Tuesday, September 30, 2008

Divulgue-se o Acordo Ortográfico!

29 Set 2008 - O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, assina hoje, no Rio de Janeiro, o decreto para promulgação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Em declarações à Lusa, à margem do colóquio Machado de Assis, que começou hoje na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, Lauro Moreira explicou que a data escolhida é simbólica, coincidindo com o aniversário da morte de Joaquim Maria Machado de Assis, que considera um dos escritores brasileiros mais "universais".
"O Presidente Lula da Silva aproveitou a comemoração do centenário da morte de Machado de Assis para assinar o decreto naquela que é a casa de Assis (a Academia Brasileira de Letras), fundada por ele", disse o embaixador.
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De notar:
¨ Que da biografia oficial de Machado de Assis consta que o mais representativo escritor brasileiro morreu a 29 de Setembro de 1908;
¨Que nós, aqui em Portugal, ainda andamos feitos puritanos a subscrever abaixo-assinados(*), ainda há e heverá vultos intelectuais de peso que não se estão a acomodar ao Acordo Ortográfico da Língua Lusófona. Há escritores a ameaçar continuar a escrever como se não houvesse Acordo Ortográfico e as Editoras andam em grande alvoroço, indecisas...
Afinal queremos que o Português seja uma língua falada e escrita em todo o Mundo ou não? Se continuamos nesta pose qualquer dia ficam os Portugueses a falar uma Língua morta (quem sabe se não voltamos ao latim. Então é que "hoc opus hic labor est").
Tenho que confessar que, talvez por uma questão de nacionalismo saloio, andei indeciso em assumir uma posição a favor ou contra. Temos que nos decidir: ou sim ou não, nem que para isso seja necessário ir a referendo nacional. De qualquer modo, o Acordo já está aprovado oficialmente. Só não sabemos quando é que entrará em vigor de facto (ou de fato?!) em Portugal!...
Sem dúvida que fomos nós, os Portugueses, que demos novos mundos ao Mundo! Através da nossa vocação marítima, mercantilista e religiosa, afoitámo-nos por todos os Mares nunca dantes navegados e colocámos no Mapa-Mundi novas terras que a Europa não sonhava que existiriam.
Sofremos e fizémos sofrer muitos povos para que que Fernando Pessoa pudesse escrever em jeito sebastiânico, no seu poema, Mar Português: Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! ...
De qualquer modo, esse Passado que não podemos nem queremos apagar, porque faz parte da nossa História, não nos pode cegar a ponto de não querermos ver a realidade dos tempos modernos.
Somos muitos milhões a falar português, mas estamos dispersos por todo o Planeta. Há que fazermos concessões uns aos outros para que este sentimento, que já é muito forte e mais será, de Lusofonia, não esmoreça. Será esse sentimento, moldado pelo sofrimento, pelo convívio e pela força indomável do Tempo, que vai alavancar, inevitavelmente, O ACORDO ORTOGRÁFICO.
(*)
Aproveito, revoltado comigo mesmo, para pedir desculpas a quem, tempos atrás, na minha indecisão, eu prometi assinar um desses abaixo-assinados. Hoje não o faria. E não tenho vergonha nenhuma de dizer que não me arrependo de ter andado entre o sim e o não. E de hoje estar a dar o dito por não dito.

Saturday, September 27, 2008

Olá!...

