Sunday, March 30, 2008

Momentos de Primavera

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..................(clic para ampliar) ou consulte o álbum web picasa

1- Pilriteiro nos Parceiros - Leiria, junto à Rotunda da Urbanização de Sta. Clara.
2- Giestas amarelas; pormenor das folhas e dos ramos;
3- Recanto de Giestas amarelas na mesma urbanização, ao cimo da Rua de santa Clara, junto à Rotunda Edifoz;
4- Flor de Clematis "Capitaine Thuilleaux" no meu jardim, junto aos limoeiros;
5- Enquanto a abelha continua na sua azáfama de recolha de pólen, eu vou indagar do nome desta planta do meu jardim, 2Este;
6- Pormenor da flor do Pilriteiro;
7- Uma forsythya, flor amarela, no meu jardim, sector 2Este;
8- Tenho o registo desta planta do meu jardim, sector Oeste, mas, de momento não me ocorre.

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Friday, March 28, 2008

De cortar a respiração

(clic nas fotos para ampliar e ver ao pormenor. Vale a pena.)
Semanalmente, percorro de automóvel, a via rápida de ligação da rotunda aérea sobre o IC2/Cova das Faias (Leiria) e os Pousos/AE1(portagem para Norte e Sul). Quem se desloca de Este para Poente e não vá ensimesmado depara-se, nesta época do ano, com vistas paisagísticas sobre o Vale da Ribeira do Sirol, simplesmente fantásticas. Arriscando, embora, uma possível multa por estacionar o carro (fora da faixa de rodagem é certo), tirei, há uma semana, esta fotografia, direcção Sul/Norte. Vêm-se o recorte das copas dos choupos sobre o azul do céu , pinheiros sobre o lado direito, alguns salgueiros, cedros, um ou outro freixo e o verde matizado do solo arável.

Na mesma altura da foto anterior. na zona rural entre a Barreira e o Alqueidão, 6 km do centro de Leiria, caminhos fazendeiros. Paragem brusca, máquina fotográfica preparada, dedo no disparador. É agora!... Penso que a ave de rapina que se vê ao alto é um milhafre. Ainda se vêm com alguma frequência nesta zona. A paisagem que ficou retida neste instantâneo é de fazer pasmar o mais indiferente às belezas da Natureza.
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Tuesday, March 25, 2008

Ser ou não ser. Eis a questão.

Antes de mais e que me esqueça. Li no meu messenger, ainda agora aqui cheguei, a frase abaixo, como identificadora do estado de espírito de uma menina, minha neta, de quem eu muito gosto:
Pensa em alguém muito especial para ti. Acredita, há sempre alguém que te ama, simplesmente por seres como és.
Concordo plenamente contigo "mafalduca". Espero que haja muita gente que siga este teu conselho, serenamente, sem precipitações... A Vida é uma sucessão incontável de momentos, bons e menos bons, mas temos que aprender a tolerá-los, a encará-los com coragem, sem temor, com vontade de vencer.
Há que fazer pela Vida!... O Diabo não está sempre atrás da porta e se insistir lá estará aquele par de chifres que a tradição recomenda para lhe fazer frente e derrotá-lo. Também temos a possibilidade de lhe dar uma vassourada, de preferência com aquelas vassouras que o povo fazia antigamente, não há tantos anos como isso, com a chamada giesta vassoura(giesta amarela-Cytisus striatus).
Vê lá tu as coincidências/surpresas que a vida nos proporciona. Acabei de fotografar as primeiras giestas amarelas que vi em flor este ano. Se bem se ler um dos posts recentes deste blogue lá se vê que escrevi sobre maias, giestas amarelas, giestas brancas, pascoinhas. Um bocado confuso tenho que o dizer. Mas essa oportunidade aguçou-me a curiosidade de recapitular os parcos conhecimentos de botânica básica (com os nomes vernaculares na maior parte dos casos).
Assim sendo, quero agradecer-te pelas palavras de ânimo que estás a deixar para os outros que te lerem. Vou tentar retribuir-te.
Assim:
-

Viva eu 100 anos, vou cá ficar!...

