Tuesday, December 21, 2010

Já não há estrelas no Céu?!


Quero acreditar que sim
que ainda há estrelas no Céu.
E que aquelas, além,
mais brilhantes,
nos vão indicar
um rumo certo
para Portugal,
para a Europa,
para o Mundo.
Um melro, aparentemente recém-saído do ninho, andava, nestes dias, pelo quintal/jardim, descontraído, os gatos de atalaia, a objectiva da minha máquina captou-o, neste momento preciso!...
- Boas Festas
meus amigos, 
quem quer que sejam, 
onde quer que estejam!...
-
12h33 22DEZ2010
Em edição intermitente durante esta época Natalícia...
****
 **  15h44
In

Blogue do "Clube dos Pensadores", comentário que, talvez inspirado no ar que se respira nesta quadra Natalícia, ao mesmo tempo, carregada de expectativas pessimistas, lá deixei escrito.




Com muita vontade de participar num esforço colectivo para ultrapassarmos este ciclo complicado da nossa existência como Portugueses.



_

Blogger as-nunes disse...


Caro Joaquim Jorge
Caros amigos e companheiros de jornada aqui no CdP

Gostei desta reflexão, JJ, de improviso nem precisa de confirmar, que as ideias e os sentimentos expressos, quase que se vêm a sair do pensamento, quais fluxos etéreos, ao mesmo tempo, terrenos, neste Mundo cruel, extenuado, desanimado, velho?! caquético?!
Parece que estou a ver os manifestantes na Grécia! Todos os dias, quase exangues (pareceu-me ter percebido essa sensação pela voz dum repórter da Rádio), lá andam aquelas almas a penar pelo descontrolo dos últimos anos dos seus Governos. Será só problema dos Governos? Cada um de nós não tem culpas no cartório? Claro que temos. E muitas!

O problema da sociedade ainda mais se agudiza nesta época do ano. Queiramos ou não, a verdade é que nesta altura, parece que se avolumam os sentimentos de que o Homem devia conseguir uma vida de mais harmonia, de mais equidade, de mais fraternidade.
Pelo simbolismo do facto histórico que se comemora nesta altura do ano. Quantos de nós é que acabamos por nos animar uns aos outros ao participarmos de toda e enfabulização com que emolduramos estas "Festas de Natal"?

Seria ideal não termos que nos socorrer destas datas de calendário para exteriorizarmos toda esta necessidade de afectos que sentimos pelo e do nosso semelhante!
Seria, sem dúvida! Então porque é que não somos capazes de nos comportar sem egoísmos, sem rancores, em Paz? Porque é que, mesmo com a vinda do Messias à Terra, continuamos a "pecar", cada vez mais refinadamente, satanicamente?! Porquê, meu Deus?

Quando um homem se põe a pensar, divaga, divaga...e tudo fica na mesma!
Que círculo vicioso é este em que estamos inexoravelmente enredados?
Estaremos mesmo?!...

PAZ, AMOR, SOLIDARIEDADE
Que belas palavras para exprimir os sentimentos que nos deviam nortear em todas as circunstâncias da nossa vida em comum.
Que não só nestes dias de NATAL!

Com os meus melhores votos de que passem esta quadra «Festiva» com saúde, com alegria, com Esperança de que seremos capazes de melhorar a qualidade da vida na Terra!...

António Nunes
Terça-feira, Dezembro 21, 2010 12:21:00 PM

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Saturday, December 18, 2010

Boas Festas - Da Batalha para todo o Mundo, via rádio

(clic para ampliar)
Estúdios da rádio Batalha. 11h45. Hoje, programa de Soares Duarte coadjuvado por Zaida Nunes (visíveis na foto-montagem). Tema central: receitas culinárias de Natal, mensagens dos ouvintes, conversas a propósito da época Natalícia que estamos a viver.

A Zaida, para além de participar no programa radiofónico, foi quem confeccionou as filhós acima. Uma delícia, podemos - os que as apreciámos no local - afiançar. Simplesmente uma delícia. E podem crer que não é por ser eu - alegado suspeito de não ser imparcial - a afirmá-lo, aqui e agora. A Zaida tem um dom incontestável para a culinária. A receita penso que é mais ou menso consensual. O segredo está na categoria do/a artista. Os preparativos só posso dizer que são demorados e requerem muita paciência, devoção e muito jeito. Para ficarem com aquele gosto e aspecto, claro está!

