Eu sou irmão gémeo do DISPERSAMENTE... Ainda estou a atravessar a fronteira ...
Thursday, January 31, 2008
Exposição e invocação de Torga em Alcanena
Wednesday, January 30, 2008
Beleza e história de Leiria
Leiria é uma cidade bonita. Pena que ainda tenha muitos pontos negros a salpicar a beleza e a história da urbe.
Sunday, January 27, 2008
Abrupto corte
Larguei o computador e fui arejar um pouco ao meu jardim . Fotografei azáleas e narcisos, as flores que estão agora a florir, juntamente com as acácias (que não tenho no jardim nem se aconselha a sua cultura, dada a sua característica invasora da nossa floresta) e as camélias.
Mas, há dias, sentia que algo não estava bem. Como pode estar?!...
Vidas dispersas
Abrupto corte
Dos laços familiares
Dias estonteados
Vidas deduzidas em penares.
E as crianças?
São bolas de ping-pong?
Repartidas no viver
Retalhadas no sentir
Ora aqui ora acolá
Sem olhar ao seu porvir?
A vida não é o mar de rosas
Que alguns julgam sonhar
Antes uma partilha séria
De todo o verbo amar…
Legenda, de cima para baixo: Inês, em 1970, Nampula, Moçambique, minha filha e mãe da Mafalda e do Guilherme (2003), na foto de baixo.
Saturday, January 26, 2008
Assembleia Geral do ELOS CLUBE de LEIRIA
Reportagem da minha neta Mafalda Nunes de Moura (12 anos). Eu acho que está excelente. Aliás, até teve outro mérito. Conseguiu levar os membros da mesa a assumirem momentaneamente, uma pose menos formal e mais alegre. Aqui se vê a força do entusiasmo das crianças!... Deixem-nas viver ao seu ritmo!
Na segunda foto podem ver-se: José Cunha, Presidente da Junta de Freguesia da Barreira, Lucília Vasconcelos, Secretária da Mesa, Arménio de Vasconcelos, Presidente do Clube, que, nesta Assembleia resignou(*) a favor de Adélio Amaro, último ao lado direito da foto. Estávamos no Salão Nobre do Solar do Visconde da Barreira, administrado pela Junta de Freguesia por delegação da Câmara Municipal de Leiria.
(*) Já que, noutra sessão, logo a seguir, no restaurante "O Telheiro", nesta freguesia da Barreira, iria tomar posse como Governador ELOS para a zona centro de Portugal. Mais
Thursday, January 24, 2008
Assim é que não vamos a lado nenhum!...
Onde está o civismo? Não é só gritar que "isto está mau", que "isto é uma cambada de malandros, que só querem é tachos", etc e tal. Temos que admitir que muitos dos que ocupam lugares de responsabilidade pública, que têm de zelar pelo bem-estar das populações, que deviam servir com a mentalidade de que a sua função na sociedade é zelar pelo bem-estar das pessoas, do equipamento público e da execução coerente do orçamento a que a sua instituição está subordinada, não o fazem com o devido empenho e isenção.
Só que cada um de nós tem de fazer a sua parte. Assim é que não. Tanto egoísmo e falta de espírito cívico!
Com este individualismo criminoso é que não vamos a lado nenhum! Quando é que aprendemos a viver em sociedade?
Tuesday, January 22, 2008
Árvores de Leiria - Av. Sá Carneiro
Impõem-se medidas urgentes antes que aconteça o pior. Convém não esquecer o drama do acidente mortal com uma criança(*), há uns anos atrás (lá continuam os ramos de flores da família a assinalar aquele momento fatídico) um pouco mais abaixo...
- (*)Jornal de Leiria,hoje, 24 de Janeiro de 2008: "Tribunal de Leiria condenou condutor a 18 meses. Atropelamento mortal na passadeira resulta em pena suspensa. ...Margarida Varela, advogada de Luís Henriques, vai recorrer da decisão, assim como Sandra Silva, representante da família da vítima. A seguradora do arguido foi condenada a pagar 90 mil euros à família da vítima numa fase anterior do processo."
