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Monday, October 01, 2012

Outono refulgente neste país descontente ...


Na «Quinta das Lágrimas», em Coimbra, um dia destes ...

OUTONO

Largo silêncio amadurece o Outono.
O coração das folhas em letargo.
De alcantilado bosque cai no sono
O parque. Modorra a luz do lago.
E a natureza ali rendida à calma
Escuta, toda ouvidos num nenúfar,
Rumores da Eternidade que a sua alma
Antiga toca numa cana-de-açúcar.

Natália Correia

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Creio que poderá ser útil ler-se, nos tempos que correm, "não percas a rosa - diário e algo mais (25 de Abril de 1974 - 20 de Dezembro de 1975)".
Como Natália questiona as manobras dúbias do MFA, Otelo, PCP (assembleias populares de braço no ar, comités variados, SUV, saneamentos selvagens, ocupação da terra)  e nos remete para o "O Encoberto" da "Mensagem" ! 

Já muitos de nós nos interrogamos se será inevitável o aparecimento de um salvador que leve ao ressurgimento da nação. 
Até me assusto ao dar comigo a tentar seguir este prenúncio de Fernando Pessoa no seu "Encoberto"!

É que estamos a ficar sem alternativas! ... 
(os partidos ditos de esquerda/esquerda não se conseguem libertar do estigma de totalitários, que granjearam no decorrer do chamado PREC e é pena que a sua prática histórica os não favoreça de modo a poderem constituir-se em alternativa, tão fartos andamos do bloco PS, PSD, cds/PP).

Eu andei na rua a lutar por um país livre, próspero e democrático.  
Tanta luta contra extremismos! ...
Tanta ilusão, utopias até!
Valeu a pena?  
Quero acreditar que sim! ...
Mas a alma de quem nos tem governado não tem sido grande!

Como foi possível a Constituição saída do 25 de Abril de 1974 ter permitido que, sob a sua capa protetora, se tivessem cometido crimes infames de lesa pátria, que nos enlamearam ao ponto a que chegámos?! ... 

@as-nunes

Monday, March 19, 2012

Jardim do Victor e da Teresa, em Orgens, Viseu

Depois do almoço de aniversário do pai Daniel, fomos até casa do meu irmão Victor.
À entrada deparei-me, do outro lado da rua, mato em bruto, a Natureza nua e crua, com as primeiras giestas brancas deste ano. Em fundo, o tojo em flor.

E estas magníficas magnólias

E este arbusto (tenho que consultar a minha enciclopédia, que agora não me lembro do nome)? 

Estas camélias são as clássicas cá da terra, mas estão muito bonitas, dignas de se repousar nelas o olhar e o pensamento!

Flores de Cerejeira.

 Ex aequo com uma composição anterior.
O entardecer, para poente, na direção das Serras do Caramulo e das de Arada, Gralheira, Montemuro (lá para os lados de S. Pedro do Sul e Paiva), estava farrusco, mas a mescla de cinza com branco em laivos de azul  transmitia muita fantasia poética, também nostalgia àquele belíssimo e eterno horizonte beirão.
@as-nunes    
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Saturday, January 12, 2008

Olhando Leiria através das suas árvores

Desde a margem direita do rio Lis - perto da Ponte Sá Carneiro, olhar filtrado pelos troncos de plátanos, um ou outro choupo e um salgueiro; folhas caídas pelo chão a colorir o declive da margem. Em segundo plano divisa-se parte do antigo convento de S. Francisco, depois "Companhia Leiriense de Moagem", hoje ocupado por um Banco. Paredes meias com a Igreja de S. Francisco.

Eucaliptos encantados: repare-se nas cores branca e vermelha das flores destes dois tipos de eucaliptos
No jardim quase incógnito, diria mesmo, desamparado, do Vale Sepal/Rua Paulo VI (talvez a mais comprida rua de Leiria; mais de 3 km, já que vai desde a rotunda da "Total"/Bombeiros até entroncar no IC2).