Também participei de viva voz na emissão desta Rádio, que transmite desde a bela, histórica e muito carismática cidade da Batalha, para saudar os ouvintes, aproveitar para lhes desejar um Feliz Natal e falar-lhes da minha vivência de Natais passados em Viseu, na minha infância, onde se comia, para além das batatas com bacalhau, arroz de polvo. Uma tradição que se perde na bruma dos tempos.

Muito interessantes, duas histórias relacionadas com esta época:

1- Soares Duarte lembrou (muitos de nós aprendemos) que já Gil Vicente falava das filhós. É do "Auto dos 5 Pastores" que se podem recolher os seguintes versos (a ortografia está actualizada, como é bom de ver):

Comprei farinha de trigo
amassei o meu filhó
e ainda não estava feito
papava-mo a minha avó.


Fiz umas papas de abóboras
por sinal bem meladas.
Lobrigou-mas minha mãe
e foram logo papadas.
-
Fiz uma rápida consulta na Internet. Encontrei esta referência:
Os filhos e as filhós
Eu não sei qual a origem das filhós, como doce. Mas já assim se chamavam no século XVI, pois já Gil Vicente escreveu sobre elas:
mando-vos eu sospirar pola padeira d’Aveiro que haveis de chegar à venda e entam ali desalbardar e albardar o vendeiro senam tever que nos venda vinho a seis, cabra a três pão de calo, filhós de manteiga moça fermosa, lençóis de veludo casa juncada, noite longa chuva com pedra, telhado novo a candea morta e a gaita à porta. Apre zambro empeçarás olha tu nam te ponha eu o colos na rabadilha e verás.
Quanto à etimologia, filhós vem do latim filiola, que significava filha pequena.
Agora, respondendo à pergunta: filhós é tão bom, que todos gostam de comer e ninguém se farta, na noite da consoada, e no dia seguinte.   Por isso é tanto masculino, como feminino, tanto singular, como plural.    Comem todos: o filhós, a filhós, os filhós, as filhós.Há quem use no singular filhó, mas parece-me que está errado.   Nos séculos XIV e XV usava-se filhó por filho, e talvez por detrás desse uso se esconda a origem do bolo.  Não sei! E há também quem use no plural filhoses e também filhozes.   Este plural já entrou no costume, e portanto,segundo os dicionários,  não é errado.
Nos Açores chamam-lhes“malassadas”.   

2- Zaida Nunes falou do conto " O Quebra Nozes e o Rei dos Ratos", de E.T.A. Hoffman. Aliás, esta ideia de se falar da história referida num conto tão célebre, tem a ver, naturalmente, com o conto referido, mas também com o facto de ainda estar em palco em Portugal, o bailado "Quebra Nozes", Música de Pyotr IlYich Thaikovsky, por uma companhia itinerante constituída por solistas dos principais teatros da ex-União Soviética.
Este conto pode ser lido, seguindo este link (aqui).
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Monday, December 13, 2010

WIKILEAKS - Aí está a Revolução Global


Gostava de partilhar com os leitores deste pozinho cósmico, que dá pelo nome indefinido de "DISPERSAMENTE...", algumas reflexões, melhor dito, algumas ideias soltas, acerca do fenómeno actual, radical, letal (?), representado pela acção inaudita, daquilo a que já nos estamos a habituar ouvir e referir como o Wikileaks palavra que está, inapelavelmente, a simbolizar a Revolução de todas as Revoluções Mundiais...