Sunday, January 20, 2008
Objectiva nas janelas
(clicar para observar ao pormenor)
Esta é uma das vistas de encantamento que ainda consigo observar das janelas de minha casa. Zona intermédia entre o urbano e o rústico. Da janela nascente avista-se a Sra. do monte, as Cortes e o maravilhoso vale do Lis, desde a nascente e durante uns 3 km.
Estamos na freguesia da Barreira - Leiria.
Por volta das 13 horas toda a área de terra lavrada tinha sido cavada à enxada.
Vista panorâmica duma das janelas viradas a Nascente. Travessa dos Lourais, vendo-se um jacarandá com as folhas já amarelecidas, uma grevillea robusta, oliveira e parte da copa duma nogueira. Ao fundo antevê-se o arvoredo que bordeja o rio Lis. Amieiros, salgueiros e choupos são as árvores dominantes. Do lado de lá do rio, um pomar de macieiras e encosta acima o casario a tomar posições, as mais estratégicas, na sanha do homem a roubar a terra às plantas, as autóctones, azinheiras, sobreiros, pinheiro bravo e pinheiro manso. No cimo, a povoação de "Famalicão das Cortes". (Clic para ver estas duas últimas fotos devidamente ampliadas como só a Google o consegue fazer).
Vou acompanhar mais de perto a evolução destas paisagens durante o próximo ano. Assim Deus me dê vida, saúde e a necessária disposição anímica.
Saturday, January 19, 2008
Ruas e Ruelas de Leiria
Como em muitas das cidades portuguesas, em Leiria também existe a Rua Direita, nome oficial "Rua Barão de Viamonte".
Vai do Largo da Sé até ao Terreiro. Está muito cosmopolita e a ser utilizada por muitos lojistas jovens, com ideias novas, em substituição do comércio e serviços tradicionais que, até há cerca de 10 anos, existiam: mercearias, sapateiros, oficinas de bicicletas, tascas, papelarias, retrosarias e fotógrafo.
O nome de "Rua Direita" ficou de tradição constando já na planta da cidade de 1809.
Eis uma sequência de imagens por mim captadas ante-ontem à tarde...
- Para mais pormenores leia-se o "Roteiro Cultural de Leiria - Rua e Ruelas" de Acácio Fernando de Sousa, ed. Região de Turismo Leiria.Fátima. Nesta Roteiro sugere-se um caminho que, ao longo da toponímia actual recupera a antigae procura aproximar-se da malha que se manteve quase estática até ao início do séc. XX numa variedade de curiosidades a observar-se.
Wednesday, January 16, 2008
Leiria no século XIX
As histórias da Invasões Francesas em Leiria, a figura do Cardeal D. Patrício da Silva, a casa dos Charter’s d’Azevedo no Terreiro e as biografias de alguns dos mais abastados proprietários do concelho de Leiria em meados do século XIX podem também ser encontrados nas páginas deste livro.
Através de inúmeras fotografias antigas e referências documentais inéditas, o conteúdo desta obra ultrapassa claramente o âmbito familiar, confundindo-se com a própria história da cidade de Leiria na época no Romantismo. (Ed. Gradiva)
Tuesday, January 15, 2008
Largo da Sé de Leiria - 15jan2008
O Largo da Sé de Leiria, hoje, de manhã.
Destaques:
1- Não sei se na sequência dos protestos da população pelo mau gosto manifestado, finalmente foram retirados os placardes tipo totemes, espalhados pela cidade; o do Largo da Sé, que se pode rever aqui, então constituía uma situação gritante do despropósito e falta de sentido estético de quem deles teve a lembrança;
2- O amontoado de cadeiras * de esplanada de cor vermelha, amarradas com um cadeado ao candeeiro público, mesmo no centro do Largo lá continua! Esta situação justifica-se minimamente? Não, é claro, até pelo mau aspecto do eventual serviço de bar que reporta ao estabelecimento que ali perto tem instalações;
2- Os bandos de pombos * que frequentam a cidade, particularmente o Largo da Sé, pode-se considerar que são dos principais causadores da degradação em que se encontram alguns prédios antigos desta zona, a começar pelos telhados.