Ora aqui estou eu, num calmo fim-de-tarde, no jardim da "Casa das Margaridas", há dias, (pode ser que um dia destes lhes mostre mais em pormenor este jardim), o blogue em stand-bye que também precisa, e de quem os leitores também já se estão a fartar, porventura.
Escusado será dizer que por trás de mim se pode observar uma
Olaia.
Na linha de horizonte pode-se imaginar o Oceano...
Exactamente. O Oceano Atlântico. Mais precisamente na zona da Praia da Areia Branca...Lourinhã.
Façam favor de passar muito bem enquanto é tempo, que vêm aí umas chuvitas...disse-me mesmo agora o meu irmão Vitor, que já teve que antecipar a vindima da sua "quinta" ali para os lados de Silgueiros,perto de Parada de Gonta, (Olá Agostinho, temos mesmo que combinar uma tachada aí para esses lados, um dia destes!...).
Vejam lá, meus amigos, que hoje, nem sequer vi o jogo do Benfica com o Sporting. Só soube do resultado agora à noite. Paciência, Sportinguistas, parece que este ano temos um Benfica com mais convicção!
Preferi passar o dia: de manhã fui ver o meu neto a jogar futebol nos Pousos, aqui em Leiria. Até marcou três golos e tudo. De tarde, continuação da actividade desportiva. Desta vez fomos para o Parque Natural da Boa Vista - Leiria. Relva, um riacho, muitos Choupos, alguns Freixos e Lódãos. Um senão: andaram a cortar uma área razoável de pinhal. Será por causa do Nemano (é assim que se chama a doença do pinheiro bravo, que o seca, não é?). O sítio é agradável para praticar desporto, bola, ginástica, caminhada, ténis, ciclismo. Para intervalar um bom lanche.
E com estas linhas de escrita, simples, ao sabor do teclado do computador, me fico por hoje. Assim, tal e qual. Dispersamente...

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Thursday, September 25, 2008

Aí estão as Camélias! E o Outono!

Da esquerda para a direita: acer pseudo-plátanus (padreiro), faia púrpura (havia outra a poucos metros mas secou/secaram-na este ano), liquidâmbar nos seus tons outonais, melia azedarach. Foto tirada quem sobe do Jardim Luís de Camões para a alameda do Marachão. Este é um dos recantos mais encantados (para mim, pelo menos) das zonas verdes e ajardinadas da cidade de Leiria.
Cameleira Winter SnowDown. A primeira camélia do meu jardim e a primeira que observei nesta altura do ano. A beleza desta camélia está bem à vista, foto tirada hoje de manhãzinha (local: Barreira, Leiria, Centro Oeste de Portugal). Posted by Picasa

Tuesday, September 23, 2008

ADEUS A LEIRIA vindo de Aveiro

José Reinaldo Rangel de Quadros Oudinot foi um emérito investigador e divulgador da história de Aveiro e dos seus homens ilustres, nasceu e morreu nesta cidade, respectivamente em 19 de Março de 1842 e 22 de Julho de 1918. (1)
Foi professor, historiógrafo, dramaturgo, poeta e jornalista.
Disponho-me a esboçar alguns traços da sua personalidade, em circunstâncias meramente acidentais, se bem que, depois de ter tomado conhecimento mais profundo da sua vida e obra, tenha que o incluir no rol dos que vale a pena recordar e, dessa forma, estudar para com ele aprender facetas importantes da vida do homem ao longo dos tempos.
Acontece que, recentemente, recebi um e-mail do meu querido amigo António Leite, que conheço só por via da internet e da sua amabilíssima atenção que me tem prestado naquilo que vai encontrando em livros antigos (julgo ser bibliófilo, que me desculpe esta mera suposição) e que, como que por empatia natural, vêm precisamente ao encontro do meu manifesto interesse em determinados temas que tenho vindo a abordar no meu blogue “dispersamente”.
A última novidade que me fez o favor de enviar tem a ver com o “Novo Almanach de Lembranças Luso-Brasileiras” – edição de 1902 no qual descobriu um soneto de Samuel Maia(2) e um poema em III cantos, “Adeus a Leiria” de Rangel de Quadros.
Estes dois poemas tocam-me particularmente: o soneto “Esquecimento” de Samuel Maia por se tratar de um ilustre médico, vinicultor e homem de letras que já por diversas vezes aqui tive o privilégio de referenciar (além do mais é natural do Casal - Ribafeita e lá teve uma Quinta, de S. João, ponto de referência obrigatório); o poema de Rangel de Quadros por se referir a Leiria e nele esta terra secular e minha adoptada, ser cantada com a maior das doçuras e encantamentos.
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Passo a transcrever a I parte do poema de Rangel de Quadros:

