Friday, April 21, 2006

A Nação Bloguista

Acabei de ler o artigo de opinião do Dr. JPP no “Público” de hoje.
Trata-se duma resenha minuciosa do que o Dr. Pacheco Pereira, com o seu background de conhecimento, da sua capacidade de análise e do seu mediatismo (merecido, temos que convir), entende ser, em jeito de balanço, o estado actual da Nação Bloguista.
Para quem, como eu, se está a tentar integrar neste mundo dos blogues (como uma fase complementar aos sítios (sites)), este é , ao mesmo tempo, fascinante e inquietante.

Sem dúvida que se está a banalizar a informação, a democratizá-la a níveis impensáveis até há bem pouco tempo atrás.
Penso ser inevitável que se deva questionar urgentemente da necessidade ou não de se estabelecerem regras, jurídicas e deontológicas, aos novos “jornalistas” e outros autores intelectuais, sem carteira profissional, alguns que, inclusivamente se estão a servir deste estado de completa anarquia em que a informação está a ser produzida na rede para promoverem actividades lucrativas sem pagarem impostos.
Gostei do artigo, do seu conteúdo, da sua capacidade de tocar com o dedo na ferida dos que se tentam “promover”, forçando o salto para o comboio em andamento, encostando-se à fama de alguns blogues, concretamente do “abrupto”). Táctica essa que tem que ser o próprio autor a contrariar, o que me parece estar a ser o caso concreto de JPP. De qualquer modo, Snr. Dr., sempre lhe quero dizer que, na minha opinião, certamente também é a sua, como aliás se tem vindo a constatar, penso que será de toda a utilidade manter a portinhola aberta para os “comentadores” que lhe estarão a entrar pelo mail dentro, a toda a hora, com notas informativas complementares e que, no conjunto, ajudam a dar a forma e substância que o seu blogue tem hoje.
Esta reflexão poderia ser mais explanada...mas, saiba o Snr. Dr. que eu sou dos que ainda têm que trabalhar com horários rígidos, apesar de já o andar a fazer há mais de 40 anos... e que bem gostava que me pudesse ser dada a oportunidade que tinha programado para o resto da minha vida, que era reformar-me da profissão desgastante de Contabilista, que me calhou na rifa do Acaso, sem ter de estar à espera dos meus hipotéticos 65 anos de idade e 47 anos de contribuições para a Segurança Social...
Andei iludido que poderia, a este tempo, dedicar o meu tempo a cousas diferentes, que não só contas e mais contas (ainda por cima furadas, as mais das vezes).
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asn

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