Zaida, Inês, Bruno, Mafalda, Gui, Carolina

Corre o ano de 1966
Rua Direita, Viseu, Outono.
Acabei os exames do ICP
Esforço pr´além do sono.

Vou para Leiria.

Viagem sinuosa, comprida
Esperança quase arrependida
Estação dos Claras, fim de jornada
Nova e decisiva etapa da minha vida.

Não conhecia o Centro/Oeste,
A fala a cantar, calor abafado,
Barracão do Cinema, terra batida,
Restaurante Peninsular,
Onde me instalar?
Aqui mesmo ao lado,
Quarto alugado.

Ontem aluno, hoje professor
Escola Técnica, Castelo ao sol-pôr
Das suas ameias, um ensurdecedor,
Stor! És jovem, não tens temor?!

Luta interior, plangente!
Fico, não fico, coisa imprevista
A tropa a dois passos, obrigatória.
Hesitação de pouco tempo.

Subo a calçada do Castelo,

Porta à vista
Setas rasam-me…Vitória!

Hoje, tão Leiriense como os que o são,
Tranquilamente a vaguear, a laborar
Boavista, Leiria, Amor, Praia do Pedrógão,
E a Barreira, há lá ares como os da Barreira?
Viva eu 100 anos, vou cá ficar!…

Maio de 2005

António Nunes

(A lembrar-me também daquela maldade passada numa Escola, violência injustificável, a pedir uma reprimenda como deveria mandar a própria lei! E tudo passado a vídeo. E apregoado aos sete ventos no YouTube como se de um grande feito se tratasse. Onde está a educação que os pais têm a obrigação e o dever indeclinável de transmitir aos seus filhos?...)

Sunday, March 23, 2008

Árvores e Livros


Vivemos, eu e a Zaida, na freguesia da Barreira, que comemorou este ano 270 anos da sua fundação. A Junta de freguesia lembrou-se de recordar os escritores que, tendo nascido ou aqui vivam, têm publicado livros, contribuindo assim para o enriquecimento da cultura e do bom nome da freguesia.
No passado dia 16 do corrente mês, decorrreu no Salão do Centro Paroquial, durante a tarde, uma sessão solene tendo em vista a comemoração do facto de que em 1738 a Barreira foi elevada ao estatuto de freguesia, aproveitando-se o ensejo para homenagear os autores literários e as associações da freguesia. Entre os loureados figuraram: eu, António Nunes ("Caminhos Entrelaçados na freguesia da Barreira" - ed. da Junta de 2005 e co-autor de "José Teles de Almeida Paiva - 1917-94 - uma Vida, Uma Obra, Uma cidade". ed. dos autores de 2004); e Zaida Paiva Nunes (co-autora de "José Teles de ..." e autora de "Pedaços de Mim" - 25 Poemas, col. da Ed. Folheto, ed. 2005).
A Junta encontrou uma forma original e actual de entregar as respectivas homenagens aos autores: Árvores; a da esquerda, Grevíllea Robusta, para a Zaida; a da direita, Liquidâmbar. Aqui estão elas, devidamente plantadas no nosso jardim. Esta operação levou-nos a fazer várias contas de cabeça para desencantarmos um local condigno para as plantar, mas cá estão e serão futuramente acarinhadas com todo o nosso desvelo. Até pelo simbolosmo de que se revestem.
Estão situadas: Grevíllea: zona NW do jardim; Liquidâmbar: zona NW(fonte).
Cá iremos dando conta do seu crescimento...
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Friday, March 21, 2008

Quinta do Amparo - Marrazes

Ontem recebi um e-mail, muito amável, de alguém que chegou a viver na célebre Quinta do Amparo, Leiria (Marrazes), em tempos idos. Falou-me também da minha crónica sobre a Quinta de S. Venâncio, à qual também se encontra ligada (ainda mais de perto e com mais intensidade). Há tempos que ando para observar no local esta Quinta, a do Amparo. Decidi-me, assim de repente, sem olhar às horas, o dia já a fenecer...calmamente...

Rápido, que há que aproveitar a luz do dia. Agora, no dia seguinte, pergunto-me: tinha que ser naquele momento? Respondo de imediato: tinha. E foi...

