O meu mundo nestes últimos dias tem-se cingido a umas espreitadelas para a Sra. do Monte, a nascente...
Aproveitando esta pausa nas contas para o fisco:
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AUGUSTO GIL
Amigo: um bom soneto não tem graça
consagrado a poeta assim perfeito;
vou, pois, fazê-lo com cuidado e jeito
a ver se por estranho, agrada e passa.
Forçada a rima, indefinida e baça,
cadência frouxa, que é maior defeito,
tudo produzirá tão mal efeito
que talvez desse modo satisfaça.
As quadras já lá vão. É nesta altura
que se torna difícil o soneto
por ter de preparar-se a fechadura.
Enfim, cheguei ao último terceto.
Mas se a vates de tal envergadura
mil versos dedicar, eu seja preto!
Acácio de Paiva
escritor, poeta, crítico de Teatro, literário, tauromáquico, peças de teatro;
grande humorista e improvisador;
também desenhava.
Nasceu em Leiria, no Largo da Sé, nº 7, em 14/4/1863
Faleceu na sua Casa das Conchas, no Olival, em 29/11/1944
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A páginas tantas não seria de se reler algo de Augusto Gil (*)?
Pelo menos eu, que até podia aproveitar este ensejo de na 5ª feira próxima ter de dizer umas palavras acerca da vida e obra de Acácio de Paiva e ele, pelos vistos, ter em boa conta este seu ilustre amigo.
(*)http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Gil
@as-nunes
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