ADEUS A LEIRIA

Vou deixar-te, Leiria formosa!
Vou deixar teus jardins florescentes
E estas margens formosas, virentes,
Do teu brando e poético Liz!
- Vou! Adeus, alameda frondosa!
E por mim serão sempre lembrados
De Leiria os outeiros e prados,
Onde os dias passei tão feliz!
.Quantas noites passei gratamente
Junto aos choupos do lindo passeio!
Como ali procurava o meu seio
Um prazer innocente encontrar!
- Como é grato escutar na corrente
Os murmúrios do teu brando rio,
N´essas noites suaves do estio,
N´essas noites de puro luar!
.Vou deixar-te, castello vetusto,
Que me fazes trazer á memória
Esses tempos de fama e de glória,
Em que o mouro cedeu ao christão.
- Tu já foste gigante robusto,
Protector d´esta heróica Cidade,
Que em ti vê, com bem justa vaidade,
D´essa gloria um famoso padrão.

…………….
II


(1) “Apontamentos Históricos” de Rangel de Quadros . Ed. Da Câmara Municipal de Aveiro – 2000; O espólio de Rangel de Quadros, ficou cuidadosamente guardado pela sua sobrinha, a sra. D. Maria Gabriela Oudinot Larcher, residente em Leiria, que o depositou na Biblioteca Municipal de Aveiro, tendo a Câmara Municipal assumido o compromisso de ir publicando a obra de sei tio.
(2) ver índice temático (tag Samuel maia)
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Monday, September 22, 2008

Outono 2008 em Leiria

(clic para ampliar)
Foto tirada de costas para o antigo Mercado, na direcção do Centro de Leiria. Pode-se ver a rotunda do Sinaleiro, a ponte Engº Afonso Zúquete, uma Melia Azedarach a sobrepor-se a um freixo antigo e de grande envergadura, ameixoeira de jardim (Prunus Pissardi), um choupo (à direita), o jardim da fonte luminosa com arbustos e plantas rasteiras (claro, por baixo está um parque de estacionamento de automóveis!).Há quem já ironize dizendo que qualquer dia só falta organizar umas caçadas ao coelho, que às tantas até os poderá lá haver. Eu não vou tão longe!
Enfim. O Outono já está a contar as horas para se apresentar no calendário do tempo...

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Thursday, September 18, 2008

1ª Fábrica de papel em Portugal - Rio Lis, Leiria


(1) No séc. XV a moagem de cereais era uma das tradições de trabalho e de riqueza na região. Dos Caniços ao

Arrabalde podiam contar-se sete moinhos, para além do pisão do papel, pertencendo uns aos Mosteiros de Alcobaça e de Santa Cruz de Coimbra e outros, ainda, a abastados proprietários que os podiam, ou não, alugar a rendeiros. Em 1411, D. João I permitiu, por Carta Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomilde, homem da Corte, que"...em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria...junto à ponte dos caniços..."instalasse"...engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água...contando que não sejam moinhos de pão...". (in "Roteiro Cultural de Leiria "Do Moinho do Papel à Tipografia Judaica" - ed. "Região de Turismo Leiria/Fátima").

Muitas outras fábricas se instalaram em Portugal (particularmente a partir de meados do séc. XVI) permitindo um desenvolvimento da técnica papeleira que deu a um português - Moreira de Sá - a honra de fabricar pela primeira vez em todo o mundo papel de pasta de madeira de pinho, em 1802, na sua fábrica junto do Vizela (1). ((1) A História de Portugal, de A.M.Cunha Lopes, p. 54).

Até há bem pouco tempo o edifício principal do moinho mantinha a traça arquitectónica original e teimava em laborar, precisamente, na arte de fazer farinha. Ainda é vivo e activo noutra profissão o último moleiro daquele moinho.