A capela...

"Há nesta freguesia, de mais das ermidas que havia antes de ser bispado...as seguintes: - uma no sítio de Valle-Bôco, instituída e feita no ano de 1564, sendo bispo D. Gaspar do Casal, que é da invocação de Nª Senhora do Amparo, e a mandaram fazer Gonçalo Corrêa e sua mulher Ignez de Vora, em uma Quinta sua e a dotaram..."

Profanada (desafectada) aí por 1836, sendo Bispo D. Manuel de Aguiar e Vigário Capitular José Crisóstomo Pereira Barbosa. Era Capela Particular.

A Capela actual foi construída sobre ruínas da antiga. (Joaquim de Oliveira da Silva Bernardes - A Freguesia de Santiago dos Marrazes - pág. 199)


A fonte... uma cameleira... (ao lado direito fica um jardim muito romântico com belíssimas vistas sobre a cidade e com o castelo de Leiria a recortar-se no horizonte).
...
Voltarei...para continuar a reportagem, publicando mais fotografias, até pelo gosto em mostrar o estado actual da Quinta em dedicação à Sra. D. Ana Ramos.

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Tuesday, March 18, 2008

Rotunda Paulo VI - vista da Sra. da Encarnação


(clic; ampliando-se observam-se excelentes pormenores)
Foto tirada do Monte de S. Gabriel, agora.
(mais conhecido por Santuário de N. Sra. da Encarnação, padroeira de Leiria e nome da minha Mãe, que já não vejo há cerca de dois anos, ingrato que tenho sido!
Mas, oh mãe, quero informar-te em primeira mão, que no próximo Sábado tenciono ir ao Casal - Viseu para matar saudades tuas e do pai e dos meus tios e tias e dos meus primos e, se calhar do meu irmão Vítor. Vamos lá a ver. Se o tempo vai dar para tudo, se a Inês e os meus netos também me acompanham, quiçá o Bruno, a Ana e a Carolina também. Era bom. E tu bem merecias que eles aparecessem por aí, assim quase de surpresa, a ver se encurtamos distâncias, nem que seja só por umas horas. E mais. Eu próprio ando com saudades de Viseu, do Casal, dos olhares Primaveris da Beira Alta. Tenho andado muito preso a Leiria. Com um desejo enorme de sentir os ares, os cantos e recantos da minha terra... Veremos! Na foto ao lado, o meu pai Daniel e a minha mãezita, ambos com 83 anos. Um dia destes nas termas de S. Pedro do Sul. Foto do meu irmão).Estão com aspecto fixe ou não?)
Vê-se a rotunda Paulo VI (deve ser assim por que ela estará baptizada já que é ali que começa a Av. Paulo VI, a antiga "Calçada do Bravo") com várias azinheiras (talvez porque a partir daqui há vários caminhos que vão dar a Fátima), vê-se também um Cedro e uma Grevíllea já com boa envergadura, ao lado duma bomba de gasolina, prédios diversos, a já dita Avenida (que vai entroncar, 2 kilómetros lá mais acima no IC2), o Hospital de Santo André, pintado de laranja claro, uma chaminé da queima de resíduos. Em primeiro plano pode ver-se, do lado esquerdo da foto) um carvalho português a iniciar o seu ciclo de floração e já com algumas folhas a brotar. Neste monte há vários carvalhos e bastantes sobreiros. Existe, inclusivé, um recanto com mesas e bancos em pedra, à sombra dum bosquete de sobreiros(veja-se a foto aqui).
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Já agora. Ocorre-me falar daquele fatídico Sábado, corria o ano de 1967, mal eu tinha chegado a Leiria, vindo do Porto/Viseu.(*)
Na Sexta-feira anterior, tinha eu combinado com uns amigos, que no dia seguinte iríamos fazer uma almoçarada de leitão, à Boa Vista. Na altura, a ligação Leiria/Boa Vista (10 km) era feita através da EN1, cheia de curvas perigosas e com uma armadilha mortal, bem à vista de todos os passantes, mas extremamente perigosa. No sítio onde hoje está a rotunda, havia uma casa e umas arrecadações, árvores de fruto e terras de amanho. Ao fundo da Calçada do Bravo, quase 1 km sempre a descer, havia uma curva perigosíssima, para a direita. O piso era o piso das estradas de Portugal, da época: de paralelepípedos, mais tarde de alcatrão/manteiga.
Seríamos cinco. Aconteceu, por obra e graça do acaso (?!), que eu andava bastante cansado, e acabei por ficar a dormir até às tantas da manhã de Sábado. O resto do grupo bem esperou ,mas acabou por seguir sem mim.
No regresso, por volta das 4 e tal, o carro em que vinham (tocaditos com toda a certeza, malta nova, sangue na guelra) seguiu em frente, entrando pela casa dentro. Morreram todos os ocupantes.
Porque é que eu não ia lá dentro com eles?!... Desígnios do insondável destino de cada um de nós, ocupantes deste planeta a que chamamos Terra.
...Ainda hoje sinto o ressoar dos gritos de angústia da mãe dum jovem, irmão dum amigo que jantava comigo habitualmente no antigo Restaurante Peninsular, ali à Av. Mouzinho de Albuquerque. ...(note-se que eu próprio nem sei se já teria 20 anos).
(*) Tinha acabado, no ano anterior, o meu curso, no Porto. Já estava em Viseu e foi daqui que iniciei a maratona de camioneta, autêntica aventura de carroças através de montes e vales por estradas rudimentares e perigosíssimas.
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Friday, March 14, 2008