Os peões deste xadrez da política mundial continuamos a ser nós, o designado Povo - independentemente da sua localização geográfica - os que têm estado a suportar (e vamos continuar...) os esquemas intrincados que têm
sustentado todo o Poder dos ricos e poderosos deste Planeta:

- As revelações, algumas surpreendentes ou talvez não tanto, outras que estão a atacar com autênticos cheque- mate, qual torneira descontrolada, todas as Nações e respectivas políticas ditas diplomáticas, aí estão a tocar o dedo nas múltiplas feridas deste Mundo;

- Somos nós (o dito Povo) que, mesmo sendo a maioria esmagadora da população mundial, temos sido manipulados como simples marionetas, seja pelas máquinas de propaganda dos Governos, dos Partidos e das Religiões, seja pelos próprios media;

- E aqui vamos incluir a Omnipotente e Omnipresente INTERNET; 

- Como sobreviver a estas alterações dos meios de comunicação entre os Homens, entre os Povos, entre as várias (até quando?) Civilizações com que catalogámos tudo aquilo que demorámos milénios a  construir, pedra a pedra, gota a gota, no meio de rios de sangue, suor e lágrimas de toda a Humanidade?

- O que se está a passar com a divulgação de toda a documentação secreta de que a Diplomacia Mundial se serviu para se conseguir o instável equilíbrio Mundial  que temos vivido nas últimas décadas, através da ainda
incomensurável bomba atómica lançada pelos mentores do site WIKILEAKS?

- A quem está a servir esta acção de Guerra Total do Caos sobre a ordem estabelecida, aquela a que - julgávamos nós - teríamos que obedecer cegamente para toda a vida?

Que mais irá acontecer?
Que consequências advirão de toda esta agitação global?

Dá que pensar!...
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Saturday, December 11, 2010

Leiria: Livros e Encadernadores

Descobri, há dias, na net, o blogue duma oficina de encadernação tradicional, actualmente ainda em actividade, graças à persistência de, provavelmente, dois dos mais antigos encadernadores de Portugal. De Leiria, certamente. 
Ou não fosse esta uma das terras portuguesas mais ligadas a livros, primeiras tipografias, encadernadores artistas!
Um deles é o snr. Carlos Simões, o remetente do postal acima, em que nos (a família de José Teles de Almeida Paiva) ofereceu, de sua livre e espontânea iniciativa, encadernado a rigor, o livro que eu e a minha mulher, Zaida, escrevemos em Fevereiro de 2004, com o qual pretendemos prestar a nossa homenagem à memória de um homem que marcou uma época da cidade de Leiria e das instituições principais da sua Câmara Municipal.


É uma raridade e um privilégio viver paredes meias com artistas deste quilate. 


Referências a este livro podem ser consultadas no link atrás indicado.
Já que estamos a falar de livros: ao consultarem o link deste livro, serão confrontados com uma base de dados de uma biblioteca particular. Este trabalho está em curso, muito incompleto, por isso.
Ainda há muitas obras literárias, jornais e revistas para registar e catalogar. Não sei mesmo se terei tempo de vida e paciência para completar este trabalho em que me meti...
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Wednesday, December 08, 2010

Inverno à porta. Com estes contrastes tão vivos?


1- Folhas de Cerejeira, o vento forte dos últimos dias a prepará-la para o Inverno que aí está a bater à porta, estrondosamente;
2- Uma poça de água da chuva na folha duma couve;
3- A Ema e o Ivo;
3- A objectiva na direcção da Sra. do Monte (em dia de evocação de Nª Sra. da Imaculada Conceição, segundo a religião católica);
4- A mais linda das camélias, a "winter snowdown". 
-
Imagens capturadas hoje, na Barreira, Leiria.
__________
sobre "A Comunidade Judaica de Leiria"

sobre
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Monday, December 06, 2010

Porto de Mós: Um Sábado siberiano sob olhares diversos

Porto de Mós. Acompanhei a equipa de Futebol sub-13 da Academia da União Desportiva de Leiria. Ao chegar ao complexo desportivo, logo à entrada quem vem do IC2, deparámo-nos com este pato (pato bravo? que os há, nesta zona, vale do rio Lena, a caminho de Leiria), ar desconfiado...
Sem sair da zona do campo de futebol, relvado sintético, lá estava o altivo e histórico Castelo de Porto de Mós a desejar-nos "Boas Festas". Obrigadinho, Portomosenses, que bem precisados estamos todos, de apoio psicológico para enfrentarmos o monstro da "crise", sempre presente!...
Do mesmo local, tive o prazer de observar em voo e a pairar no meio de um vento gélido vindo de Sul, do lado da Serra dos Candeeiros (Casal Ventoso), um, entre vários, Milhafre. O que me valeu foi a objectiva que estava a usar, uma 50-500 mm. Registos fotográficos únicos!
O meu neto, o Guilherme, em plena acção, no decorrer do jogo Portomosense, 0 - UDL, 9 . Foi um jogo interessante e o Guilherme (o 31) marcou dois golos de fino recorte técnico.