As rodas do moinho, reconstruídas e enquadradas no conjunto requalificado das instalações onde funcionou a 1ª fábrica de papel, como acima ficou dito, com início em 1411. Estas instalações localizam-se entre a "Rua da Fábrica de Papel" e a "Ponte dos Caniços", no Rio Lis, cujo nome foi mantido desde aquele longínquo séc. XV. A abertura destas instalações museológicas está prevista para breve.
Informação bastante pormenorizada pode ser lida a pág. 24 e seguintes da "revista municipal" de Leiria, nº 30 de dezembro de 2007.
Um aspecto actual do Rio Lis, poucos metros antes da "ponte dos caniços". Originalmente, a flora ao longo do rio era constituída exclusivamente por salgueiros, freixos, amieiros e choupos. Segundo julgo saber, os muitos plátanos, alguns de porte monumental, que se podem observar na actualidade, foram introduzidos ao longo das margens do rio, a partir do princípio do séc. XX.
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Monday, September 15, 2008

Ilha de Moçambique

Ligação à Ilha de Moçambique, por ponte. Penso ser interessante ampliar a foto e ler o painel.
Ligação mais a Norte, por via marítima. Em 1970, passei 5 dias de férias nesta belíssima Ilha. Lembro-me que estava nesta praia e tive ocasião de assistir à chegada dum barco do mesmo tipo, transporte de pessoas e mercadorias. As pessoas mais importantes eram transportadas às cavalitas de membros da tripulação, para não molharem o calçado e a roupa. Pelos vistos hoje não haverá grande diferença.

ps.: As fotos agora apresentadas foram tiradas em Abril deste ano por um amigo que se deslocou a Moçambique, em missão de trabalho.
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Friday, September 12, 2008

Viva eu 100 anos, vou cá ficar!...
Zaida, Inês, Bruno, Mafalda, Gui.(*)


Corre o ano de 1966
Rua Direita, Viseu, Outono.
Acabei os exames no Porto
Esforço pr´além do sono.

Vou para Leiria.

Viagem sinuosa, empedrada
Esperança quase arrependida
Estação dos Claras, fim de jornada
Nova e decisiva etapa da minha vida.

Não conhecia o Centro/Oeste,
A fala a cantar, calor abafado,
Barracão do Cinema, terra batida,
Restaurante Peninsular,
Onde me instalar?
Aqui mesmo ao lado,
Quarto alugado.

Ontem aluno, hoje professor
Escola Secundária, Castelo ao sol-pôr
Das suas ameias, um ensurdecedor,
Setor! És jovem, não tens temor?!

Luta interior, plangente!
Fico, não fico, coisa imprevista
A tropa a dois passos, obrigatória.
Hesitação de pouco tempo.
Subo a calçada do Castelo, porta à vista
Setas rasam-me… vitória!

Hoje, tão Leiriense como os que o são,
Monasticamente a vaguear, a laborar
Boavista, Leiria, Barreira, Praia do Pedrógão
Viva eu 100 anos, vou cá ficar!…

António Santos Nunes
Maio de 2005
(*)…Ana, Carolina


Posted by PicasaVista das traseiras da casa do Largo da Sé, Leiria, onde viveram, desde há quase 2 séculos, Paivas e Teles e Paiva e Santos Nunes e vive uma Terceirense, de Angra e do Raminho, com quase 90 anos.

Tuesday, September 09, 2008

Diário duma manhã em Leiria

Perto das 9 horas. Margem direita do Rio Lis. Zona do antigo Parque da Fonte Quente. Os plátanos, majestosos, em preparativos para o Outono que se avizinha.