Ruas de Leiria - Zona histórica

A zona histórica da cidade de Leiria continua num alvoroço. Obras, simulacros de obras, muitos tapumes. Quase que apetece dizer que esta é a zona dos tapumes. Será que agora é que a restauração dos prédios da zona histórica de Leiria vai avante? O exemplo desta fotografia não é nada animador, temos que convir. Os tapumes que não se vêm na foto já lá estão há anos e anos...aliás, entre o tapume e a parede já nasceram árvores que estão a começar a crescer a bom ritmo. E as plantas silvestres, as mais variadas?!).
Em contraste, neste nº 10 da Rua Fernão Magalhães, parece que as novas gerações se encarregaram de o restaurar e fizeram dele um restaurante. (clicando vêm-se melhor os azulejos, muito oportunos, diga-se).
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Registe-se, entretanto, que na Rua Direita ( Rua Barão de Viamonte), começaram, finalmente as obras de restauro de dois edifícios típicos com uma área bastante razoável.
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Thursday, March 13, 2008



Ensimesmamento…

A vida é uma cabra
P´ra uns é mãe
P´ra outros é madrasta
A culpa é de quem?

De mim? Dos outros?
Do Além?
Quem nos descarrila?
A culpa é de alguém?

O que somos?
Quem somos?
Quem, o quê?
Porquê?

O princípio de tudo?
Quem o fez?
...Tão sisudo!?
Talvez, talvez!

Princípio? Fim?
A fé nos salva?
Há quem diga, sim
É aquela luz alva?

Ensimesmamento?
Insensatez?…
Lamento?
Quanta pequenez!…

A tarde de Março de 2008
caía em Leiria
Não estava frio, nem calor, nem chuva, nem nublado…
Uma picada campesina cheia de luz e nostalgia!...


António Nunes
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Tuesday, March 11, 2008

MANIFESTAÇÃO NACIONAL


Um mar de professores em revolta! Grande capacidade de mobilização e cartazes bem inspirados e criticamente humorados!
Fotos de Vítor Nunes

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Saturday, March 08, 2008

maia, giesta branca, leiria

Giesta-branca em flor - 6mar2008 - Pousos - Leiria


Maias(**) em flor - 6mar2008 - Pousos - Leiria



Ampliando-se as imagens (clic) confirma-se a diferença entre a giesta-branca Cytisus multiflorus (Fabaceae) e a maia(*) . Inclusivé no que respeita ao tipo de arbusto em si. Nesta zona de Portugal florescem na mesma altura mas a origem da designação de maia tem a ver com o facto de que, particularmente na Beira-Alta ser uma flor muito usada para apelar às festas populares de Maio. A verdade é que estamos em princípios de Março e ela aí está em pleno vigor. Mais tarde (parte final da Primavera e princípio do Verão - pelo menos assim era, mas com as alterações do clima nunca se sabe) aparecerá a giesta-amarela.