Em Portugal fez-se sentir um frio cortante, no passado Sábado. No intervalo deste jogo, eu e os árbitros aproveitámos para dar uns toques na bola, junto a uma baliza, para aquecer. Ainda consegui reviver os momentos inesquecíveis dos meus tempos de jovem, a jogar futebol, sempre a Guarda-Redes. Não gosto de me gabar. Mas para quem ainda se lembra do futebol dos anos 60, cheguei a ser apelidado pelos meus colegas de turma, de Yashin. Lembram-se de quem foi Yashin?(ao lado, foto da Net) Lembram-se do célebre jogo do Mundial de 1966 em que o Eusébio lhe marcou, de «pénalty», o golo que nos alcandorou ao 3º lugar daquele mítico Campeonato do Mundo?

Que tempos aqueles!...
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Friday, December 03, 2010

Leiria: A Judiaria em reconversão


o













(clic)(**)Um excerto do "Mapa de Leiria no século XV, assinalando-se a área da Judiaria (Segundo Atlas de Cidades Medievais Portuguesas - 1990)" .
A zona limitada pelo traço mais negro e forte é a do morro do Castelo de Leiria. O Norte geográfico corresponde à linha vertical deste mapa.
A Praça de S. Martinho corresponde à actual Praça Rodrigues Lobo.


O Centro Histórico de Leiria tem vindo a ser restaurado. Paulatinamente, as iniciativas de diversa origem já estão a começar a mostrar resultados.
Agora são as ruínas de uma edificação classificada, na zona da antiga Judiaria(**), que estão a ser reconvertidas.
O edifício, cuja construção se iniciou, vai ser implantado, precisamente, na zona da antiga Judiaria(v.mapa acima, ampliado por clic), local onde terá funcionado genesim, onde os judeus se dedicavam exclusivamente ao estudo bíblico e também Beth Hamidrashonde as crianças aprenderiam a ler e escrever a Lei de Moisés.
Acabou por não se optar pelo aproveitamento da estrutura base do edifício que aqui estava localizado. Vai ser contruído, neste local, à Rua Direita, entre a Travessa da Tipografia e a Rua Manuel António Rodrigues, um edifício de raiz a que se lhe vai dar o uso de Centro Cívico.
Para começar as intenções, analisando-as do ponto de vista meramente pragmático, são boas, digamos mesmo, excelentes(*). Que não nos falte o engenho financeiro e, de acordo com o projecto, teremos ali um pólo de excepcional utilidade tendo em vista a revitalização desta carismática zona de Leiria.


Pelo que me parece, da observação do projecto, acabou por prevalecer a tese de se construir segundo as linhas arquitectónicas modernas em desprimor da preservação dum modelo mais consentâneo com a história daquele local.
Será a melhor opção?...
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(*) Siga-se este link do site da Câmara Municipal de Leiria.
(**) Ver, ampliando-se por clic, o local exacto, no excerto do "Mapa de Leiria no século XV, assinalando-se a área da Judiaria (Segundo Atlas de Cidades Medievais Portuguesas - 1990)
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Nota: Leia-se "A Comuna Judaica de Leiria, das Origens à Expulsão",  ed. Campo da Comunicação, 2010, vol. 2 da Série monográfica «Alberto Benveniste» , Saul António Gomes. (ver aqui)