A Sra. D. Felismina, já duma certa idade (mais ainda que a minha, talvez pudesse ser minha mãe, portanto já podem ver), acabou de trazer, aqui ao meu escritório, no Largo da Sé, em mão própria, esta dose de marmelada. Esta senhora vive e tem estabelecimento de cestos e outros utensílios em vime, aqui perto, na Rua Direita, mesmo ao lado do "Pina".
Tem esta fotografia a finalidade de informar os frequentadores ou simples passantes deste blogue, todos bons amigos que muito prezo, que esta marmelada é a melhor do Mundo (e talvez até consiga provar, daqui a uns tempos -quanto ainda não sou capaz de prever, por isso é que coloquei a designação "Pina" entre aspas - e dos arredores). E mais. É feita à antiga, com marmelos e tudo!
Vou já comer só um bocadinho, que acabei de almoçar há pouco. Coisas de vizinhos doutros tempos, daqueles tempos das visitas e conversas porta a porta. Tenho saudades desse tempo, mas o Mundo não pára, está sempre a pular e a querer avançar!
Será que o está a conseguir?

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Saturday, September 06, 2008

Parceiros - Leiria - Quinta do Carrascal



Para que conste dos registos deste blogue:


- Estamos na freguesia dos Parceiros, na Rua da Quinta do Carrascal, limite com a freguesia da Azoia.
Concelho: Leiria
Portugal
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Esta chaminé, que faz parte integrante das edificações da antiga Quinta do Carrascal, parece ser datada de 1952. Pelo que tenho observado, era usual inscrever-se nas chaminés de algumas casas, o ano da sua construção.

Ampliando-se esta fotografia fica-se abismado (eu fiquei) com a idade que estas árvores deverão ter, partindo-se do princípio que são pilriteiros.
Aspecto de pormenor das árvores/arbustos,pilriteiros, atrás mencionadas.
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Os pomes dos pyracantha(*), nesta altura, ainda estão de cor amarela ou mesmo verde. Quando maduros passam pelas cores amarelo/laranja e vermelha.
(*) Ver tag respectiva
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Friday, September 05, 2008

Há dias assim...

Há dias assim
Olhamos à nossa volta
Sentimos o Outono
O efémero da vida
A descolorir-se
A desfolhar-se
A esvair-se
...
Opressiva nostalgia
Deste dia
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Efémera melancolia?!
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Assim seja!
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Wednesday, September 03, 2008

Dutruc - Via Sacra na Capela da Casa-Museu Maria da Fontinha



Muito mais se poderia escrever sobre todo a mística que envolve o local único onde está implantado um dos melhores museus particulares que existem em Portugal. Muito está dito no respectivo site na Net, já aqui foi referenciado. De qualquer modo, não poderia deixar de apresentar, nesta oportunidade, alguns aspectos de pormenor, constantes duma reportagem fotográfica que tive a honra de poder levar a cabo na visita guiada pelo próprio Fundador e Director, para além dos que têm vindo a ser reportados nas entradas anteriores, que focaram essencialmente, o Museu propriamente dito.
Hoje, aborda-se, em exclusivo, a Capela Privativa da Casa-Museu, aberta ao público, que o foi em 1982.
Talvez o maior motivo de admiração do interior desta capela venha a ser a exposição de 14 quadros pintados em relevo esculpido pelo célebre escultor francês do séc. XIX, Dutruc, que viveu e trabalhou em Paris e Lyon e que representam com um rigor esplendoroso toda a Via Sacra percorrida por Jesus, de acordo com os ditames fundamentais da Religião Cristã.
Ampliando-se as fotos melhor se podem apreciar os pormenores do excelso trabalho produzido por este grande escultor. Convém dizer que esta Via Sacra foi instalada inicialmente na Igreja Matriz de Lyon, que acabou bombardeada e praticamente destruída no decorrer da I Grande Guerra, a de 1914-1918. Dos escombros dessa Igreja foram recuperados os quadros agora expostos para a admiração geral, que o Fundador do Museu Maria da Fontinha acabou por adquirir num antiquário em Condeixa - Portugal, em 1979, e os mandou incrustar nas paredes da
Capela Maria da Fontinha, em Além Rio - Castro Daire.
Estes trabalhos já foram filmados pelo Conservador do Museu do Louvre, o que demonstra bem o interesse (aliás perfeitamente natural) daquela famosa e completíssima instituição museológica.
...
(continua)

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