

    Estou a gostar imenso. Aliás, lê-se bem. E tem uma particularidade. É extremamente original e sincero na sua concepção e no estilo da narrativa.



    Pode acompanhar-se João Negreiros, inclusive na audição de alguns dos seus poemas, no seu blogue http://joaonegreiros.blogspot.com
    @as-nunes

    Tuesday, September 20, 2011

    O estado da Nação Portuguesa e o Clube dos Pensadores


    (foto do CdP)
    O Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, numa sessão de debate no Clube dos Pensadores em Gaia, muito recentemente. 
    Apesar da amizade que JJ criou com Alberto João, mesmo assim, os colaboradores do CdP e o próprio JJ não se têm coibido de se manifestar ruidosamente em relação à anomalia colossal que se está a "descobrir" na gestão orçamental da Região Autónoma da Madeira.

    Tenho a honra de fazer parte do grupo de intervenção permanente deste clube no seu blogue "Clubedospensadores.blogspot.com" principalmente na área dos comentadores aos posts que, sempre em cima do acontecimento, o seu fundador e dinamizador incansável, Dr. Joaquim Jorge  publica naquele sítio na Internet. 
    Eu sei que JJ não gosta que o tratem por Dr. mas, de vez em quando dá vontade de o tratar com o seu grau académico de licenciado, atendendo às sobrancerias que certos personagens da nossa praça se permitem, só porque no seu nome tem de constar, como que obrigatoriamente, dado o seu apregoado estatuto, o título "Dr." (alguns, meros «doutores da mula ruça» e pouco mais...).
    Justo é acrescentar que no rol de cronistas se encontra o professor e académico Dr. Mário Russo, que muito tem abrilhantado este blogue com os seus artigos muito assertivos e de fino recorte argumentativo e literário.

    Como os meus amigos leitores já se terão apercebido, este Clube tem tido muita e interventiva actividade nos últimos anos. Não será de admirar, por isso, que JJ até  já tenha sido apelidado de "agitador do Norte" pelo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa naqueles célebres e parciais telejornais da TVI.
    Debates, programas de Televisão, artigos na imprensa regional e nacional, manutenção dum blogue de referência em Portugal e no estrangeiro, livros, têm sido as suas ferramentas.
    De qualquer modo, é justo referir-se que toda esta actividade só tem sido possível dado o incrível dinamismo que Joaquim Jorge tem devotado a esta fantástica iniciativa.
    Seria fastidioso enumerar todas as suas actividades, tantas têm sido, sendo que é de realçar que, precisamente, hoje, Joaquim Jorge esteve na SIC Notícias, de manhã, a lançar a nova campanha de debates  com personalidades de relevo na vida pública nacional.
    Debate


    Esta nova temporada de debates vai começar no dia 22, próxima 5ª feira, no auditório do Gaia-Hotel, com a presença de Bagão Félix.

    Joaquim Jorge , fundador do Clube dos Pensadores convida Bagão Félix para estar presente no GaiaHotel , dia 22 de Setembro , 5ªfeira , pelas 21h30 . O tema - Questões económicas, sociais e éticas : que futuro?

    Bagão Félix , Conselheiro de Estado e gestor ,integrou vários governos constitucionais,foi Ministro da Segurança Social e do Trabalho e Ministro das Finanças e da Administração Pública



    Daqui vos lanço um repto.

    Engrossem este movimento do Clube dos Pensadores. O país está a precisar de vozes independentes que se façam ouvir e que possam vir a constituir-se em forças de pressão social para que Portugal não continue a ser um Feudo para meia dúzia de senhores!

    Consultem este dinâmico blogue e intervenham.
    Hoje somos muitos, amanhã poderemos ser milhões!...
    (Já Sá Carneiro o dizia...)
    @as-nunes

    Saturday, August 06, 2011

    Mário Zambujal em palestra no Centro Cultural da Nazaré


    Mário Zambujal em conversa animada pelo jornalista Mário Galego

    clique para ouvir Mário Zambujal - olhe que vale a pena!...