HISTORIAODOR DE LEIRIA

Saul António Gomes recebe Prémio por obra sobre a Comuna Judaica de Leiria
O historiador leiriense Saúl António Gomes recebeu ontem o Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga, pela obra 'A Comuna Judaica de Leiria. Das Origens à Expulsão'
O historiador leiriense Saúl António Gomes recebeu ontem o Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga, pela obra 'A Comuna Judaica de Leiria. Das Origens à Expulsão'. A entrega decorreu durante uma sessão que assinalou os 290 anos da Academia Portuguesa da História (APH), uma instituição que, como afirma a historiadora Manuela Mendonça, pretende ser "o garante de que todos os portugueses conheçam a sua história".
Manuela Mendonça, que está à frente da Academia, propõe a abertura da instituição "a todos os que fazem história, e que esta faça parte do quotidiano dos portugueses". "Há que combater aquela ideia que chegou aos nossos dias que as academias são locais onde se reúnem uns velhinhos que vão dormir a sesta", disse. A historiadora quer que a Academia seja "o garante dos grandes saberes em História, mas também uma instituição aberta ao presente em que todos os que fazem história sejam bem vindos e fomente uma história que seja levada a todos os portugueses".
Manuela Mendonça afirmou que a missão da APH "deve ser a de levar a história a todos" e exemplificou com o novo plano editorial da instituição. "Livros com uma leitura clara sem uma grande carga de notas de erudição", disse.
A efeméride foi assinalada numa sessão solene ontem no Palácio dos Lilases, ao Lumiar.

Diário de Leiria de 9 Dezembro de 2010
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Wednesday, December 01, 2010

Falta cumprir-se Portugal!



Fernando Pessoa, nasceu em Lisboa em 13 de Junho de 1888 e faleceu em 30 de Novembro de 1935.
75 anos volvidos após a sua morte, a sua "Mensagem" permanece, cada vez mais presente.
Hoje, 1 de Dezembro de 2010, o dia amanheceu cheio de luz e frio...e comemoramos, sem brilho nem brio, este mesmo dia do ano de 1640!
Nessa data, Portugal voltou a ser Portugal e não mais uma Província Espanhola! 
Terá valido a pena? Perguntarão alguns, agora que já nem sabemos se somos, de facto, uma Nação independente, se uma parte de uma federação de Estados da Europa, mas em que uns são filhos e outros enteados.
Falta cumprir-se Portugal?
Seremos capazes de cumprir Portugal?! Nestes tempos modernos e conturbados?
-


Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse. já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,


E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.


Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!


Fernando Pessoa
in Mensagem

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Sunday, November 28, 2010

Olá... aqui Barreira - Leiria

Salva Microphylla (1b) , (1), (1a)
Olá, olá, pequeninas mas irrequietas e invasoras alegres!


 Camélia «Winter SnowDown» ou «Polar Star» (2) 
Saudações amigas a todos os navegantes que por aqui aportarem, mesmo que só de passagem...
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(1) e (1a) Ver (1b)
(1b) Inicialmente, de facto, confundi esta flor com a chamada boca-de-lobo,se bem que a minha mulher já me tivesse alertado que eu estava enganado.  Com a ajuda da Rosa, que muito agradeço, fui consultar uma enciclopédia, a partir da dica da famíia e penso que cheguei ao nome correcto desta planta e flor: Salvia microphylla, nome comum SALVA MICROPHYLLA.
Planta vivaz, semi-rústica sempre verde. Atinge 1 a 2 metros de altura e 60 cm de amplitude. Flores atractivas, cor de framboesa com um lábio inferior característico surgem do fim do Verão ao início do Outono. (quer dizer, já estamos no fim do Outono e elas ainda aqui estão bonitas de se ver). 
As folhas ovais de coloração verde cheiram a amoras quando esmagadas ou apertadas na mão.
in "O poder das ervas aromáticas" Civilização editores"

(2) http://www.usna.usda.gov/Newintro/camelli1.html talvez aqui se consiga perceber melhor a actual classificação das camélias híbridas, aqui na zona Norte Atlântica. Pelos vistos, as camélias japónicas, as originais, se não se "põem a pau" ainda desaparecem do mapa!
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Friday, November 26, 2010

Orçamento 2011 em busca de farol

Os deputados do PS e quase todos os do PSD (excepção aos da Madeira, vá-se lá entender porquê!...) aprovaram, hoje, na Assembleia da República, o Orçamento do Estado Português para o ano de 2011. O mais duro desta década, pelo menos. Mesmo assim, este resultado final só foi possível após muitos S e Ses até se chegar a este farol sem luz, sob tempo escuro, ameaçador...