Uma visão de 80% do jardim atrás citado. Repare-se no tipo particular de eucalipto em 1º plano. Ainda não consegui apurar o seu nome científico. Mas hei-de conseguir!...

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Friday, November 02, 2007

Ao Finar do Dia de todos os Santos

Leiria, ao findar o dia, depois de duas horas de passeio de bicicleta ao longo de alguns dos percursos Polis na cidade do Lis.
Resumindo a crónica deste passeio, um tanto a contra-relógio, que os dias ficaram mais pequenos, desde que nos obrigaram a atrasar os ponteiros do relógio...
O grupo está formado e é constituído por 3 gerações. Três elementos, um da 1ª geração e dois da 3ª, vão de bicicleta. O 2º grupo vai dar apoio de carro, depois de ir fazer mais umas compras de última hora. Estamos a meio da tarde. Iniciamos o passeio desde o Largo da Sé. Atravessamos todo o Largo do Papa Paulo VI, subimos para o Marachão, viramos à esquerda e, logo a seguir, cortamos à direita pela ponte em ondas. Seguimos pelo Parque e retomamos o percurso ciclo/pedonal Polis ao longo do Lis, no jardim de Sto Agostinho. Esta zona é muito bonita. Atravessamos a 1ª ponte, junto ao antigo Convento, passamos entre o quartel dos Bombeiros Municipais e as quedas de água por trás do antigo Moinho do Papel ( a sua requalificação está a ficar com bom aspecto) e de milho também. Lá seguimos pela margem direita do Lis, atravessámos na passadeira junto à Ponte dos Caniços, atravessámos novamente o rio para a outra margem e lá seguimos reentrando junto à Quinta da Fábrica (ali perto está a Rua Miguel Torga, de quem vos vou voltar a falar em próximo post). Lá vamos nós, em direcção a Sul, pela margem esquerda do rio, começamos a trocar impressões sobre a necessidade de se lanchar, só mais um bocadinho, vamos lá a dar uma volta pelo skate parque. Lá chegados, constatou-se que a actividade era muita, que a rapaziada que lá andava, de bicicleta e skate, parecia ser pessoal já experimentado naquelas andanças. A minha sugestão, um bocado a contragosto do G. lá prosseguimos e aproveitámos para ir ao lanche. Com estas andanças todas, esqueci-me de levar o telemóvel, de modo que comecei a ficar preocupado que o grupo de apoio não nos encontrasse, o que acabou por acontecer.
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De regresso, fizémos o percurso inverso, só que, desta vez, parámos no "Parque dos Índios" para a M. e o G. brincarem um bocadinho. Que não podia ser muito tempo, o máximo 5 minutos, dizia eu. Lá me convenceram a ficar por lá mais de 10 minutos. É que o passeio começava a ser mais demorado do que o previsto e já estava a ficar preocupado como o grupo de apoio, que, por sua vez, não conseguiam dar connosco.
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Chegados à zona do Moinho de Papel(1) e das quedas de água dos Caniços, a M. e o G. lá me convenceram, mais uma vez, a parar para melhor observarmos aquela zona do rio. É realmente acolhedora, e a lembrar-nos, os vários poetas bucólicos e românticos que nos séculos XIX e XX incansavelmente cantavam as belezas do Lis, o sussurro das suas correntes, o ranger melancólico das suas noras, os fartos salgueirais, amieiros, choupos e outras espécies botânicas e até a rica fauna de bogas, barbos e enguias. E vêm logo à memória: Afonso Lopes Vieira(*), Acácio de Paiva(*) (que muito me toca em particular), José Marques da Cruz, António da Costa Pereira e outros... (*)
Tirámos fotografias (não há que admirar, que eu, como bem sabeis, ando sempre de máquina à mão, para o que der e vier).
Muito a custo lá convenci os meus jovens companheiros a prosseguir viagem. Atravessámos novamente o Lis para o lado do Jardim de Sto. Agostinho. Aqui démos uns giros e a M. e o G. aproveitaram para fazer o cavalinho com as bicicletas. Claro que o G. é que é o campeão nestas actividades desportivas, para que é um, digamos, super-dotado.
Acabámos o passeio no Parque da cidade, ali junto ao Bairro dos Anjos, onde aproveitaram ao máximo, em brincadeiras próprias para a idade, cujos equipamentos lá estão instalados e a funcionar em pleno. A luz do dia estava a ficar cada vez mais crepuscular e tive que me impor para nos irmos embora. Só nessa altura, o Grupo de Apoio conseguir dar connosco.
Bom, como é fácil de antever, lá levei um responso de todo o tamanho.
Então não se leva o telemóvel?!...
Acabámos cansados (falo por mim, claro, que a M. e o G. não mostravam sinais de fadiga). No entanto, parece que dormiram essa noite que nem uns passarinhos, depois de um dia a porfiar...

