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Já hoje, os amantes do Futebol, os que vivem as derrotas e as vitórias dos seus clubes de eleição, aos quais se sentem ligados vá-se lá saber porquê, irão assistir ao jogo mais ou menos decisivo, quer para a Académica de Coimbra, quer para o S.L. Benfica, em Coimbra precisamente.
Ontem, Sábado, assisti a um jogo de torneio particular, em sub 12, entre o G.R. Amigos da Paz - Pousos - Leiria e o União de Leiria. O meu neto Guilherme (Moura) joga no GRAP. Mostro-vos esta foto pelo maravilhoso enquadramento do campo de futebol e as árvores que o rodeiam, particularmente um belo choupal.
E veio-me à ideia, Coimbra, o seu celebrizado Choupal, os seus poetas e prosadores, os seus Fados ditos de Coimbra. Que sempre que tenho oportunidade gosto de ouvir cantar.
À minha frente, tenho, neste preciso momento, o livro de Afonso de Sousa, "O Canto e a Guitarra na Década de Oiro da Academia de Coimbra (1920-1930) " editado em 1986. Afonso de Sousa nasceu em Leiria em 24 de Junho de 1906 e licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1930. Fez parte de uma geração académica, a que pertenceram alguns dos seus mais famosos cantores e guitarristas, com os quais fez, como acompanhador à guitarra e à viola, inúmeras digressões pelo país e pelo estrangeiro.
Neste livro escreve, a dado passo, Afonso de Sousa, referindo-se à voz de Lucas Junot, como cantor com inflexões ligadas ao sertão ou à planície sem fim do sertanejo Brasileiro, de onde era natural ainda que radicado em Coimbra desde tenra idade:
"...meditarmos na intuição lírica revelada neste poemazinho de sua imaginação, que adequou à melodia do Fado de Santa Clara, música de Francisco Menano, e que perdurará por gerações vindouras:
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Eu ouvi de Santa Clara
gemidos de alguém que chora...
Era a Rainha pedindo
por mim a Nossa Senhora."
A ver vamos quem vai ter de pedir
a Nossa Senhora.
Se a Académica para não descer de divisão,
se o Benfica para ser campeão!
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