Que nos possa servir de consolação e de Esperança no nosso Destino ainda termos o privilégio de sentir o mar, a temperatura amena, a paisagem duma praia como a da Nazaré.
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Wednesday, November 24, 2010

Contrastes em tempo de trastes...


Tempo de contrastes
Tempo de crise
Tempo de mudança
Tempo de trastes


Não podemos andar a fazer sombra uns aos outros...
O que acontecerá se não chegarmos a um entendimento.


___             EDUCAÇÃO -                
Siga este link por favor. (PETIÇAO PÚBLICA)


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Monday, November 22, 2010

GREVE GERAL?!...

(clic para ampliar)
- foto tirada hoje, junto às instalações do Centro Regional de Segurança Social de Leiria, e da Câmara Municipal de Leiria, e do Tribunal Judicial de Leiria, na Praça da República, em Leiria.
Neste preciso momento, ouvia-se o som do altifalante dum carro de propaganda da CGTP a apelar à mobilização para esta Greve!...

A este propósito não resisto a transcrever excertos de um emotivo mas racional depoimento publicado no blogue http://pensamentos-vagabundos.blogspot.com/, escrito por uma senhora luso-italiana, Alda Maia(*), dotada de uma capacidade de análise das questões sócio-políticas portuguesas e italianas, que não me canso de enaltecer.
Só me espanta é como os seus escritos não são mais propagandeados, seja na própria blogosfera, seja até nos chamados media. Ainda não a descobriram? Sempre aprendiam um pouco mais como seguir um comportamento verdadeiramente informativo, ao serviço público, na real acepção do termo!

(...)
Relativamente às greves, sempre as vi somente como um último recurso, quando se procurou tratar com um sério conhecimento das situações, das razões das partes em causa e as contratações falharam. 

Houve uma época própria para as lutas de classe
Hoje, as dinâmicas sociais são diversas. Com a maldita crise que nos atenaza e quase nos sufoca, a globalização e as deslocalizações das empresas, há outros mecanismos que deveriam orientar os sindicatos que operam com responsabilidade. Temos sindicatos com a capacidade de diálogo, quando as circunstâncias o exigem?
...
Em conclusão, foram exigidos sacrifícios, indubitavelmente....
Paralelamente, penso seja admirável, e modelo para imitar, a maneira como os sindicatos alemães interpretam a sua função.Não posso deixar de pensar nos protestos, sobretudo na próxima quarta-feira, dos nossos funcionários públicos, dos magistrados (!), etc., cuja estabilidade de emprego é óbvia. Insisto, os sacrifícios são apenas monetários e não ameaçam desemprego. Logo, não consigo experimentar um mínimo de simpatia por todo este clamor contra o que, infelizmente, não podemos evitar. Aplaudiria, sim, uma gigantesca manifestação contra a nossa estupidez de não darmos mais atenção à importância do nosso voto; não escolhermos, com mais acuidade, quem deva governar-nos; como privados, não aprendermos a ser mais equilibrados, evitando de recorrer a empréstimos bancários para gozar férias nas Caraíbas, por exemplo.
Texto extraído daqui

nb: o negrito é da minha iniciativa.
-
Leia-se todo o texto para ficar com uma visão mais completa do alcance do artigo da autora.

(*) Cara amiga.
Espero que me possa perdoar este abuso de usar os precisos termos que estão publicados no seu blogue.

reflexões, algumas que tenho andado a deixar por outros blogues:

  1. hoje, 24, tenho andado a trabalhar; a plantar couves, alho, cebola, alfaces, num terreno que era jardim;
  2. https://www.blogger.com/comment.g?blogID=25195083&postID=4441066496378518790&isPopup=true

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Sunday, November 21, 2010

Barreira - Leiria: Festival de Luz e Cor neste Outono Primaveril

Música de fundo: "Oh, Happy Day" de James Last

Hoje, Domingo, na freguesia da Barreira, em Leiria. Por entre os pingos de aguaceiros esporádicos e envolvido pelas reverberações dos reflexos da luz do Sol radioso que a seguir se fazia sentir, dediquei-me à horticultura, jardinagem e... fotografia (como não podia deixar de ser).