Consta também que às maias também se chamam dedaleiras. Pelo que li, as dedaleiras não têm nada a ver com estas flores a que estou a chamar maias, porque ouvi da tradição popular da Beira-Alta. Note-se que a dedaleira tem a classificação científica de digitalis - há várias espécies de cores e tamanhos grande e pequeno - mas não se pode confundir com esta maia que vos estou a apresentar.

Resumindo: vou socorrer-me do dias-com-arvores: consultando os posts publicados neste super-blogue botânico e ecológico... tenho que me interrogar e voltar para deixar aqui a informação correcta.

Afinal este arbusto de flores amarelas chama-se maia ou tem outro nome?

Terei que voltar ao tema...
- ACTUALIZAÇÃO: Por sugestão do Paulo (v. comentários) fui verificar numa enciclopédia botânica a Coronilla emerus, cuja fotografia coloquei ao lado do conjunto giesta-branca e ... maias?
Depois de observar a imagem à lupa parece-me que não restam dúvidas. Trata-se, de facto, da CORONILLA EMERUS. (depois da informação de que o nome popular será pascoinha, poderemos fazer a opção que segue:)
-(a sugestão de Maria Carvalho:)
Significado de Pascoinha
(**) pascoinha sf (dim de páscoa) Bot Planta leguminosa (Coronilla glauca), de flores amarelas, que floresce pela Páscoa.

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Friday, March 07, 2008

AS ÁRVORES NO ESPAÇO PÚBLICO

"Normalmente, associa-se a Árvore da Sabedoria, cujos frutos vencem o olvido e a ignorância, à aprendizagem e à medição do tempo natural e efémero da vida; analogia que não esconde o desempenho das árvores na fecundidade e no equilíbrio dos ecossistemas.
...
Dada a sua longevidade, conhecem várias gerações e inscrevem nos seus anéis a memória dos tempos idos, pelo que nalgumas culturas são consideradas sagradas. Contudo, apesar de garantirem a vida na Terra, não estão livres do maior perigo: a estupidez humana.
...
Os cotos que sobram da monda representam o que de mais vil há no homem.
Dando-nos sombra, lenha e fruto, mesmo em meio urbano, as árvores não se ficam pela função decorativa. A arborização coadjuva as mais racionais directrizes urbanísticas e arquitectónicas e, mesmo quando as não há, logra qualificar os sítios, aumentar a higroscopicidade e a estabilidade dos solos, absorver o ruído automóvel, purificar o ar, conter o vento, etc. Donde, não podermos continuar a resumir os "espaços verdes" aos canteiros residuais dos loteamentos, relvados das rotundas e floreiras dependuradas nos separadores das vias. ...
Na cidade, como no campo, há árvores que fazem lugares. Não entender isto, é não entender nada.
...
Por que motivo os planos municipais de ordenamento do território, que supostamente servem para cuidar do bem comum, ignoram a paisagem?
Quando o desrespeito pelo ambiente e a violência de medidas administrativas gratuitas excede o habitual, dividimo-nos entre a tristeza e a repulsa. Infelizmente, na sociedade portuguesa vulgariza-se a tolerância para com estas atitudes insensatas e despóticas, seja pelo temor de represálias ou por simples indolência; "apagada e vil tristeza" que tolhe o avanço para um qualquer futuro não hipotecado. Ainda assim, as árvores, na sua beleza vertical, merecem o melhor da nossa sensibilidade e inteligência.

Nota: Para perceber a motivação do que acabo de expor, v. http://sombra-verde.blogspot.com, http://ocantarozangado.blogspot.com e http://dias-com-arvores.blogspot.com"

Artigo publicado pelo arquitecto Francisco Paiva na última edição d' O Interior.