    Mário Zambujal é uma daquelas pessoas - mediáticas, pode e deve-se dizê-lo - de quem é impossível não gostar.
    Ontem à noite tive o privilégio de estar presente e participar numa conversa animada pelo jornalista Mário Galego, a pretexto do seu penúltimo  livro "Uma Noite Não São Dias(2009-ed. Clube do Autor). Já no final da sessão, entrei para uma fotografia ao seu lado. Lá me sentei na cadeira do Mário Galego enquanto Mário Zambujal se mantinha activo a escrever os seus inúmeros autógrafos em dedicatórias personalizadas aos seus leitores e admiradores.
    Ofereci-me para lhe mandar a foto por mail, ao que ele me respondeu com um sorriso irónico e brincalhão bem ao seu estilo despretensioso mas experiente e humano. É que um dos temas que o Mário (assim o tratámos, como não podia deixar de ser) focou com particular ênfase, foi a sua aversão às máquinas e às sofisticadas tecnologias que estão cada dia que passa, a desumanizar mais e mais a vida das pessoas.
    Gravei um pequeno excerto das suas palavras em que se pode avaliar da sua posição relativamente aos efeitos socialmente nefastos do uso indiscriminado das novas tecnologias e objectivamente na mira do lucro fácil. O bem estar psicológico do homem em geral - que é, naturalmente, o centro da vida em sociedade - é relegado para segundo plano na lista das prioridades. Está a perder-se a verdadeira noção de Felicidade.


    Afinal a Felicidade não é o objectivo prioritário da vida?
    @as-nunes
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    Wednesday, July 27, 2011

    Aprender a usar a nova ortografia

    Fragmento da capa do livro "Saber usar a nova ortografia" de Edite Estrela, Maria Almira Soares e Maria José Leitão, da Ed. Objectiva - julho 2011

    Finalmente decidi-me a estudar com algum método e rigor o Novo acordo ortográfico. Até porque vai mesmo entrar em vigor, em documentos oficiais. Penso que no Diário da República, a redacção usada a partir de Janeiro de 2012 já será a que resulta deste acordo. 
    Vai daí, comprámos, cá em casa, dois livros que nos possam ajudar a aprender, duma forma prática, mas rigorosa, a correcta grafia da língua portuguesa, como resultado da aplicação do Acordo de 1990.

    Para começar:


    A base de legitimação do trabalho de Edite Estrela (Saber usar a nova ortografia) é o VOP, Vocabulário Ortográfico do Português, do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), considerado pelas instâncias competentes como vocabulário oficial da língua portuguesa.


    As nossas dúvidas são mais que muitas. Nesta fase, em  que alguns de nós, escritores publicados inclusive, já garantiram a pés juntos que não vão usar o novo acordo, torna-se imperioso fazer uma opção. Ou usamos o dito Acordo ou não. No entanto, se concordamos em que o devemos usar nas variadas circunstâncias da vida quotidiana então teremos que conhecer com a maior precisão possível quais são as normas que encorpam esse novo acordo ortográfico.

    Por mim, depois de muitas hesitações, já fiz a minha opção. Vou usar (tentar) a norma ortográfica resultante da aplicação do acordo de 1990. E, com isto tudo, já estamos em meados de 2011.

    Penso que seja de toda a vantagem começar a inserir-se uma nota a referir que se usa o novo acordo ortográfico, no final ou no início de cada texto, particularmente os que os vamos tornando públicos, por qualquer via, nomeadamente por esta nossa via dos blogues.
    E na nossa correspondência, como fazer?

    É que me parece que vai demorar bastante tempo até que a maior parte de nós faça uma opção definitiva. O que venho observando é que já há quem o faça. A imprensa por exemplo, melhor dizendo, alguns colaboradores dos jornais e revistas.

    Não vai ser tarefa fácil, esta da mudança da norma ortográfica da língua portuguesa!...

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    Thursday, July 21, 2011

    Tanto livro para ler!...


    No último dia que passámos em V.N. de Milfontes abriu lá a "X Feira do Livro de Verão", na Rua Sarmento Rodrigues, na zona histórica.


    Fomos visitar esta Feira com a ideia de dar uma vista de olhos. Comprámos quatro carradas de livros: Zaida, eu, a Mafalda e a Carolina.
    A foto mostra só a minha carrada.
    Esta amostra junta aos muitos livros que tenho por ler na biblioteca cá em casa, pode significar o quê?
    Que ando a comprar livros de mais? Que ando a ler pouco?


    Estou a ficar preocupado. E ainda mais preocupado fiquei quando li o Prefácio que António Lobo Antunes escreveu no livro "A Consciência de Zeno" de Italo Svevo, integrado na «Biblioteca António Lobo Antunes», edição D. Quixote.


