Uma vista panorâmica desde uma das casas da Quinta do Amparo (junto ao Jardim interior) sobre a cidade de Leiria, em destaque o seu Castelo.
Alguns aspectos da actualidade, que correspondem ao que, na Rua do Amparo, aos Marrazes - Leiria, é conhecido por Quinta do Amparo. Hoje, o local está ocupado pela Escola Superior de Acção Social e pelo Restaurante o "Cardápio do Visconde".
Acerca desta Quinta e dos seus senhores, tenho vindo a colher alguma informação sobre a sua história mas a tarefa tem-se-me mostrado um tanto indefinida.
Na entrada que aqui publiquei em 2008 mostrei fotos da capela dedicada a Nª Sra. do Amparo e que se encontra edificada no conjunto das edificações desta quinta. Por e-mail recebi a informação de que a fonte que se vê perto do jardim desta antiga quinta foi construída em devoção ao local onde terá aparecido a Sra. do Amparo. Nessa fonte está um painel de azulejos azuis com a imagem de Sto. António com um púcaro na mão.
A ligação dum Visconde a esta quinta ainda me traz alguma perplexidade, na medida em que já li referências a um Visconde de Fonte Arcada e noutro trecho fala-se no Visconde do Amparo.
Pode ler-se nos Anais do Município de Leiria, de João Cabral, vol. II, pp 276, o seguinte:
"NOTAS SOLTAS. Na reunião de 31.5.1838 foram indicados para senadores o Visconde de Fonte Arcada, Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, da Quinta do Amparo e José de Faria Gomes de Oliveira, de Leiria."
Consultadas as árvores genealógicas dos Viscondes de Fonte Arcada e do Amparo, não consegui concluir se efectivamente João Cabral queria falar do Visconde de Fonte Arcada como estando ligado a esta quinta.
Rodrigo Barba Alardo de Lencastre e Barros,
1º visconde do Amparo
* Lisboa, São Mamede 16.09.1810 + 24.04.1865
* Lisboa, São Mamede 16.09.1810 + 24.04.1865
Era filho de Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, por conseguinte, muito dificilmente, este poderia ser Visconde do Amparo. Terá sido ele o Visconde de Fonte Arcada a que João Cabral se refere nos Anais de Leiria? Também me parece um tanto inverosímil esta dedução, que, aliás, também não é partilhada pelo actual Presidente da Junta de Freguesia de Fonte Arcada, segundo informação que me prestou por e-mail.
---- POST SCRIPTUM
(NOTA 1)
Sou amigo de Adélio Amaro, editor e estudioso das coisas de Leiria e dos Açores.
Eis senão quando me lembro duma conversa que tivemos há uns tempos atrás em que tomei conhecimento dum estudo que ele fez precisamente sobre o brasão do Visconde do Amparo. (dá-se o caso de que até tirei uma foto dum brasão que foi improvisado para colocar na parede exterior do supra-dito restaurante. É nítida, nesta resenha, a intenção meramente promocional do Restaurante. O 3º quarto do brasão, o prato e o talher, não têm nada a ver com o brasão da família dos Alardos ou até mesmo desta depois das ligações posteriores aos Barros).
Já passava das 3 da madrugada quando, antes de adormecer, me lembrei de vir consultar, com mais cuidado, os meus apontamentos. E lá está. O Adélio Amaro editou, recentemente um livro.
Teremos, assim, esta questão do Visconde do Amparo resolvido. Penso eu que sim.
Aqui vos deixo o link onde é feita a apresentação daquele livro.
Repare-se na barbaridade cometida com o aproveitamento comercial (na foto da esquerda) do brasão dos Alardos (à direita, em conformidade com o que vem transcrito a pp 215 do livro referido na nota 2).
(NOTA 1)
Sou amigo de Adélio Amaro, editor e estudioso das coisas de Leiria e dos Açores.
Eis senão quando me lembro duma conversa que tivemos há uns tempos atrás em que tomei conhecimento dum estudo que ele fez precisamente sobre o brasão do Visconde do Amparo. (dá-se o caso de que até tirei uma foto dum brasão que foi improvisado para colocar na parede exterior do supra-dito restaurante. É nítida, nesta resenha, a intenção meramente promocional do Restaurante. O 3º quarto do brasão, o prato e o talher, não têm nada a ver com o brasão da família dos Alardos ou até mesmo desta depois das ligações posteriores aos Barros).
Já passava das 3 da madrugada quando, antes de adormecer, me lembrei de vir consultar, com mais cuidado, os meus apontamentos. E lá está. O Adélio Amaro editou, recentemente um livro.
Teremos, assim, esta questão do Visconde do Amparo resolvido. Penso eu que sim.
Aqui vos deixo o link onde é feita a apresentação daquele livro.
Repare-se na barbaridade cometida com o aproveitamento comercial (na foto da esquerda) do brasão dos Alardos (à direita, em conformidade com o que vem transcrito a pp 215 do livro referido na nota 2).
Adélio Amaro - Brasão do Visconde do Amparo :: ParaVenda.net
Um abraço, Adélio!
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(NOTA 2)
Em 1997, Joaquim de Oliveira da Silva Bernardes escreveu "A Freguesia de Santiago dos Marrazes - Apontamentos, notas e documentos para a sua história", Edição da Junta de Freguesia de Marrazes. Neste livro, pp 212 e seguintes, pode-se aprender quase tudo o que de relevante se sabe acerca das famílias ligadas ao Visconde do Amparo e aos proprietários da Quinta acima referida.
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(NOTA 2)
Em 1997, Joaquim de Oliveira da Silva Bernardes escreveu "A Freguesia de Santiago dos Marrazes - Apontamentos, notas e documentos para a sua história", Edição da Junta de Freguesia de Marrazes. Neste livro, pp 212 e seguintes, pode-se aprender quase tudo o que de relevante se sabe acerca das famílias ligadas ao Visconde do Amparo e aos proprietários da Quinta acima referida.