Impressionante a falta de actuação prática dos serviços camarários nomeadamente desautorizando quem os alimenta diariamente, como passatempo, com quantidades astronómicas de milho e água. Os reservatórios de água, em plástico amarelo (mesmo a condizer com o local!?...) estão colocados ao lado da escadaria que liga o Largo ao topo poente do Adro da Sé e à Rua que vai para o Castelo de Leiria. Inadmissível, tanta passividade da parte de várias entidades/autoridades, como por exemplo: Câmara, Delegação de Saúde, Polícia...
* Consultar o tema: largo da sé leiria, neste blogue.
Sunday, January 13, 2008
Samuel Maia - "Sexo Forte" - 1915
Um dia destes recebi de mão amiga, um livro de Samuel Maia(*), de quem já aqui tive oportunidade de falar, escritor e médico nascido na minha freguesia natal, Ribafeita - Viseu. Este livro, "Sexo Forte" foi acabado de escrever em Maio de 1917. Como facilmente se depreende, o estado de conservação do papel não é o melhor mas vou mandar encaderná-lo.
Aproveitei o ensejo para colocar três fotos: a primeira descreve a chegada a casa, da fidalga Beatriz e do padre Serafim (entre os dois acaba por se desenrolar um drama passional intensíssimo); a segunda, a contracapa do livro, contém uma lista de obras literárias de autores consagrados, entre os quais Afonso Lopes Vieira (Leiria) (repare-se nos preços e pasme-se com o efeito assustador da inflacção - pior ainda quando esta não é acompanhada com actualizações proporcionais dos salários de quem tem como rendimento somente o seu Trabalho) publicados pela "Portugal-Brasil Lda" Sociedade Editora, 58, Rua Garrett, 60 - Lisboa e Rio de Janeiro, Companhia Editora Americana, Livraria Francisco Alves;
a terceira, em baixo, revela-nos os dois motivos principais do texto da primeira foto: "os dourados frutos duma laranjeira" e "as camélias floridas, sem aroma, marinhadas de sangue coalhado."
De permeio, nesta foto recente, o tronco duma roseira de rosas de Sta. Teresinha, como que esculpido por cinzel de escultor de alto coturno.
Gostaria de ter ocasião de voltar a falar deste livro, também pelo facto de, após a sua leitura, ter ficado com fortes suspeitas de que o seu enredo girará à volta duma zona que abrangerá toda a área de Mangualde e Nelas (apesar dos nomes das terras serem fictícios, ainda que, nalguns casos, parece-me terem sido construídos com partes dos nomes de duas localidades).
Não quero deixar de agradecer reconhecido o envio deste e mais dois outros livros, do princípio do séc. passado, os quais me dizem muito em particular, sem qualquer custo, para além das despesas de correio.
(*) Ler mais a partir do índice temático do blogue em "Samuel Maia".
- Também se pode consultar este endereço.
Saturday, January 12, 2008
Olhando Leiria através das suas árvores
Desde a margem direita do rio Lis - perto da Ponte Sá Carneiro, olhar filtrado pelos troncos de plátanos, um ou outro choupo e um salgueiro; folhas caídas pelo chão a colorir o declive da margem. Em segundo plano divisa-se parte do antigo convento de S. Francisco, depois "Companhia Leiriense de Moagem", hoje ocupado por um Banco. Paredes meias com a Igreja de S. Francisco.
Eucaliptos encantados: repare-se nas cores branca e vermelha das flores destes dois tipos de eucaliptos
No jardim quase incógnito, diria mesmo, desamparado, do Vale Sepal/Rua Paulo VI (talvez a mais comprida rua de Leiria; mais de 3 km, já que vai desde a rotunda da "Total"/Bombeiros até entroncar no IC2).