    Resmunga ele:
    ...
    Continua a ser espantosa a frescura técnica desta obra, cheia de descobertas formais e de soluções de escrita que ainda hoje se encontram longe de haverem sido exploradas. Talvez o sejam no dia em que aqueles que batem palavras no computador aprenderem a ler - que é coisa que duvido.


    Fiquei a remoer, um tanto pretensiosamente, talvez:
    Será piada para mim?


    E com esta me vou, por ora, mas a cogitar seriamente no tempo que me resta para ler tantos livros que gostava mesmo de ler...
    @as-nunes
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    Tuesday, July 19, 2011

    De regresso a Leiria, paragem certeira em Grândola





    De regresso a Leiria
    (vindos de V.N. de Milfontes)
    , seguimos pela EN 120, passando por Cercal, Santiago do Cacém (onde parámos para meter combustível, que tinha subido de preço naquele dia, e para ver o estado dos pneus, que eu vinha desconfiado que a pressão não estava boa) e parámos, para almoçar em Grândola
    Há muitos anos que não parava em Grândola, a vila está bonita, tem um Jardim central de grandes dimensões e acolhedor. Notei que o Lódão, árvore que eu bastante aprecio, faz parte representativa do conjunto arbóreo deste jardim e não só.
    Almoçámos num dos restaurantes, situados no largo fronteiro a uma capela, que é um Museu, mas que estava fechado. É um aspecto que se estranha - e não é só aqui, em todo o país - dado que os museus, igrejas e outros monumentos deviam ter horários mais flexíveis, de modo a que quem pode fazer turismo, os possa visitar sem que para isso tenha de marcar dia e hora. 
    Interessante foi o facto de termos sido abordados por um jovem/adulto a vender livros de poesia de sua autoria. Como, quer eu quer a Zaida, gostamos imenso de livros, logo ali demos uma olhadela nos temas tratados e na forma como a palavra estava trabalhada. Comprámos dois livros de poesia. Claro, aproveitei logo para trocar umas impressões com o autor, que disse chamar-se Pedro Águas, e que me autorizou a fotografar o momento.
    Chegados a casa, constatámos que Pedro Águas tem um curriculum invejável na área das letras, jornalismo e fotografia. Consulte-se, por exemplo, aqui e aqui .


    Estávamos a acabar o almoço, chegava um grupo de motards, talvez vindo de Faro, não perguntei. 
    As motas deram logo nas vistas. Pelas suas características sui generis, cores garridas e tripulantes trajados a rigor de motard, barbas, lenços no pescoço, chapéus, roupas ao estilo.  Matrículas estrangeiras, uma das bandeiras parecia-me da Croácia.
    Não resisti à tentação de as fotografar.


    Prosseguimos a viagem, seguindo para Alcácer do Sal, continuando na EN120. Aqui passámos para a A2, depois cortámos para a A13, que liga a Santarém e daqui passámos para a A1.


    Os netos, entretanto, aproveitaram para tirar uma soneca.


    E cá estamos de novo em Leiria.
    Ah, para que conste: cortei a barba!... Não aguentei a pressão psicológica!
    @as-nunes

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    Friday, April 22, 2011

    Os Livros e as Rosas

    Estou a tentar seguir o fio condutor do pensamento conservador, na óptica dum célebre autor americano.

    Dias de temporal, veja-se o ar carrancudo do horizonte, na direcção das Cortes - Leiria, Sra. do Monte e Serra da Maúnça, quem está a olhar do lado da encosta onde assenta toda a freguesia da Barreira.

    A beleza ímpar desta rosa, um amarelo nítido e fantástico!



    Que o branco angélico destas rosas possa ser prenúncio de dias de paz para Portugal e o Mundo.
    Neste dia tempestuoso, em que se comemora o Livro, como instrumento primordial da transmissão do pensamento, não resisti a dar visibilidade à Natureza e a alguns os seus retratos mais característicos desta época do ano.
    -
    Hoje, 23-4-2011 pelas 11h00, na Rádio Batalha, no programa de Soares Duarte, fala-se de Livros, enquanto se saboreiam umas amêndoas da Páscoa. Zaida Nunes vai intervir. Este vosso amigo também. Incidirei essa passagem pela rádio fazendo referência ao conteúdo agora e aqui exposto. Sucintamente, claro. Nada nem ninguém pode substituir um bom livro.
    @as-nunes
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