(*) Poetas já referidos neste blogue

(1) No séc. XV a moagem de cereais era uma das tradições de trabalho e de riqueza na região. Dos Caniços ao Arrabalde podiam contar-se sete moinhos, para além do pisão do papel, pertencendo uns aos Mosteiros de Alcobaça e de Santa Cruz de Coimbra e outros, ainda, a abastados proprietários que os podiam, ou não, alugar a rendeiros. Em 1411, D. João I permitiu, por Carta Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomilde, homem da Corte, que"...em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria...junto à ponte dos caniços..."instalasse"...engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água...contando que não sejam moinhos de pão...". (in "Roteiro Cultural de Leiria "Do Moinho do Papel à Tipografia Judaica" - ed. "Região de Turismo Leiria/Fátima").

Até há bem pouco tempo o edifício principal do moinho mantinha a traça arquitectónica original e teimava em laborar, precisamente, na arte de fazer farinha. Ainda é vivo e activo noutra profissão o último moleiro daquele moinho.

Tuesday, July 17, 2007

Contributos para a monografia do jardim do Solar do Visconde da Barreira-Leiria


Sou membro da Assembleia de Freguesia da Barreira - Leiria. No mandato anterior fui membro do executivo da Junta.
Recentemente apresentei uma proposta tendo em vista o melhor ordenamento possível do Jardim do Solar do Visconde da Barreira, cujo texto reproduzo a seguir:
PROPOSTA:

Plano de ordenamento do bosque do Jardim do Solar do Visconde da Barreira

Como é do domínio público, os princípios orientadores da política florestal, estão definidos na Lei de Bases da Política Florestal, aprovada pela Lei nº 33/96, de 17 de Agosto.
O ordenamento e gestão florestal fazem-se através de planos regionais de ordenamento florestal (PROF) que, envolvendo os agentes económicos e as populações directamente interessadas, têm em vista o estabelecimento de estratégias consensuais de gestão e utilização dos espaços florestais.
O exemplo mais recente dum PROF é o da Área Metropolitana de Lisboa (PROF AML).
Para além da “Função de produção” dos espaços florestais tendo em vista a sua contribuição para o bem estar material das sociedades rurais e urbanas, é determinante ter em consideração um outro, talvez o mais importante sob o ponto de vista ambiental e de qualidade de vida do Homem, a “função de recreio, enquadramento e estética da paisagem” ou seja, o contributo dos espaços florestais para o bem estar físico, psíquico, espiritual e social dos cidadãos.
É aqui que poderemos e deveremos, na nossa freguesia, olhar com a maior atenção possível para o nosso principal ex-libris, o Jardim do Solar do Visconde da Barreira.
Convém, nesta oportunidade, chamar a atenção para o facto de, no recente Decreto regulamentar nº 15/2006 do MADRP, se dar especial ênfase à obrigação de elaboração de PGF de perímetros florestais específicos, tais como, por exemplo:
- Parque Florestal de Monsanto;
- Quintas e Parques de Lisboa;
- Outros e variados como Tapadas, Jardins, Parques, Matas e Reservas.
É certo que este PROF não tem aplicação a Leiria, mas com certeza que irá servir de modelo para outros PROF que irão ser implementados pelo país fora.
Nesta perspectiva, e independentemente de outras iniciativas que devam ser tomadas no âmbito do enquadramento legal já em vigor, proponho que se promova tão rápido quanto possível, um levantamento rigoroso e pormenorizado das espécies arbóreas existentes e dos equipamentos já instalados e a instalar no Jardim do Solar do Visconde da Barreira, em particular, de toda a freguesia em geral, tendo em vista a publicação e divulgação dum Atlas das Árvores e plantas e, em consequência, uma resenha histórica e de promoção turística deste espaço privilegiado da nossa freguesia, ela própria, no seu conjunto, um dos melhores miradouros da nossa zona, dada a sua localização em termos de ambiente, floresta e paisagens deslumbrantes.