Uma visão de 80% do jardim atrás citado. Repare-se no tipo particular de eucalipto em 1º plano. Ainda não consegui apurar o seu nome científico. Mas hei-de conseguir!...
Toutinegra - Leiria
Ler "Aves de Portugal" - Selecções do Reader´s Digest - 1978.
Felosas, toutinegras e rouxinóis-dos-caniços
São pequenos migradores terrestres, insectívoros, de que o canto, com frequência rico e melodioso, é a melhor identificação.
Pela minha observação por entre os vidros da janela da cozinha cá de casa, esta ave será uma toutinegra. Já a vi a comer o piolho e nesta altura do ano os pomes do espinheiro (pyracantha) da foto. Hoje.
Friday, January 11, 2008
Mimosas e/ou Acácias
A - Mimosa, Acacia dealbata (Fabaceae)
B - Acácia-de-folhas-longas, Acacia longifolia (Andrews) Willd. (Fabaceae)
Dada a classificação científica destas duas plantas invasoras do nosso país, bem bonitas por sinal, daí a confusão que se gera quando as observamos superficialmente.
Ainda há que aguardar mais um mês e tal para vermos as mimosas e as acácias em flor, cheirinhos perfumados a Primavera. Mas como os tempos já não são como os de antigamente, nunca se sabe. Quando menos se esperar aí estão elas a alegrar o nosso olhar e a fazer-nos pensar...
* Fotos da Net
Wednesday, January 09, 2008
Olhares de Leiria rumo ao Brasil
................Acácias-de-folha-longa(*) com a flor acabada de nascer. Mal se vê se não for com fotografia macro. Boa Vista - Leiria.
...........................Tojos em princípio de floração. Na zona da Boa Vista - Leiria. Ainda é cedo para as giestas...
Digamos que estas fotos são dedicadas a todos os meus amigos leitores, particularmente à minha prima Nevitas (Brasil), mais ou menos da minha idade. Lembro-me de ti, Nevitas, quando tínhamos quê, eu uns 7 anos e tu, um pouco mais nova, não é? Falaste-me da saudade das giestas em flor e das mimosas, tão abundantes na nossa terra, Casal de Ribafeita, concelho de Viseu. São uns 12 Km de distância da cidade. Nesse tempo era quase do outro lado do Planeta!...
E nós com a nossa avó Neves, velhota (quantos anos teria nessa altura? Estou a vê-la a cumprir escrupulosamente a sua ida à missa, a pé, aí uns 2 km ou mais, na Igreja paroquial, o cemitério ali mesmo ao lado, muitos dos nossos familiares ali sepultados), a nossa tia Céu a olhar por nós, coisa bastante complicada, se bem me lembro das nossas diabruras próprias da idade. Lembras-te das minhas incursões ao muro da entrada, eu a subir pela videira, disfarçar-me no meio da parreira que ela formava, a cantar a pedido de algum enamorado da Conceição (bem bonita que ela era!...de cântaro da água da fonte no "fundo do povo" ao ombro ou de ancas):
.......................................................................Na noite de Maio
......................................................................Toca o violão
......................................................................Ai que lindas pernas
......................................................................Tem a Conceição.
Como ela se danava com estas cantorias e com o cantor! Mas ela bem sabia que eu só emprestava a voz, ao sotaque do Porto, mais nada. Já não pertence ao mundo dos vivos, há bastantes anos, naturalmente...
Lembras-te, Nevitas? Já disseste das saudades desse tempo! Como é que não se pode recordar essa época, com imensa ternura, a imaginar a aldeia e a vida pacata e alegre que então se levava! Tão jovens que nós éramos! Tantos anos se passaram! Da próxima vez que cá vieres temos que nos encontrar!...
(*) No texto original lia-se "mimosas". Mas há diferenças substanciais entre Mimosas (também conhecidas por acácias mimosas) e Acácias propriamente ditas. No post a seguir voltarei a falar das mimosas/acácias.