Comprei 1.000 kg de lenha a O,13€ kg. A carrada vinha com sobreiro, azinho e oliveira. Diz que o azinho faz uma boa chama e dura mais tempo a arder. Assim parece, de facto.
Estive um pouco à conversa com o snr. A..., que me deu uma lição sobre os vários tipos de lenha que se usa nas lareiras de Portugal e a sua origem (indeterminada, que os fornecedores dizem que vem dos sítios mais diversos, muita do Alentejo, e que são provenientes de árvores velhas e carcomidas pelo tempo). Entretanto, vai adiantando que no que respeita às oliveiras, as centenárias - autênticos monumentos vivos, alguns que vamos admirando em rotundas de Leiria e outras cidades - estão a ser arrancadas a esmo e a serem substituídas por espécies próprias para produção intensiva de azeitona para curtir e para azeite (passou a ser todo "extra"?!).
E com isto tudo o ecossistema desta orla atlântica e mediterrânica vai-se modificando (destruindo, talvez seja o termo mais adequado) inapelavelmente.
E com isto tudo o ecossistema desta orla atlântica e mediterrânica vai-se modificando (destruindo, talvez seja o termo mais adequado) inapelavelmente.
Quanto ao azinho (azinheira), o seu abate está proibido. E o sobreiro (sobro ou chaparro) também é uma árvore protegida.
De modo que se fica com a sensação de que se estão a cortar árvores protegidas, aparentemente em bom estado vegetativo, para vender como lenha...
Que controlo é que se faz, de facto, sobre a forma como se está a gerir a floresta e a boa ordenação das espécies arbóreas existentes em Portugal?
Bem sabemos a resposta: salve-se quem puder!...
Até quando?!...
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nota:
azinho: azinheira (Quercus ilex)
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