Barreira e Assembleia de Freguesia, em 20 de Outubro de 2006
António Almeida Santos Nunes
Deputado independente pelo PSD
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Esta proposta foi aprovada por unanimidade.
Proponho-me, a partir desta data, divulgar o mais e melhor que puder e souber, da história e cartacterísticas deste belo jardim público, situado numa localidade, embora encaixada entre o rústico e o urbano, mesmo assim a ensaiar passos significativos no sentido da sua expansão demográfica e desonvolvimento urbano e económico.
Aqui já deixei um post alusivo a este tema. Entretanto, tenho-me vindo a embrenhar nas questões básicas da botânica, o que talvez me possa proporcionar condições para (com a ajuda dos bloguistas da especialidade com os quais me tenho vindo a relacionar) dar o meu modesto contributo, com vista ao levantamento rigoroso da história e dos tipos de plantas existentes neste jardim.
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Talvez tenha o seu interesse transcrever os comentários que, na oportunidade, foram escritos a este propósito:

http://dispersamente.blogspot.com/2006/10/jardim-do-solar-do-visconde-da.html

Arte por um Canudo 2 disse...
Lugar de encanto. Belíssimo. Só de pensar que em pleno Verão se pode usufruir dum espaço desses. A Junta de freguesia tem muita sorte por poder usufruir de um espaço desses para momentos culturais e de lazer. Quem dera que a da minha terra tivesse um espaço assim. Bom Domingo. Abraço
Domingo, 15 Outubro, 2006

asn disse...
Olá Agostinho, ilustre Secretário da Junta de Freguesia de Parada de Gonta.Pois é assim. Este jardim tem uma longa e muito histórico/romântica história para ser contada. Tem árvores centenárias, algumas já a ficar velhinhas, caquéticas e até carcomidas pelo tempo.Só espero que não se lembrem de as transformar em lenha para queimar à lareira ou para fabricar móveis.Há que ter fé na seriedade e sensibilidade dos homens, não é, caro amigo? Recebe um grande abraço
António
Domingo, 15 Outubro, 2006

Friday, May 11, 2007

Terá que ser assim?

Gosto de Leiria. Adoptei esta cidade como sendo minha, do coração o digo.
Apesar de ter nascido numa aldeia do concelho de Viseu e de ter vivido vários anos no Porto.
Mas há dias em que nos pomos o observar o que nos rodeia e pensamos: será que não se podia evitar alguma desta balbúrdia, desarticulada?
É que não é fácil, deste ângulo, descortinar as maravilhas de árvores e plantas escondidas por detrás de toda esta profusão de automóveis com os seus escapes a todo o gás, os painéis, as faixas, os pneus a servir de suporte, os sinais de trânsito e, aquilo que não se vê, o ruído ensurdecedor dos automóveis, num fim de tarde dum dia de semana.
Estamos na zona do Parque Paulo VI e do Jardim Luís de Camões, em pleno centro histórico de Leiria.

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Saturday, October 14, 2006

JARDIM DO SOLAR DO VISCONDE da BARREIRA


Uma amostra do que é o fantástico jardim do Solar do Visconde da Barreira, concelho de Leiria.
Ainda há tesouros escondidos...

Quer ver mais?...