Pode ler-se o artigo na íntegra, cujo presente excerto, retirei com a devida vénia, do sombra-verde, em: http://sombra-verde.blogspot.com/2008/03/rvores-no-espao-pblico.html

Thursday, March 06, 2008

Casa Museu - Fundação Mário Soares


Subindo para o edifício da Casa Museu-Fundação Mário Soares, nas Cortes - Leiria. Fui devolver um livro que tinha trazido de empréstimo da Biblioteca João Soares: "Antologia da Literatura Portuguesa". O jardim implantado num declive não é de grandes dimensões mas muito agradável e com uma esplendorosa exposição à luz solar.

Um pinheiro manso monumental e busto de João Soares, pai de Mário Soares.

Painel de azulejos intitulado "O Cristo dos Pescadores", de Hein Semke, instalado no recanto superior do jardim, junto ao edifício e ao pinheiro manso.
Informações mais pormenorizadas podem ser obtidas no sítio .
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Wednesday, March 05, 2008

Podas em Leiria

Depois de ler o "sombraverde" decidi-me por dar publicidade a esta foto. Ontem, 9 horas da manhã. O contraste luz sombra produz alguns efeitos artísticos (?), mas seria necessário fazer estas podas tão drásticas? Aqui mesmo ao sair do centro de Leiria.
Em compensação, uns minutos antes, tirei esta foto, junto à Sé de Leiria. Uma olaia em plena floração antes mesmo de deixar cair todos os seus frutos. A Prima Vera anda um tanto acelerada, parece-me. Ainda vêm por aí uns dias de geada e lá se vai o trabalho adiantado!...
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Sunday, March 02, 2008

Leiria de contrastes




1- Da Travessa da Fonte do Pocinho, ao fundo um monumento particular evocativo a N.S. de Fátima.
2- As plantas sempre à espreita da sua oportunidade. Nas escadinhas que seguem para a zona da Fonte do Pocinho. Mesmo ao pé da Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, no sopé do monte do Castelo. (Trata-se da erva-andorinha ou erva das verrugas...(*))
3- Depois de uma noite de farra e a habitual falta de respeito pela necessidade de dormir das pessoas que ainda (todas idosas) teimam em viver nas poucas casas com condições de habitabilidade no Largo da Sé. Veja-se a manifesta prova de falta de civismo dos utentes do bar do nº 8. Os próprios concessionários do "Pharmácia Bar" não estão isentos de responsabilidade por estes desacatos. Frequentíssimos, aliás, apesar das muitas chamadas de intervenção da Polícia, altas horas da madrugada.
4- O grupo do "El Corte Inglés" a tomar conta de mais um belo edifício em Portugal. Este painel de azulejos é um dos mais antigos e típicos da cidade de Leiria. Aqui funcionava uma padaria.
- Fotos tiradas hoje, por volta das 11 horas. O dia estava a começar cinzento...

- Quem pode informar do nome e características da plantinha das escadas da Fonte do Pocinho?

(*) Em 07/03/08, Paulo Araújo <pvaraujo@sapo.pt> escreveu:
Paulo Araújo deixou um novo comentário na sua mensagem "Leiria de contrastes": O nome científico dessa planta é Chelidonium majus - em português, é conhecida como erva-andorinha. Consegue viver agarrada aos muros mas também se vê pelos campos; é das plantas silvestres que primeiro florescem. Embora não pareça, é da família das papoilas.

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Saturday, March 01, 2008

Flores do meu jardim

Fotos de hoje. Uma manhã solarenga, luz clara, ar puro e fresco. Encosta virada a Nascente, vale do rio Lis ao fundo, Cortes sob a protecção de N. Sra. da Gaiola, Sra. do Monte lá em cima, na encosta virada a poente.

Como ficar indiferente ao impressionante espectáculo que as flores dum simples jardim duma casa rural-urbana nos proporcionam nesta época do ano? Todos os anos, ininterruptamente. Que energia superior promove todo este desabrochar da Natureza nas suas múltiplas formas e matizes, ciclicamente?
Até quando?...
Esta composição foi realizada com o uso do programa "Picasa" da Google. Duma forma simples, incrivelmente fácil!...
As fotos desta composição foram tiradas hoje com uma máquina digital "Nikon" D50 na forma automática de fotografia.

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