Neste filme, podem observar-se várias flores, qual delas a mais aperaltada para nos mostrarem os ares das suas graças:
Bergénias e camélias, estas, as primeiras a florirem na época; a "winter snow-down", folhas feitas de seda da mais pura, da mais exótica e de uma singeleza etérea.
Um sonho!

Repare-se, também, num limoeiro, que plantámos (eu e a Zaida) num recanto do pequeno terreno que temos à volta de casa. Não fosse o barrote de suporte dos seus troncos e já estaria dobrado até ao chão com o peso dos limões. Está carregado e continua em flor!

Não me importo de ir para a Lua cortar silvas... é o que diziam os antigos quando se trabalhava nos campos ao Domingo!...

Saturday, November 20, 2010

PAZ


Em dias de cimeira da Nato em Lisboa...
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Thursday, November 18, 2010

Almada Negreiros e a actualidade

Sempre desejou que a produção artística se orientasse pela linha de renovação dos países já animados do espírito europeu - o que pode explicar a tendência provocatória de alguns dos seus manifestos (com destaque para o conhecido Manifesto Anti-Dantas) e o ter participado e fomentado muitas das manifestações culturais realizadas no seu tempo em Portugal.(*)
(Ouvir aqui na voz do grande Mário Viegas)

Sou um ouvinte compulsivo da Antena Um. Vinha eu de regresso de Monte Redondo para Leiria, via A17, claro, a ouvir aquela estação de Rádio.
Eis senão quando começo a ouvir uma gravação do célebre "Manifesto Anti-Dantas". Ampliado pela voz excelente do diseur, relembrei aquele extraordinário texto, a veemência dum Manifesto autêntico, escrito por uma das figuras mais importantes da cultura portuguesa do século XX. Tinha, Almada, 23 anos. 
No Verão passado comprei em Monte Gordo, numa feira das Velharias, um livro antigo em que se faz a apologia da vida e da obra de Júlio Dantas. Ou seja, sem dúvida, que Júlio Dantas foi um escritor controverso e alvo de muitas críticas dos seus contemporâneos.

Precisamente hoje comprei o livro nº 11 da colecção "Pintores Portugueses", edição da Quidnovi em colaboração com o HH - Instituto de História da Arte e o jornal "Público" que está a promover a sua distribuição semanal, à Terça-Feira. Decidido a rever e actualizar informação sobre a Pintura Portuguesa ao longo dos tempos, assinei em tempo toda esta colecção. Esta semana deu à estampa o livro, cuja capa se reproduz acima. O seu autor é André Silveira, doutorando em teoria da Arte pela faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Almada Negreiros viveu entre 1893 e 1970.

O percurso da sua carreira multi-facetada multiplicou-se entre a caricatura, o desenho, a poesia, a prosa, a dança, a cenografia, a coreografia e a pintura.

Muito se devia saber sobre a vida e obra de Almada Negreiros, até pela necessidade que todos nós, portugueses, temos de tentar perceber como nos posicionarmos, nos tempos que correm, quer em termos nacionais quer até em relação à própria Europa, como um caminho para o nosso Futuro. Simplesmente, Almada Negreiros como Fernando Pessoa (os dois participaram em conjunto no muito estudado fenómeno da pubicação das revistas Orpheu e Portugal Futurista) como tantos outros vultos da nossa história literária, artística, criativa enfim, requerem que os estudemos na devida profundidade para que daí possamos retirar as sínteses necessárias.
Como dizia Fernando Pessoa: "Creio na Síntese, sempre"

Almada Negreiros escreveu, em dada altura da sua vida:

"A História da Humanidade

começa exactamente por um fracasso,
o fracasso da primeira colaboração
entre pessoas"


Fica-se a cismar!...
-
(*) Texto retirado daqui
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Wednesday, November 17, 2010

Hoje, em Leiria, ao meio-dia


(Clic para ampliar)
Leiria, da Alameda sobranceira ao Largo 5 de Outubro de 1910, este nome ele próprio para lembrar da Implantação da República em Portugal (o que é feito dos ideais dessa I República?!), o rio Lis, à minha beira, a sussurrar baixinho, ao passar pelo centro da cidade.
Pouco passava do meio-dia, hoje mesmo.

Basta olhar
com devoção
para admirar
o coração

de uma cidade
como Leiria...
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